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Ilustração: La Mandarina Dibujos/Mobile Time

Mao Ning, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, deixou claro, terça-feira, 31, que Pequim se opõe às possíveis sanções dos EUA à Huawei. Na última segunda-feira, 30, surgiram relatos de que o governo norte-americano estaria considerando interromper a aprovação de licenças para que companhias americanas não vendam mais para a Huawei.

“A China está profundamente preocupada”, disse Ning. Ela enfatizou que o país asiático se opõe à atitude dos Estados Unidos, que generaliza o conceito de segurança nacional e abusa do poder de Estado, suprimindo empresas chinesas sem razão. Desde 2019, a Huawei vem sofrendo uma série de sanções no comércio com empresas americanas.

“Vai contra os princípios da economia de mercado e as regras do comércio e finanças internacionais, fere a confiança que a comunidade internacional tem no ambiente de negócios dos EUA e é uma hegemonia tecnológica evidente”, afirmou a porta-voz chinês.

Ela prometeu que Pequim “protegeria firmemente os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas”, mas não mencionou possíveis medidas que o governo tomaria. “Estamos acompanhando de perto os desenvolvimentos relevantes”, declarou.

Segundo o Financial Times, o Departamento de Comércio dos EUA notificou algumas empresas americanas, avisando que não dará mais licenças para nenhuma companhia exportar tecnologia americana para a Huawei, enquanto a Bloomberg disse que o governo ainda estaria avaliando.

Uma pessoa familiarizada com o assunto disse à Reuters que as autoridades dos EUA estão criando uma nova política formal de negação de remessas de itens para a Huawei, incluindo itens abaixo do nível 5G, envolvendo tecnologias 4G, Wi-Fi 6 e 7, inteligência artificial e itens de computação de alto desempenho e nuvem.