Na conferência via telefone sobre o balanço financeiro do Facebook na última terça-feira, o CEO Mark Zuckerberg afirmou que a chave para o crescimento do grupo está na ênfase em Stories (Histórias, em português), nos vídeos e nas mensagens. Não é para menos. De acordo com os números divulgados na conferência, o compartilhamento está mudando para o chat privado, onde as pessoas enviam 100 bilhões de mensagens por dia na família de aplicativos do Facebook (que incluem Messenger, WhatsApp, Instagram), e Stories, onde o CEO disse que as pessoas compartilham 1 bilhão desses slideshows diariamente.

“Nossa comunidade e negócios continuam a crescer rapidamente, e agora mais de 2 bilhões de pessoas usam pelo menos um de nossos serviços todos os dias”, disse Zuckerberg. “Estamos construindo os melhores serviços para mensagens privadas e histórias, e há grandes oportunidades à frente em vídeo e comércio também”.

Nos países desenvolvidos – leia-se Estados Unidos, Canadá e Europa, basicamente –, o Facebook estagnou-se e, por isso, é preciso fazer uma virada. Para tanto, a aposta está no tripé Histórias, Vídeos e Mensagens. Com as Histórias, os usuários compartilham fotos ou vídeos em tela cheia com amigos ou seguidores que desaparecem após um dia, em vez de ficarem permanentemente.

“As pessoas querem compartilhar coisas de maneira efêmera, e eu quero ter certeza de que nós abraçamos totalmente isso”, disse Zuckerberg.

Monetização

Ainda é um mistério como a empresa californiana vai monetizar o Stories. Zuckerberg e a diretora de operações Sheryl Sandberg explicaram que os produtos publicitários da empresa para o Histórias ainda não são tão robustos quanto os produtos publicitários mais antigos do Facebook. A empresa precisará desenvolver essas ferramentas, além de treinar os anunciantes sobre a melhor maneira de criar anúncios para a ferramenta. Assim, ainda não está claro quando a receita de anúncios do Histórias vai convergir com a receita de anúncios de feed, disse Zuckerberg.

“Eu não posso dizer a você ainda o que esse período de tempo vai parecer, mas acho que estamos bem posicionados a longo prazo, porque estamos liderando nas Histórias e, basicamente, em todos os países”, disse o CEO.

Vídeo

O consumo de vídeos cresceu muito nos últimos anos. Para isso, a empresa criou o Facebook Watch e o IGTV, no Instagram, em agosto de 2017. No entanto, o consumo de vídeos ainda é passivo, sem interação entre os usuários.

Com o Watch e o IGTV, o Facebook está criando serviços que permitem que a empresa mantenha canais de vídeo sem dissuadir as pessoas de compartilhar seu próprio material em seus feeds de notícias ou em Histórias. Zuckerberg disse que esses produtos estão “crescendo muito rapidamente”.

Porém, o vídeo independente “monetiza significativamente menos por minuto do que as pessoas interagindo em feeds”, disse o CEO. O Facebook poderia ganhar mais dinheiro com vídeos, enfatizando-os em seus produtos sociais, mas a empresa acredita que separá-los é a coisa certa a fazer.

“O vídeo é uma parte crítica do futuro”, disse Zuckerberg. “É o que a nossa comunidade quer e, desde que possamos torná-lo social, acho que acabará sendo uma grande parte do nosso negócio também.”

Outros produtos

Nos outros produtos do Facebook, Zuckerberg contou que 800 milhões de pessoas usam o Marketplace. Seu recurso Jobs ajudou as pessoas a encontrar 1 milhão de empregos, e suas arrecadações de fundos de aniversário somaram US$ 300 milhões só este ano.

 

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