Meta; Facebook; Mark Zuckerberg

CEO Mark Zuckerberg. Imagem: reprodução de vídeo

A Meta (ex-Facebook) firmou acordo preliminar para pôr um fim ao processo contra a empresa no escândalo que ficou conhecido como Cambridge Analytica. A companhia aceitou pagar uma quantia – não revelada – por permitir que Cambridge Analytica, uma empresa de análise de dados do Reino Unido, acessasse dados de aproximadamente 87 milhões de usuários. No documento judicial, a empresa afirma que prepara um acordo e pede a suspensão de 60 dias para redigir um acordo por escrito. Provavelmente, neste momento a Meta vai informar o valor acordado.

O acordo, anunciado na última sexta-feira, 26, e conhecido nesta quarta, aconteceu após a convocação de Mark Zuckerberg, CEO de Meta, e Sheryl Sandberg, ex-diretora de operações da companhia para prestarem depoimentos no tribunal em setembro.

Vale lembrar que Sandberg anunciou seu desligamento da empresa depois de 14 anos.

No entanto, o juiz distrital americano Vince Chhabria só concedeu a moção em parte, já que ainda espera que todas as partes “compareçam na audiência na sexta-feira, 2 de setembro, para discutir as sanções”.

Relembre o caso

O processo começou em 2018, quatro anos atrás, e foi movido por um grupo de usuários do Facebook que alegou que a rede social violou as leis de privacidade do consumidor ao compartilhar dados pessoais de usuários, sem consentimento, com outras empresas como a Cambridge Analytica, que declarou falência dois meses após o início das investigações.

Vale lembrar que Cambridge Analytica estava ligada à campanha presidencial de Donald Trump, em 2016, e a empresa de marketing usou os dados para promover o candidato nas redes sociais.

Outra multa

Em paralelo a este julgamento, em 2019, a Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês) anunciou uma multa de US$ bilhões pelo escândalo Cambridge Analytica. À época, o valor foi o maior já imposto a qualquer empresa por violar a privacidade dos consumidores e quase 20 vezes mais alto do que a pior das penalidades em se tratando de falha na privacidade ou na segurança de dados já aplicada em todo o mundo. O FTC também exigiu mudanças estruturais na corporação e envios trimestrais à comissão de certificações que comprovem que a empresa está em conformidade com o programa de privacidade.

 

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