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Henrique Weaver, CEO e cofundador da Pagaleve (Crédito: Pagaleve/divulgação)

[Atualizado às 20h do dia dia 31/08/2022 com novas informações de tíquete médio] A Pagaleve (Android, iOS) tem como meta chegar a 1 mil varejistas em sua base até o final do ano. Em conversa com Mobile Time na manhã desta terça-feira, 30, o CEO e cofundador da fintech, Henrique Weaver, explicou que a companhia está presente em 500 comércios online de varejistas que oferecem sua solução de Buy Now Pay Later (BNPL). Com clientes como Ri Happy, Lupo, Mizuno e ArtWalk, o executivo revela que entrarão em breve Tok&Stok e a rede de drogarias Pague Menos, por exemplo.

Além disso, a companhia está rodando um piloto para levar a solução para o comércio físico. Os testes acontecem em 30 lojas e a Pagaleve deve lançar a solução para todos os varejistas com presença em rua em dois ou três meses. Weaver explicou que o BNPL no físico é um pedido natural dos comerciantes que usam a plataforma.

Investimento

Um dia após receber um aporte de US$ 25 milhões, o primeiro liderado pela Salesforce Ventures no País, o CEO da Pagaleve explicou que a companhia possui algumas dezenas de milhares de consumidores, mas quer chegar às centenas de milhares até o final do ano. Para isso, a empresa fará investimentos em divulgação da marca para chegar mais próximo do consumidor, além de melhorar sua plataforma de desenvolvimento de tecnologia com análise de dados.

Weaver afirmou ainda que o dinheiro recebido é parte em “equity e dívida”: “Tem um grande fundo internacional que está por trás da dívida, não podemos abrir ainda por questão regulatória. Mas teremos um instrumento de execução para usar com a dívida. A maior parte do valor captado será usado para o desenvolvimento de tecnologia e dados”, completou.

‘Parcelamento inteligente’

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Equipe da Pagaleve: Eduardo Zucareli (CCSO); Guilherme Romão (CRO); Carolina Botelho (Head de HR); Henrique Weaver (CEO); e Michael Greer (CTO)

Lançada no ano passado por Weaver e seu sócio, Michael Greer, CTO da fintech, a proposta da companhia está além do “crediário eletrônico”, como é traduzido o BNPL no Brasil. O CEO explica que a sua oferta é um “parcelamento inteligente”, uma vez que permite ao consumidor usar o Pix Parcelado em até quatro vezes, sem juros e sem cartão de crédito.

A ideia da companhia é atender principalmente ao consumidor que não tem cartão de crédito, 38% dos brasileiros, segundo um estudo do Morgan Stanley. Em especial, Weaver cita o jovem da geração Z: “Eles não gostam de cartão de crédito, pois viram seus pais se endividando – principalmente em 2008. E a geração Z não gosta de pagar juros, diferentemente das gerações mais veteranas que estavam preocupadas apenas com o valor da fatura”, disse.

Com motor de risco proprietário, a aprovação de uma compra ocorre em média em cinco segundos e geralmente são para valores baixos (R$ 20 a R$ 30), mas também podem atender valores altos (R$ 2 mil). Caso atrase, o valor da multa é fixo, R$ 20.

Comerciante e modelo de negócios

No outro lado do negócio, a companhia quer atender o varejista e, com o BNPL, oferece uma nova forma de receita e retenção de clientes a varejistas. Além de não cobrar taxa de chargeback e nem a antecipação de recebíveis, a Pagaleve aumenta a taxa de conversão entre 25% e 40%, a depender do negócio do comerciante. Weaver também explica que a sua plataforma traz aumento de tráfego e tíquete médio (proximo de R$ 300) mais alto às lojas. Em seu business model, a companhia cobra do varejista uma taxa por transação efetuada e uma taxa fixa que é negociada contrato a contrato.

No futuro, a empresa considera ainda o uso do Pix Garantido, quando este for lançado pelo Banco Central (ainda sem data, devido à greve do primeiro semestre). Weaver afirmou que a atualização dessa modalidade no arranjo de pagamento diminuirá a fricção do cliente no pagamento.

 

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