Na manhã desta sexta-feira, 30, a Oi anunciou que entrou em acordo com a LetterOne Technology (subsidiária britânica do fundo russo) para receber a capitalização de cerca de US$ 4 bilhões e tentar um movimento de consolidação com a TIM. A Oi enviou na quarta-feira, 28, uma contraproposta de exclusividade por um período de sete meses (contados a partir do dia 23 de outubro) para proporcionar a combinação de negócios, cujos termos foram aceitos pela empresa russa.
A Oi diz que, em caso de a operação ser aprovada, "espera-se uma redução de alavancagem da Oi, tornando-se um player mais robusto, e a geração de importantes sinergias e ganho de escala, promovendo geração de valor para todos os acionistas". Com a fusão, o novo player poderia competir em maior igualdade no mercado de telecomunicações com a América Móvil e a Telefônica. A operadora avalia ainda que "o consumidor deverá ser beneficiado com o consequente fortalecimento da companhia", apesar da redução de opções de concorrência.
Naturalmente, trata-se apenas de um passo para a investida na TIM, que ainda deverá avaliar uma proposta formal – até o meio-dia desta sexta-feira, a empresa ainda não havia se pronunciado. Vale ressaltar também que o BTG Pactual, um dos principais acionistas da Oi, foi contratado em agosto do ano passado para prospectar alternativas para a consolidação. Fontes próximas ao banco afirmam que a intenção do BTG, entretanto, é desinvestir na Oi.
Importante lembrar ainda que no ano passado o superintendente de competição da Anatel, Carlos Manuel Baigorri, levantou "problemas regulatórios" de uma eventual fusão por conta do cap de espectro e sobreposição de outorgas no serviço móvel pessoal (SMP). À época, ele disse a este noticiário que dependeria muito ainda do que seria apresentado em pedido de anuência prévia à agência. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) também precisaria aprovar a consolidação.