[Atualizado às 14h35 do dia 31/05/2023 com mais informações enviadas pela assessoria] O avanço das fintechs apenas por canais digitais não é o suficiente para o mercado brasileiro. É o que alertou Matheus Girardi, diretor de clientes e produtos do Agibank (Android, iOS), durante sua passagem no FID23, evento organizado pelo site Finsiders. “Uma coisa é utilizar o digital para entretenimento. Para consultar sua conta, contratar um crédito, um seguro, fazer uma transação online, o digital ainda é uma barreira para muitos brasileiros”, disse.
O executivo apontou que, ao pensar o Brasil como um todo, há dificuldades logística e crédito, por exemplo. Isso acontece em especial pelo fato de que os grandes bancos reduziram a quantidade de agências pelo Brasil afora, e, a maioria dos neobanks apostam em soluções mais digitalizadas.
“Entendemos que não é um jogo binário. Não dá para crescer apenas via digital ou via loja. Precisamos estar onde o cliente prefere usar. E principalmente quando vemos a estratégia de redução dos incumbentes com relação a agências”, disse. “O que que eles (grandes bancos) têm feito é um trabalho de segmentação. Basicamente, a alta renda e média renda mantém relacionamento (com o banco), PJ e corporate tem um atendimento mais exclusivo e quem tem menor renda está sendo jogado aos canais de autoatendimento, como ATM e mobile. Enfim, não tem mais referência de contato e aconselhamento”, completou.
Na estratégia do Agibank, a companhia usa tanto a plataforma digital como 900 lojas (com presença em todas as cidades com mais de 100 mil habitantes) e 3 mil consultores. Além de serviços financeiros como Pix e empréstimos, o neobank também faz cross-sell em lojas, ofertando seguros, consórcio e investimentos. Seu público-alvo são pessoas aposentadas, pensionistas do INSS, servidores públicos e assalariados privados, o que resulta em 5 milhões de clientes, sendo que 700 mil recebem o salário na instituição financeira.