O Dandelin (Android, iOS), healh tech que conecta médicos e pacientes, abriu recentemente para o atendimento presencial no Rio de Janeiro e em Curitiba. Antes, o aplicativo estava habilitado apenas para moradores de São Paulo e Grande ABC Paulista. Segundo Mára Rêdiggollo, COO e cofundadora do Dandelin, cada uma das duas novas praças contam com cerca de 50 profissionais já habilitados no app. Ao todo, são mais de 4 mil pacientes e 900 médicos cadastrados na plataforma. Juntos, somam mais de 70 especialidades disponíveis e 40 mil possibilidade de horário. Vale dizer que a abertura oficial das praças é essencial para que o app possa crescer na região, uma vez que parte do cadastro dos profissionais deve acontecer de forma presencial.
O aplicativo auxilia os médicos na gestão de suas consultas, além de facilitar o acompanhamento clínico, com arquivamento na plataforma de prescrições, na área do paciente. Após o cadastro, os profissionais da saúde têm acesso a um gerenciador de consultas. E a ferramenta monitora a agenda, controla seu fluxo financeiro e possui uma área de prescrição, onde é possível anotar todas as informações sobre o paciente.
Durante a pandemia, o Dandelin passou a oferecer teleatendimento. Porém, segundo Rêdiggollo, o novo coronavírus mostrou para a empresa que a telemedicina não atende completamente as necessidades dos pacientes, além de ainda ser um tabu entre os médicos. “A telemedicina, querendo ou não, inibe menos, mas a gente viu que não supre algumas necessidades. Além do mais, as pessoas não estão habituadas com o serviço de saúde online”, disse a executiva em entrevista para Mobile Time.
Como funciona
Os médicos no Dandelin recebem uma nota após a consulta com o cliente. Quando o médico recebe três estrelas ou menos, é aberta uma investigação para entender a qualidade daquele atendimento. E um dos diferenciais da plataforma é que o cliente paga, no máximo, R$ 100 por mês e o valor das consultas é somado e dividido entre os clientes, podendo diminuir o valor pago no mês seguinte.
Para o profissional, depois de seu cadastro, a plataforma paga por consulta R$ 100. E, ano a ano, esse valor pode aumentar em 25%, de acordo com sua nota e da disponibilidade de agenda.
Possíveis expansões
O ABC paulista é, atualmente, o principal mercado da plataforma e o Dandelin é bastante usado para “atendimentos primários – que evitam exames, internações e até cirurgias desnecessárias”, explicou Rêdiggollo. “E muitas pessoas de fora do País também estão usando a plataforma na pandemia”, complementou a COO.
Como é preciso abrir uma unidade física do Dandelin nas praças onde atua, as expansões para novas cidades são feitas com cautela e depois de estudos. “Temos que ser conscientes, com critério de qualidade. A gente é bem cauteloso”, disse a executiva. Porém, já estão em análise aberturas em cidades dos estados de Minas Gerais e Santa Catarina, praças onde o app é requisitado.