Executivos de Nubank, Agibank e Bradesco confirmaram nesta quarta-feira, 30, que estão testando e devem adotar o Origem Verificada,(antigo Stir Shaken) ferramenta de autenticação de chamadas feitas por empresas para consumidores, que será oferecido sob a liderança da Anatel e coordenação da ABR Telecom.
Segundo Bruno Ribeiro da Fonseca, superintendente de segurança corporativa do Bradesco, que participou do MobiMeeting Finance + ID, evento organizado por Mobile Time nesta quarta-feira, 30, o banco tem um número de contato em piloto. O executivo acredita que é preciso colocar a solução no mercado para que a sociedade conheça a ferramenta e a entenda. Ao mesmo tempo, a instituição acredita que o Origem Verificada não é a bala de prata, mas um dos mecanismos de verificação e autenticação de chamadas. Uma outra possibilidade que o banco pensa é na comunicação direta via app.
O Nubank também confirmou que realiza testes com o Origem Verificada, como confirmou Fabiola Marchiori, vice-presidente de engenharia e gerente geral de combate a fraudes do banco digital.
Outra instituição que confirmou testes com a ferramenta é o Agibank. De acordo com a head de prevenção a fraude, Luciana Gomes, o banco atualmente está fazendo uma prova de conceito (POC) com a solução apresentada pela Anatel.
Vale lembrar que o Itaú foi o primeiro banco a confirmar os testes com o Origem Verificada em entrevista exclusiva a Mobile Time no começo desta semana.
Origem Verificada: ressalvas e pedidos
Contudo, Gomes pede que o Origem Verificada seja ampliado para os correspondentes bancários que atuam principalmente no interior do País e não têm números verificados, algo que os clientes deste segmento já estão acostumados.
Para a executiva, os correspondentes bancários também devem ter a verificação de seus números de telefone para trazer uma camada extra de proteção e garantia de identificação junto aos clientes, como acontece com os bancos, que têm seus contatos verificados no WhatsApp.
Marchiori, do Nubank, reforça que o movimento é importante, mas também acredita que a participação das big techs (Apple, Google e Meta) é essencial para ajudar no combate à fraude, colaborar com a cibersegurança e trazer uma visão do todo.
Imagem principal: Painel de combate à fraude bancária no MobiMeeting Finance + ID (crédito: Marcos Mesquita/Mobile Time)