A Vivo confirmou que possui três grandes bancos que usam sua oferta de 5G em Fixed Wireless Access (FWA) no Brasil. Durante sua passagem pela Febraban Tech, Débora Bortolasi, diretora-executiva de B2B da operadora, afirmou que essa tecnologia é parte do seu portfólio de serviços para as instituições financeiras oferecida como testes, ou seja, não é mais uma aplicação de prova de conceito.
A executiva explicou que há possibilidade de levar outras aplicações com 5G aos bancos, como cloud e edge computing, mas a instalação mais efetiva neste momento é o FWA. Vale lembrar que o único nome confirmado com FWA da Vivo é o Itaú. Ainda assim, Bortolasi afirmou a existência de um problema sobre o preço dos equipamentos de FWA, algo que seus rivais Claro e TIM também apontaram como um dos entraves para o crescimento desta tecnologia, que é uma alternativa ao Wi-Fi.
“Para conseguirmos massificar o 5G (FWA) como uma opção de conectividade, o setor ainda tem um desafio de posicionamento de preço. Porque a escala ainda não é tão grande e quando fazemos um comparativo entre levar um acesso em fibra (ótica) e instalar um dispositivo FWA, o custo ainda não chegou aonde precisa estar”, disse a diretora de B2B da operadora. “Acredito que há uma barreira que precisa ser trabalhada – com relação ao posicionamento da indústria – para trazer mais dispositivos. Assim conseguiremos levar o FWA aos pequenos clientes”, completou.
Atualmente, Elsys e Intelbras ofertam roteadores (CPEs) FWA com chipset da Qualcomm. A expectativa é que até o final de 2023 as empresas lancem equipamentos mais baratos ao mercado.
Redes privativas
A executiva também explicou que as redes privativas montadas em LTE estão prontas para fazer um upgrade para o 5G, como Vale e Petrobras, mas dependem da vontade desses clientes para evoluir. Ainda assim, Bortolasi acredita que a quinta geração deve chegar em breve nessas empresas, em especial pelo tempo resposta (baixa latência) que a tecnologia traz, algo que está associado com “as preocupações de segurança” em missões críticas, como os setores de mineração e óleo e gás. Além dos dois setores, a diretora de B2B da Vivo revelou que também possui projetos de redes privativas com empresas do setor de indústria 4.0 e agronegócios. Mas não informou o total de projetos em sua carteira.