TIM Brasil

Loja Digital TIM Shopping Morumbi. Foto: Edi Pereira/divulgação

A TIM confirmou nesta terça-feira, 31, que a Idemia é a sua parceira de eSIM para o segmento de IoT. Em conversa com Mobile Time, Alexandre Dal Forno, diretor de desenvolvimento de mercado de IoT & 5G da TIM, afirma que o acordo foi firmado dois anos atrás via RFP, mas que seria comunicado apenas quando tivesse casos de uso efetivos.

“Nesse último ano e meio, nós (TIM) desenvolvemos vários projetos com empresas do mercado. Pegávamos 50 a 100 eSIMs para desenvolver pilotos para testar o eSIM e o equipamento como um todo”, disse Dal Forno. “Fizemos parcerias com seis clientes, mas posso falar de três deles que são públicos: M2M Telemetria, com iluminação inteligente e smart metering; Sigmais, com sensores de abertura de porta, temperatura e umidade para refrigeradores industriais; e o mais conhecido, a Stellantis, com seu carro conectado”, explica.

Como funciona

A solução de eSIM da TIM no IoT é diferente do formato para o consumidor final, uma vez que as regras estipuladas pelo 3GPP são diferentes. No IoT, as ativações são feitas de forma automática. Para isso, a TIM utiliza a plataforma de gestão de cartões, GSIM, que chegou à operadora junto com o espólio da Porto Conecta.

Antes, a plataforma fazia apenas a gestão do SIMCard. Agora, com a parceria com a Idemia, ganha as propriedades do eSIM: “A GSIM é uma plataforma muito flexível. O cliente pode partir do dispositivo em uma fábrica e ativar um perfil elétrico via GSIM, por exemplo. Pode ativar inclusive fora do Brasil”, completou Dal Forno.

Modelo de negócios

Entre os modelos de negócios trabalhados pela companhia, o diretor explica que existe a possibilidade de ativar o chip só em produção, após um breve teste. O módulo de eSIM pode passar por um pacote de teste (100 a 200 kb), de forma que uma empresa que contrate a conectividade para o equipamento possa testar e escalar. Esse foi o caso das seis companhias que testaram o eSIM com poucos equipamentos e depois foram aumentando.

Funcionando em redes 2G, 3G e 4G e NB-IoT, Dal Forno explicou ainda que o serviço de eSIM para M2M deve ganhar testes com 5G no padrão standalone (SA) em 2023, com os primeiros casos de uso e aplicações voltadas à quinta geração.

Estratégia

Na estratégia da TIM para crescer no IoT, o diretor de desenvolvimento de mercado explica que o eSIM é um “simplificador” e ajuda a companhia em sua estratégia de “disseminar e aumentar” o volume de máquinas e elementos conectados, além de poder ser aplicado em qualquer vertical da indústria.

“Hoje, no mercado, você precisa comprar o sensor e comprar o chip de alguém para funcionar. São dois negócios, dois contratos diferentes, momentos diferentes e problemas diferentes. Se trago o eSIM com a conexão, isso simplifica e pode alavancar o aumento de sensores e dispositivos conectados. Você tira uma parte do problema, pois passa a ter um único interlocutor, o vendedor do sensor/dispositivo conectado”, conta. “É um modelo que está sendo usado há algum tempo no exterior e corta a barreira da entrada de soluções. Afinal, quando o cliente quer comprar um sensor de temperatura, ele não quer comprar um plano de dados. Ele quer comprar um sensor de temperatura”, exemplifica.

Dal Forno explica ainda que o eSIM na TIM é mais “uma ferramenta no cinto de utilidades”. A tecnologia é um atrativo para startups desenvolverem produtos que alcancem os públicos do IoT, como o agronegócio e a indústria 4.0.

Vale lembrar, a TIM mira uma receita de R$ 25 bilhões com Internet das Coisas até 2025. Além de agro, a operadora quer avançar em setores como logística, mineração, serviços públicos e saúde.

 

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