A baixa latência será o grande diferencial das futuras redes de quinta geração (5G), mais do que o aumento da velocidade de transmissão de dados. Essa é a opinião de Luiz Fernando Bourdot, diretor de evolução tecnológica da Claro Brasil, que conversou nesta semana com Mobile Time.
“Antigamente se falava muito de velocidade, mas estamos chegando a um ponto em que a taxa de transferência não é o grande diferenciador, porque já atende aos casos de uso existentes. A latência, por sua vez, faz diferença para uma série de novas aplicações, como gaming e serviços de realidade virtual e aumentada”, comentou o executivo. O grupo Claro pretende trabalhar para reduzir a latência não apenas na sua rede móvel com 5G mas também em suas redes fixas, destacou Bourdot.
Contudo, é difícil prever quais aplicações serão as mais populares no 5G. “No 3G se falava de videochamada e ela não decolou. Difícil acertar o que vai dar certo agora no 5G. São apostas que estão sendo feitas. A Claro, como enabler, precisa estar preparada para o que vier”, comenta outro executivo da Claro, Leonardo Contrucci, diretor de inovação da companhia.
No 5G a expectativa é de que a latência fique abaixo de 1 ms. Hoje, no 4G, ela é de algumas dezenas de milissegundos.