| Publicada originalmente no Teletime | As três principais operadoras de serviços móveis da Argentina publicaram uma nota conjunta nesta quarta, 30, pedindo ao governo que reveja as regras de licitação do 5G no país. As operadoras Claro, Telecom e Movistar alegam que o preço estabelecido por um bloco de 100 MHz na faixa de 3,5 GHz é muito elevado, considerando a situação macroeconômica do país. Dizem ainda que o preço é 300% maior do que o que foi praticado no Brasil, como comparação, naquele que, segundo as três operadoras, foi o “melhor exemplo de leilão de espectro de 5G na Região”. O preço estabelecido pela Enacom foi de US$ 350 milhões por bloco de 100 MHz. A expectativa é de que o leilão aconteça em novembro deste ano.
As três teles argentinas também alegam que a alocação de 100% para a estatal Arsat, a título gratuito, cria uma assimetria competitiva. A Arsat é a operadora de satélites da Argentina e tem, na prática, forte controle sobre o mercado de conectividade satelital no país. O receio é que a estatal se torne competidora nos serviços de redes privativas.
As operadoras também reclamam do plano de regulação de preços do governo sobre os serviços de banda larga móvel, e pedem que o governo licite as faixas de 4G até hoje sem destinação. “As operadoras móveis da Argentina, Claro, Personal e Movistar, querem investir e competir, querem colaborar com o desenvolvimento do país e querem desenvolver o 5G, que é um passo muito importante que a Argentina precisa dar”, dizem em comunicado. Elas reiteram a necessidade de revisão das condições e alegam que no cenário atual é impossível viabilizar o 5G e, portanto, improvável que as operadoras participem do leilão.