A Rocket Lab é uma adtech que nasceu com o objetivo de incrementar o volume de acessos e de atividades dentro dos aplicativos de seus clientes. Mexicana, a empresa iniciou suas atividades em 2019 e logo no ano seguinte – em pleno olho do furacão da pandemia de Covid-19 – aportou no Brasil. Atualmente, tem 50 clientes no País – entre eles HBO, iFood, PicPay e Magalu – e agora deseja dar um passo a mais para se posicionar no mercado como um suporte de consultoria. Para isso, elaborou um estudo a partir de dados internos e externos para orientar seus parceiros em suas estratégias

“Que tipo de conhecimento posso levar para o meu cliente para ele utilizar a seu favor, em suas estratégias, ou voltado para metodologias de estudos internos?”, questiona Renato Bastos, country manager da Rocket Lab em conversa com Mobile Time. “Foi pensando nisso que a gente resolveu se posicionar como uma referência. Não somos apenas uma adtech de desenvolvimento de tecnologia, nem provedor de mídia. Hoje a gente se posiciona como uma consultoria, pensar além da aquisição de usuários, mas também como tratá-los bem, como trabalhar a comunicação interna, como é o trabalho com CRM, a retenção de cliente, como funciona seus criativos, quais os pacotes de benefícios você tem para para reter os usuários em seus aplicativos. Queremos ser uma autoridade nesse sentido”, resume o executivo.

Rocket Lab

Renato Bastos, country manager da Rocket Lab. “O mercado, hoje, está extremamente enviesado para o custo por aquisição. E aí, vira uma batalha para quem cobra menos por CPA”. Foto: divulgação

A ideia, então, é atrair médias e grandes empresas e priorizar os contratos mais longos, de modo a efetivamente fazer valer a consultoria.

O executivo explica que o mercado de adtechs transformou-se em uma batalha de compra por CPA (custo por aquisição). “O mercado, hoje, está extremamente enviesado para esse tipo de compra. E aí, vira uma batalha para quem cobra menos por CPA. Acho que fazer venda de campanha publicitária – principalmente focado em performance como a gente é – está um passo além de CPA ou CPI (custo por instalação). O que propomos atualmente é uma consultoria onde colocamos à disposição do cliente todo um leque de oportunidades de trabalho”, explica.

A consultoria consiste em, num primeiro momento, entender a audiência e como isso se traduz em negócios. Em seguida, é feito um processo de qualificação interna da audiência, de pontos de tráfico, se existe algum tipo de fraude. Depois, a Rocket Lab passa a olhar mais aprofundadamente para a performance das campanhas, de modo a averiguar qual a melhor estratégia a ser adotada – se novas aquisições de usuários ou trabalhar a base para reduzir o número de inativos, por exemplo.

A plataforma da adtech permite acessar qualquer evento dentro do app da empresa-cliente, como, por exemplo: se o usuário só baixou o app; se completou o cadastro; se fez um pedido; como fez o pagamento; há quanto tempo ele fez o último pedido; o tipo de pedido que fez; e qual o tíquete médio. É possível também avaliar a comunicação entre app e CRM. “É preciso reaproveitar essa base inativa que tem um histórico rico. A gente também tem um departamento de partnerships, responsável por fazer parcerias com empresas complementares ao nosso trabalho”, explica Bastos.

Modelo de negócio

Apesar de serem uma consultoria, a Rocket Lab mantém seu modelo de SaaS e, no quesito monetário, cobram como um veículo de mídia. “Temos uma tecnologia proprietária, mas a gente se posiciona como vendedor de mídia. Por isso, negocio a partir de CPI, CPA, CPM dinâmico (custo por mil impressões). São os três modelos e estão voltados para objetivos. Trabalhamos sempre com metas”, explica.

A estrutura

O Grupo Rocket envolve três empresas: a própria Rocket Lab, a Kivi, para TV conectada e uma terceira, ainda em desenvolvimento, que será uma plataforma de inteligência artificial para previsão de investimentos, ou seja, voltada para comércio eletrônico. Conforme Bastos confirmou, a Horizon – nome desta terceira companhia – já está sendo testada com alguns clientes na Argentina e no México. Em breve será lançada em outros países. “Logo chegará no Brasil”, garante.

 

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