A telefonia móvel registrou 236.488.548 de linhas em operação em dezembro de 2017 no Brasil. Segundo dados da Anatel divulgados nesta quarta-feira, 31, nos últimos 12 meses, houve redução de 7.578.808 linhas (queda de 3,11%). Além disso, no mês de dezembro, em relação ao mês anterior, o Serviço Móvel Pessoal (SMP) apresentou uma queda de 2.603.234 linhas (1,09%) – superando inclusive a redução recorde do ano até então, de 1,758 milhões de desconexões, em novembro.

Apesar da queda no ano, a base brasileira sofreu significativas mudanças no período. Além de o LTE ter se tornado a tecnologia dominante no segundo semestre, ultrapassando a 3G e a marca de 100 milhões de acessos, o pós-pago mostrou uma evolução contínua graças aos planos controle. Há ainda o impacto de aplicativos over-the-top como WhatsApp e da redução da VU-M, que levou o mercado a oferecer pacotes com ligações off-net pelo mesmo preço de on-net, efetivamente reduzindo o “efeito comunidade”, no qual o consumidor utilizava mais de um SIMcard para efetuar sempre ligações on-net.

Do total de linhas móveis do País, 148.509.361 são pré-pagas (62,80% do total) e 87.979.187 são pós-pagas (37,20% da base). Em 12 meses, o pré-pago registrou diminuição de 16.190.210 linhas (redução de 9,83%) e o pós-pago, aumento de 8.611.402 linhas (10,85%). No mês de dezembro de 2017, quando comparado ao mês anterior, as linhas móveis pré-pagas apresentaram queda de 2,36%, e as pós-pagas crescimento de 1,13%.

Confira no gráfico abaixo a evolução da modalidade pós-paga (em amarelo) ao longo de 2017.

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Tecnologias

Em 12 meses, as linhas 4G apresentaram crescimento de 42,133 milhões de unidades (avanço de 70,10%). No comparativo com novembro, o crescimento foi de 3,49%, ou 3,445 milhões de adições líquidas. Novamente, foi a única tecnologia direcionada ao consumidor final que apresentou aumento no mês e no ano. Conforme noticiado na terça-feira, o LTE encerrou o ano com 102,238 milhões de conexões, consolidando a liderança em relação às demais gerações do serviço móvel.

Por outro lado, a 3G obteve uma queda substancial de 4,803 milhões de linhas no mês (redução de 5,43%), totalizando 83,602 milhões de acessos e indicando que, além das migrações para LTE, há ainda impacto do fim do efeito comunidade. Em 12 meses, a base WCDMA caiu 29,80%, o que significa 35,497 milhões de desconexões.

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s terminais de banda larga (modem e tablets) seguiram na tendência de queda com redução de 3,45% e 33,01% no mês e no ano, respectivamente. No total, são 3,014 milhões de conexões.

O GSM continuou apresentando queda. No mês, reduziu a base em 3,83%, mas no ano a queda foi de 31,94%. A tecnologia 2G ainda contava com 32,413 milhões de linhas no Brasil em dezembro.

As conexões máquina-a-máquina (M2M) na categoria Especial (sem interação humana) reduziram a base em 0,77% no mês, mas cresceram 15,26% no comparativo anual e fecharam 2017 com 6,278 milhões de acessos. O M2M Padrão, por sua vez, cresceu 2,32% e 22,68% no mês e no ano, respectivamente. Em dezembro, eram 8,940 milhões dessas conexões.

Por grupo

Em dezembro de 2017, as empresas com maiores quantitativos de linhas móveis foram: Vivo (74.939.872), Claro (59.022.019), TIM (58.634.435) e Oi (38.942.433).

Nos últimos 12 meses, a Datora teve aumento de 100.267 linhas móveis (quase dobrando a base: 99,36%), a Porto Seguro de 110.112 linhas (24,34%), a Nextel de 199.454 (7,71%) e a Vivo de 1.161.979 linhas (1,57%). Algar, Oi, Sercomtel, Claro e TIM apresentaram redução da base total.

Na comparação de dezembro 2017 com o mês anterior, as empresas Algar, Datora, Nextel, Tim e Vivo registraram crescimento. Já Oi, Porto Seguro, Sercomtel e Claro apresentaram redução. Também no mês de dezembro, tanto a prestadora Oi quanto a Claro perderam mais de 1,5 milhão de linhas cada devido à retirada de números inativos (limpeza de base).

Estados

No ano de 2017, dois estados apresentaram crescimento nas linhas móveis: Roraima com acréscimo de 5.715 linhas (avanço de 1,19%) e São Paulo, com adição de 178.009 linhas (0,29%). Além disso, na comparação entre o último mês do ano passado com o mês anterior, três estados da Região Norte apresentaram crescimento no número de linhas móveis (Amazonas, Amapá e Roraima) e um estado da Região Sudeste (Espírito Santo).

 

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