Samir MediaTek HM MT

Samir Vani, country manager da MediaTek na América Latina (crédito: Henrique Medeiros/Mobile Time)

Após o lançamento do chipset Dimensity 9200, a MediaTek mira ampliar sua fatia de mercado no segmento de smartphones premium da América Latina. Em encontro com a imprensa especializada nesta quarta-feira, 30, Samir Vani, country manager da companhia na América Latina, explicou que deseja “ganhar terreno” na faixa mais cara de handsets.

Com 6 nanômetros, 17 bilhões de transistores, arquitetura de 64-bit e forjado pela TSMC, o processador móvel da fornecedora tem como novidades Wi-Fi 7 e forte redução no consumo de energia em relação à versão anterior – chegando a até 70% de economia quando conectado em redes wireless.

“Passamos a ser mais reconhecidos em flagships na indústria (de smartphones). Chegamos em smartphones como ROG Phone, da Asus, e Edge, que a Motorola lançou nos EUA”, explicou Vani. “O primeiro Dimensity 9200 deve chegar em 2023 com a vivo (fabricante chinesa), com o smartphone X90”, completou.

De acordo com dados da IDC, a MediaTek lidera os envios de chips para smartphones, com 30,5% de market share no mundo. Na América Latina a MediaTek tem 38,5% e no Brasil, 23,5%. Os dados consideram o acumulado de nove meses de 2022.

Vale lembrar, a vivo ainda não tem representação comercial no Brasil.

Conectividade

Além do desenvolvimento em handsets, Vani explicou que a companhia pretende manter a posição ou crescer em conectividade. Na América Latina, a MediaTek criou recentemente uma divisão dedicada ao tema. Entre suas apostas estão o desenvolvimento do Wi-Fi 7, 5G FWA, DataCard/dongles 5G que utilizam os chips das séries T e Filogic.

O DataCard/dongle surge como opção para conectar PCs com 5G, algo que existe desde outras versões de redes celulares como 3G e 4G. Esse tema deve evoluir por meio da relação com os fabricantes de computadores. Por sua vez, sobre o 5G FWA, o executivo crê que deve ter um avanço nos próximos dois anos, uma vez que as redes de 5G já devem chegar a 50% de penetração no mundo em 2022, segundo dados da MediaTek.

“FWA é algo em que acreditamos, uma vez que teremos CPEs com os nossos chips”, disse. “Avançamos em projetos importantes de FWA nos Estados Unidos (Verizon e T-Mobile) e na Europa (3 e Telefónica). Mas para chegar ao Brasil precisamos de cobertura e capacidade de oferta de novos serviços”, completou.

Por fim, o Wi-Fi 7 é uma aposta que deve se desenvolver nos próximos anos, como adiantou recentemente.

 

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