O Ministério das Comunicações (MCom) pontuou nesta sexta-feira, 31, as propostas de ação do Grupo de Trabalho (GT) de Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) do Brics, que iniciou discussões nesta semana. Um dos temas prioritários em debate é a Conectividade Universal e Significativa.
Segundo o órgão, a ideia é criar um mapeamento de conectividade significativa para o Brics. Intenção semelhante também foi apresentada no âmbito do G20 no ano passado, resultando em uma declaração de intenções.
No G20, os indicadores para conectividade significativa propostos foram: acessibilidade financeira, incluindo preço da rede e a disponibilidade de pacote de dados ilimitado; a qualidade da conexão, levando em conta a cobertura de conexão móvel por tecnologia (por exemplo, 4G ou 5G); a disponibilidade e uso da rede, analisando a frequência de uso; o acesso a dispositivos, observando a diversidade de telas; habilidade digital e segurança cibernética.
Outros temas
As propostas do Brasil para o GT de TICs do Brics incluem ainda os temas Sustentabilidade Espacial; Sustentabilidade Ambiental e Ecossistema Digital. As metas relacionadas consistem em “produzir relatório para abordagens em órgãos responsáveis pelo registro da ocupação de órbitas satelitais; e mapear as estruturas nacionais de governança para o Ecossistema Digital”.
Ainda de acordo com o MCom, o GT coordenado pelo órgão também participa da realização de eventos preparatórios para a COP30, com o seminário “Ação Digital Verde do Brics”.
Brasil preside o Brics
Neste ano de 2025, o Brasil assume a presidência do Brics. Com isso, a organização e coordenação das reuniões dos grupos de trabalho são brasileiras. Estão previstos mais de 100 encontros entre fevereiro e julho, em Brasília. A Cúpula dos Brics, principal evento por reunir os líderes dos países membros, está prevista para julho, no Rio de Janeiro.
Além do Brasil, o grupo é formado pela Rússia, Índia, China e África do Sul, incluindo outros membros recentemente admitidos, como Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã. A organização e coordenação das reuniões do GTs são brasileiras.
As prioridades gerais propostas pela liderança brasileira incluem a “promoção da governança inclusiva e responsável da inteligência artificial para o desenvolvimento”, aliada à colaboração entre os países do Sul Global, além da agenda climática.
Imagem principal: Ilustração produzida por IA pelo Mobile Time.