ITU

Precisamente 84,7% do mundo estará coberto por uma rede 4G até o final de 2020. Segundo os dados da União Internacional de Telecomunicações (UIT), a agência especializada das Nações Unidas em tecnologias de informação e comunicação (TICs), a quarta geração de Internet móvel cresceu duas vezes globalmente entre 2015 e 2020. Porém, o aumento anual vem desacelerando paulatinamente desde 2017 e a cobertura 4G é 1,3 ponto percentual maior do que 2019. E 93% da população mundial tem acesso a uma rede de banda larga móvel, menos de meio ponto percentual a mais do que há um ano. O estudo completo pode ser acessado neste link.

O estudo da UIT também aponta que mais de 90% da população tem acesso a uma rede móvel de banda larga (3G ou superior). África e a Comunidade de Estados Independentes (CEIs, 11 repúblicas que pertenciam à antiga União Soviética) são as regiões que enfrentam a maior lacuna, onde respectivamente 23% e 11% da população não têm acesso a uma rede de banda larga móvel. Em 2020, a África alcançou um crescimento de 21% na implantação 4G, enquanto o aumento foi insignificante em todas as outras regiões. Cerca de um quarto da população nos países menos desenvolvidos e nos países em desenvolvimento sem litoral, e cerca de 15% da população de Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (SIDS, na sigla em inglês) não têm acesso a uma rede de banda larga móvel, ficando aquém da Meta de Desenvolvimento Sustentável (SDG, na sigla em inglês) para aumentar significativamente o acesso à tecnologia de informação e comunicação e se esforçar para fornecer acesso universal e acessível à Internet nos países menos desenvolvidos até 2020.

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Cobertura da população por tipo de rede móvel

Em área rural

Embora virtualmente todas as áreas urbanas do mundo sejam cobertas por uma rede de banda larga móvel, muitas lacunas persistem nas áreas rurais. Nos países com menos desenvolvimento, 17% da população rural não tem cobertura móvel e 19% da população rural é coberta apenas por uma rede 2G.

Assinaturas em declínio

O número total de assinaturas de planos de linhas móveis diminuiu pela primeira vez na história. Porém, segundo a UIT, serão necessários mais estudos para entender se a redução foi ou não causada pela pandemia de Covid-19 ou se o fato pode ser explicado por outras forças socioeconômicas.

Em meados de 2020, havia uma estimativa de 105 assinaturas de celular por 100 habitantes, abaixo de 108 em 2019. Esse declínio foi impulsionado por países em desenvolvimento, onde o número de assinaturas caiu de 103 em 2019 para 99 em meados de 2020. Já nos países desenvolvidos, a tendência ainda é de alta.

Assinaturas de celular em declínio em 2020

Assinaturas de celular em declínio em 2020

Já com relação ao número de assinaturas ativas de banda larga móvel, a proporção é de 75 por 100 habitantes em 2020. Após um crescimento substancial nos anos anteriores, este foi de apenas 1,1% maior na comparação com 2019. O crescimento das assinaturas de banda larga fixa também desacelerou, para 2,7% em 2020.

Idade e gênero dos usuários

Em oito economias das 73 para as quais existem dados disponíveis, menos da metade da população possui um telefone móvel. Por outro lado, em 44 economias, mais de 80% da população possui um telefone celular. Em particular em vários países árabes praticamente todos possuem um.

A análise da UIT afirma que os celulares seriam um aparelho de empoderamento para as mulheres. Segundo o estudo, em quase um terço das economias para as quais há dados disponíveis (31 de 69), a posse de telefones celulares pelas mulheres está próxima da paridade com a dos homens. Em 12 dessas 69 economias, a proporção de mulheres que possuem um telefone móvel é maior do que a proporção de homens, enquanto em 26 países a propriedade masculina de telefones celulares é substancialmente maior do que a das mulheres.

 

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