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O desenvolvimento da cadeia de valor de negócios digitais será puxado pelos dados, concordam especialistas que participaram de painel no III Congresso de Data Science e Inteligência Artificial, organizado pela associação I2AI, nesta segunda-feira, 30, em São Paulo. Usando como exemplo uma análise da Microsoft, Leandro Roldão, head de TI da empresa de balas Fini, mostrou que a evolução da economia digital caminha para negócios guiados pela análise de dados. “A próxima economia que vem é a economia dos dados. Isso se tornará o produto mais caro para as empresas”, afirmou o executivo.

“Antigamente, na era dos produtos, empresas como Sears e Kodak demoravam entre oito e 25 anos para criarem soluções. Na era da informação, companhias como Oracle e Netscape reduziram esse tempo para de três a oito anos. Depois, veio a era da experiência, onde empresas como Nike e Disney levavam de um a três anos de período de desenvolvimento de inovações. Agora, estamos na era da transformação digital. Nela, Tesla e Amazon trabalham constantemente a inovação”, comentou Roldão.

Além da mudança na cadeia de valor e de inovação das empresas, outro ponto defendido foi o papel do cientista de dados. Para Guga Stocco, fundador e CEO da GR1D, o profissional de TI que não souber tratar os dados terá dificuldade no mercado de trabalho em cinco anos, assim como aquele que não fala inglês hoje. Dito isso, Stocco acredita que há espaço para trabalhadores se especializarem e explorarem trabalhos na área neste meio tempo.

Por sua vez, Valter Andrade, gerente de analytics do Serasa Experian, atentou para a necessidade de adaptar as empresas e os negócios às premissas de leis, como LGPD e GDPR: “Estamos caminhando para um mundo onde o dado estará mais presente (no cotidiano). Precisamos ter foco no futuro e entender como a tecnologia ajuda nos negócios”.

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