O atraso no leilão das frequências para a quinta geração (5G) de telefonia celular não é um grande problema, na opinião da TIM. Mais importante que a celeridade na realização do leilão é a formatação das suas regras, diz o CTIO da operadora, Leonardo Capdeville, em entrevista para Mobile Time durante a Futurecom.
“Não estou preocupado com um atraso do leilão. Se sair da forma adequada, não é um atraso. A minha preocupação é que o leilão não saia correto. Aí em vez de meses de atraso poderemos ter anos de atraso, porque não implementaríamos o 5G na velocidade desejada”, explica. “Queremos um leilão mais focado nas obrigações de cobertura 5G do que na arrecadação com o valor do espectro”, complementa.
O executivo argumenta que ainda há muito investimento a ser feito nos próximos anos no 4G, que é a tecnologia que hoje gera receita para as teles brasileiras. Essa necessidade de capex no 4G combinada com um preço alto pelo espectro do 5G pode comprometer o investimento na nova rede. “Se não for bem equilibrado o custo do espectro e o tamanho das obrigações, vão faltar recursos financeiros para a rede 5G”, alerta.
NB-IoT
Enquanto o leilão de 5G não acontece, a TIM segue investindo na sua rede 4G. Nesta semana a operadora anunciou a entrada em operação de sua rede NB-IoT em 3 mil cidades. Essa tecnologia é voltada para aplicações de Internet das Coisas (IoT) com baixo consumo de dados, longa vida de bateria e amplas áreas de cobertura. Recentemente a TIM conseguiu realizar no Centro-Oeste uma transmissão de dados em uma aplicação de M2M a 100 Km de distância com sua rede NB-IoT.