A Microsoft registrou um crescimento de 29% no segundo trimestre de 2024 em sua divisão de nuvem, a Azure. O resultado foi dois pontos percentuais abaixo da expectativa (31%) adiantada pela companhia no trimestre anterior e fez o valor da ação cair 0,9%, para US$ 422,92, após o fim do pregão na Nasdaq, às 19h desta terça-feira, 30.

Vale dizer que a divisão de nuvem está inserida na de produtos de servidores e inteligência artificial, a Intelligent Cloud, vista como a principal fonte de faturamento da fornecedora de tecnologia e respondeu por 44% do total dos ganhos no segundo trimestre de 2024.

A divisão de nuvem também é o carro-chefe das iniciativas de IA da empresa. Com isso, o mercado reflete com uma queda da ação da big tech ante uma possível perda de apetite ou até desaceleração na corrida das empresas consumidoras de inteligência artificial.

Ganhos da Microsoft

MIcrosoft

Receita da Microsoft no segundo trimestre dividida por representatividade entre as áreas da empresa (Reprodução/Mobile Time)

No segundo trimestre de 2024, a Intelligent Cloud obteve US$ 28,5 bilhões de receita, um crescimento de 19% ante 24 bilhões de um ano antes, em um resultado puxado pela nuvem Azure e seus produtos.

A divisão de produtividade e processos de negócios teve alta de 11%, totalizando US$ 20 bilhões de receita, ante US$ 18 bilhões do segundo trimestre de 2023. O motivo para o incremento foi o avanço em negócios do Office Comercial (+12%) e Office para o consumidor final que chegou a 82,5 milhões de assinantes.

E a área de computação pessoal teve um aumento de 14%, de US$ US$ 14 bilhões para US$ 16 bilhões na comparação ano a ano, em um movimento puxado pela entrada da Activision, que aumentou 61% o faturamento com serviços e conteúdos na divisão de jogos Xbox.

Saúde financeira

No seu resultado financeiro total, a Microsoft registrou uma receita de US$ 245 bilhões, crescimento de 16% contra US$ 211 bilhões de um ano antes. O lucro operacional foi de US$ 109 bilhões, incremento de 24% ante US$ 88,5 bilhões de um ano antes. E o lucro líquido cresceu 22%, de US$ 72 bilhões para US$ 88 bilhões.

Imagem principal: Arte de Nik Neves para Mobile Time