Em 2019, quando desenvolveram o aplicativo EduEdu (Android) – voltado para o reforço escolar em língua portuguesa para atender crianças na fase da alfabetização –, o Instituto ABCD não imaginava que o app seria tão requisitado. Em dezembro do ano passado, chegaram à marca de 310 mil downloads e agora, em abril, estão com mais de 550 mil alunos cadastrados. O número é, segundo a instituição, cinco vezes maior do que a meta estipulada no lançamento. O app é totalmente gratuito.
O Instituto ABCD desenvolve soluções para pessoas com dislexia e outros transtornos de aprendizagem. O aplicativo EduEdu foi criado usando essas estratégias, mas para ajudar qualquer aluno com dificuldades. E, em tempos de pandemia do novo coronavírus, veio a calhar.
“Em muitas escolas fora do Brasil, o jeito de ensinar disléxicos é baseado em gamificação. Nós inserirmos esse conceito no app porque ele funciona com quem tem dificuldade de aprender”, explica Nicolas de Camaret, diretor executivo do Instituto ABCD.
O app conta com mais de 60 modelos para as questões. “É um programa de reforço. Primeiro, o aluno faz uma prova para avaliarmos. Com o resultado, entendemos as questões dessa criança e criamos um programa específico para essa pessoa”, explica.
Além de perguntas de múltipla escolha, o app conta ainda com materiais para serem coloridos, e vídeos, que são uma forma de explicar os conteúdos, e as animações são criados pela própria equipe do Instituto. “Optamos por misturar atividades das mais variadas para manter o engajamento do aluno. E temos a inteligência artificial, que ajuda o sistema a reconhecer se o aluno fez o que foi pedido corretamente”, complementa Camaret.
Os responsáveis pelo aluno podem também solicitar um material em PDF, que é enviado por e-mail e pode ser impresso. “Nesta fase, entendemos que o impresso é muito importante para a criança”, lembra o diretor executivo do Instituto ABCD, uma vez que são alunos aprendendo a escrever.
Futuro
Atualmente, o instituto tem a meta de 750 mil alunos cadastrados até o final de 2021. “Mas temos uma meta secundária, mais ousada, de 1 milhão de alunos”, diz Camaret.
Para o futuro, o diretor executivo do Instituto ABCD diz que o app deverá acolher até o fim deste ano também alunos do quarto e do quinto anos do Fundamental I. “E, depois, vamos começar a pensar no ciclo do Fundamental II”, afirma.