O nome da Apple esteve envolvido em uma série de novidades nesta segunda-feira, 30: a confirmação da compra de um serviço de streaming de música clássica para o Apple Music; ser um dos alvos de uma regulação em carteira digital na Austrália; e boatos de uso de conexão de satélite no próximo iPhone, o que puxou alta nas ações das empresas desse setor.
Satélites
Envolvida em rumores que sua tecnologia esteja inserida no próximo iPhone, a Globalstar teve uma alta de 61% em sua ação nesta segunda-feira. Outra empresa do setor que teve crescimento no valor das ações foi a Iridium, que teve alta de 15% com o papel fechando a US$ 47 na Nasdaq. Um movimento similar foi notado na AST Space Mobile, que registrou crescimento de 12,5% em sua ação, fechando a US$ 12,36 na Nasdaq nesta segunda-feira.
De acordo com documento obtido pelo site MacRumors, a Apple usará o modem X60 da Qualcomm no próximo iPhone. Esse componente permitiria comunicação via satélite do smartphone, ou seja, o handset pode ter conectividade quando não houver cobertura celular 4G, 5G ou Wi-Fi.
Primephonic
A companhia confirmou a aquisição do serviço de streaming de música clássica Primephonic nesta segunda-feira, 30. Com a compra, a empresa pretende incrementar o Apple Music com conteúdo de áudio dedicado à música de concerto, além de funcionalidades melhoradas na rádio Apple Music Classical, como navegação e busca por obras e compositores do gênero.
Com a entrada do Primephonic, a Apple afirmou que lançará um aplicativo de música erudita no próximo ano. Em contrapartida, o aplicativo de música clássica começa a ser desligado das lojas de apps no dia 7 de setembro e a partir desta segunda-feira, não aceita mais novos usuários.
Para compensar, a Apple dará seis meses de assinatura grátis do Apple Music aos atuais assinantes do Primephonic.
Os valores da operação não foram informados.
Austrália
O secretário do Tesouro australiano, Josh Fryndenberg, escreveu um artigo no jornal Australian Finance Review avisando que uma regulação mais dura pode chegar às carteiras digitais no país, como Apple Pay e Google. O líder do fisco australiano afirmou que “se não fizerem nada com o atual escopo de trabalho, o Vale do Silício determinará o futuro do nosso sistema de pagamento, uma fatia crítica da infraestrutura econômica da Austrália”.
Segundo dados da Statista de junho deste ano, a Apple responde por 56% do total de smartphones ativos na Austrália, ante 44% do rival Google Android. Além disso, o artigo de Fryndenberg estima que 55 milhões de transações ocorrem todos os dias no território australiano, o equivalente a US$ 650 milhões.
Vale lembrar, este não é o primeiro avanço do governo daquele país contra as grandes empresas. Google e Facebook foram alvos de regulação na Austrália por utilizarem notícias de empresas de mídia em suas plataformas, porém sem pagar por sua veiculação.