Em apenas 12 meses, entre agosto de 2021 e agosto de 2022, subiu de 58% para 73% a proporção de brasileiros com smartphone que já experimentaram pagar por QR code. É o que revela a nova edição da pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre m-payment e m-commerce no Brasil.
O pagamento por QR code está cada vez mais popular no País, impulsionado por uma série de fatores nos últimos anos, como o boom das fintechs e da abertura de contas de pagamento; a disponibilidade da tecnologia (basta um celular com câmera); e a incorporação do Pix em softwares de frente de caixa, faturas de serviços recorrentes (luz e telefonia) e máquinas de POS.
Esse meio de pagamento foi mais experimentado até agora por homens (76%) que por mulheres (70%) e por pessoas mais jovens, com 16 a 29 anos (81%), que pelos grupos de 30 a 49 anos (75%) ou com 50 anos ou mais (59%). A diferença por classe social não é tão grande: nas classes A e B, 76% já pagaram com QR code, ante 72% dos brasileiros com smartphone das classes C, D e E.
A pesquisa apurou que metade dos brasileiros com smartphone fizeram pelo menos um pagamento por QR code com seu celular nos últimos 30 dias.
Pagamento por aproximação é menos popular
O pagamento por aproximação com o celular, por sua vez, foi utilizado nos últimos 30 dias por praticamente um em cada três brasileiros com smartphone, ou 32%, para ser exato. Uma das explicações para não ser tão popular quanto o QR code está no fato de requerer a tecnologia NFC, que não está presente em todos os modelos de smartphone. Além disso, o smartphone concorre com os próprios cartões de plástico, que já estão vindo com NFC embutido.
Em 12 meses subiu de 36% para 41% a proporção de brasileiros com smartphone que já usaram o aparelho para pagamento por aproximação. Contudo, notou-se uma estagnação nos últimos seis meses.
Mais uma vez verifica-se uma predominância masculina: 48% dos homens com smartphone já pagaram por aproximação, contra 35% das mulheres. Também é mais popular entre os jovens de 16 a 29 anos (50%) do que no grupo de 30 a 49 anos (40%) e com 50 anos ou mais (34%). Por classe social, a proporção é um pouco maior entre consumidores das classes A e B (44%) do que entre aqueles das classes C, D e E (41%).
A pesquisa entrevistou entre os dias 18 e 24 de agosto 2.085 brasileiros que possuem smartphone. Com validade estatística nacional, a pesquisa respeita as proporções por gênero, faixa etária, classe social e distribuição geográfica do universo de internautas brasileiros. A margem de erro é de 2,1 pontos percentuais e o grau de confiança é de 95%. O relatório completo pode ser baixado em português e em inglês neste link.