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Capa do relatório da pesquisa

Dos quatro segmentos de serviços online to offline (O2O) monitorados pela pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box, o de apps de venda de ingressos foi o que registrou maior crescimento nos últimos 12 meses – os outros mercados acompanhados são os de delivery de comida, transporte em automóveis particulares ou táxis, e reserva de hospedagem. Entre agosto de 2021 e agosto de 2022, subiu de 37% para 46% a proporção de brasileiros com smartphone que já compraram ingressos através de apps, um aumento de nove pontos percentuais. No mesmo intervalo de tempo, a proporção desses consumidores que compraram pelo menos um ingresso via app nos últimos 30 dias subiu de 36% para 46%.

Há uma diferença significativa por classe social. Entre consumidores das classes A e B, 55% já compraram ingressos via app, ante 44% daqueles das classes C, D e E. A idade também influencia nesse comportamento: na faixa entre 16 e 29 anos, 54% já compraram ingresso via app, mas o percentual cai para 45% no grupo de 30 a 49 anos, e para 37% entre aqueles com 50 anos ou mais. Na comparação por gênero, 48% dos homens já compraram ingressos via app, ante 44% das mulheres.

O Ingresso.com continua sendo o app favorito do brasileiro nesse segmento, citado como o mais utilizado para essa finalidade por 22% dos consumidores que compram ingressos por app. Contudo, o Ingresso.com caiu sete pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, publicada em abril, quando havia sido mencionado como o mais usado por 29%. Quem subiu no mesmo período foi o Sympla, que passou de 4% para 8%. Além disso, alguns apps entraram na lista ao superarem pela primeira vez a marca de 2% de menções: Ingresse, Eventim e Moviecom.

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Análise

A transformação digital pela qual a sociedade brasileira passou durante a pandemia impactou no comportamento de compra de ingressos. Depois de assistir a eventos virtuais ao longo de dois anos, o brasileiro voltou a frequentar casas de show, cinemas e teatros, mas trouxe consigo o novo hábito de comprar os tíquetes em ambiente online, como apps e sites móveis, com o qual não estava acostumado antes do coronavírus. Paralelamente, apps de ingressos estão ampliando sua atuação, e mais produtores de eventos têm recorrido à venda digital. Serve de exemplo a edição deste ano do Rock in Rio, cujo ingresso foi 100% digital, com apresentação via QR code ou por aproximação na roleta de entrada do festival – as vendas foram feitas pelo Ingresso.com e o tíquete podia ser armazenado na Google Wallet. 

A pesquisa entrevistou entre os dias 18 e 24 de agosto 2.085 brasileiros que possuem smartphone. Com validade estatística nacional, a pesquisa respeita as proporções por gênero, faixa etária, classe social e distribuição geográfica do universo de internautas brasileiros. A margem de erro é de 2,1 pontos percentuais e o grau de confiança é de 95%. O relatório completo pode ser baixado em português e em inglês neste link.

 

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