A receita total do mercado brasileiro de serviços de telecomunicações (dados, voz e pay TV) em 2022 cresceu 2,4% ante 2021, somando US$ 37 bilhões. De acordo com dados da IDC Brasil divulgados nesta segunda-feira, 31, o aumento mais forte foi no segmento de M2M (+12%) para o segmento empresarial.

O segmento empresarial ainda teve um aumento de 9% em dados móveis, algo que colaborou para uma alta de 7% no total desse segmento em 2022. Houve ainda uma desaceleração na queda das receitas de telefonia fixa, com muitas empresas precisando manter seus canais de atendimento.

Para 2023, a expectativa da IDC é que o setor de telecomunicações cresça 3,5% comparado ao ano anterior, em um movimento impulsionado pelo 5G em redes privativas de utilities, agro e manufatura. Essa tendência deve seguir até 2024. A quinta geração também deve colaborar para o aumento de receitas (+9%) e conexões (+7%) até o final deste ano.

Recentemente, Mobile Time publicou a primeira edição do Mapa do Ecossistema Brasileiro de Redes Celulares Privativas (RCPs), com a colaboração de 36 empresas e instituições que atuam nesse mercado, entre fabricantes de equipamentos de rede, operadoras móveis, MVNOs, consultorias, integradores e também as próprias donas das redes. O documento revelou que, das 128 RCPs contabilizadas, 22% delas são 5G e a vasta maioria (72%) são 4G; apenas 6% usam as duas tecnologias.

Sobre o relatório da IDC, há um potencial incremento na receita de Internet para telecom de 5% (CAGR) entre 2022 e 2027, a partir da migração de redes legadas e MPLS para acessos dedicados. Embora seja guiado pelo B2B, o aumento em Internet é total e soma também o B2C.