A principal fonte de receita da indústria fonográfica na área de música digital móvel no momento são os ringback tones (RBTs), ou "sons de chamada". Trata-se da música que se escuta por cima do toque de espera quando se liga para o usuário do serviço. Para se ter uma ideia, a cantora Paula Fernandes, uma das expoentes da Universal Music, registrou 1,5 milhão de RBTs vendidos entre janeiro e junho deste ano, somando todas as quatro operadoras móveis. Desse total, a música "Pra você", um de seus maiores sucessos, foi responsável por 1 milhão de RBTs.
"Os ringback tones são o serviço da vez. Eles representam mais da metade da nossa receita em mobilidade. Downloads, por sua vez, estão estabilizados", relata Danillo Ambrosano, gerente digital da Universal Music.
O RBT caiu nas graças das operadoras móveis e das gravadoras porque é um serviço acessível a qualquer assinante de telefonia celular (independentemente do modelo de aparelho ou da rede) e cujo conteúdo não é passível de pirataria, além de gerar uma receita recorrente mensal. As operadoras cobram uma assinatura pelo acesso ao serviço e outra taxa mensal por cada música escolhida pelo usuário. Na Vivo, operadora mais adiantada na oferta de RBT, com 6 milhões de assinantes, o preço da assinatura é R$ 1,99 e cada música seleconada custa uma taxa adicional de R$ 1,99 ao mês.