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Artigo: O desafio de fidelizar o cliente

De acordo com uma recente pesquisa da Microsoft, 97% dos consumidores no mundo dizem que o atendimento ao cliente é importante para sua escolha ou fidelidade a uma marca. A pesquisa apontou ainda que 41% dos consumidores brasileiros consideram a agilidade em resolver problemas o aspecto mais importante de uma experiência satisfatória. No Brasil os consumidores continuam relatando problemas com as empresas prestadoras de serviços. Um estudo do Customer Rage apontou que, de 2003 a 2007, 39% dos consumidores registravam problemas. Esse número saltou para 54% em 2015. Outros estudos relatam ainda que ganhar novos clientes custa entre cinco e 15 vezes mais do manter os clientes já existentes.

Em uma época em que 76% dos fornecedores de serviços em campo lutam para aumentar suas receitas, por que não se fala mais sobre a fidelidade do cliente?

Porque em muitas organizações, fidelidade é como perseguir um unicórnio, ou seja, uma realidade mágica, mítica e aparentemente fora de alcance. As equipes estudam a rotatividade de seus clientes e não compreendem as razões por que vão embora, o que os motiva a ficar ou como mantê-los satisfeitos em longo prazo. Afinal, é difícil obter dados de consumidores que não querem mais fazer negócios com você.

Fidelidade é muito mais confuso para organizações que oferecem um serviço de alto nível. Afinal, por que os consumidores iriam embora se a experiência de serviço está correta?

A resposta é simples. A experiência de serviço é apenas uma pequena parte da jornada do consumidor. Organizações em demasia estão focadas em otimizar apenas um  entre os diversos canais de contato com o cliente,  ou ainda na solução de um único problema. Ano após ano eles correm atrás de novas soluções para solucionar o problema da rotatividade dos clientes.

Um ano é: “precisamos de um aplicativo!”. No próximo: “obtenha esse portal de autoatendimento!”. Em breve ouviremos: “os técnicos de serviço precisam de óculos de realidade aumentada!”.

É hora de parar de almejar balas de prata e começar a pensar de ponta a ponta as jornadas para o cliente. O unicórnio da fidelidade está exatamente aí.  O caminho para alcançá-lo porém é muito mais longo do que imaginávamos.

Seja melhorando a experiência do cliente em um estágio de educação ou retenção, a chave para conquistar a fidelidade do consumidor é conectar os pontos entre as experiências nos diferentes canais.

Maximizar a satisfação por meio do uso da jornada do cliente tem o potencial de aumentar a receita em até 15%, enquanto reduz em até 20% o custo para atender os clientes.

De acordo com uma recente pesquisa da Aberdeen sobre a relação entre a qualidade do serviço e a retenção do cliente, as empresas que atingem excelência no serviço desfrutam de um aumento 3,9 vezes maior ano a ano nas taxas de retenção de clientes, quando comparadas às organizações que não atendem às necessidades dos compradores.
Mas como as equipes de serviços podem chegar lá?

1. Mude o foco para a jornada do cliente

Quando os clientes precisam de um serviço, normalmente conversam com várias empresas e interagem com muitas de suas tecnologias ou produtos ao longo de sua jornada. Podem enviar e-mail, checar o site, ligar para a assistência, lidar com seu software de agendamento e, eventualmente, receber um técnico pessoalmente. Mesmo que você otimize cada um desses canais de contato para aprimorar a experiência, a jornada geral ainda pode ser pobre.

Veja como empresas como o Uber e a 99, de transporte individual com carros particulares,  são exemplos de padrão de ouro na jornada do cliente. Ao solicitar um carro, os usuários simplesmente inserem suas informações de cartão de crédito (uma vez) e seu destino. Isso é tudo o que é exigido ao cliente. Eles são então  apresentados com opções convenientes e informações úteis, incluindo:

– O tipo de veículo em que preferem viajar
– Uma pré-visualização e imagem do motorista
– A opção de cancelar se a classificação deste motorista não for satisfatória
– O tempo de espera até a chegada do motorista
– A duração da viagem
– O custo estimado da viagem

Aqui está o que acontece quando o motorista chega:

1. O passageiro entra no carro
2. O motorista o leva ao seu destino

Muito simples, certo? Agora compare com uma jornada de serviço bastante comum.

1. O cliente entra em contato com um call center ou envia um e-mail sobre uma peça quebrada ou com problema;
2. O cliente preenche vários formulários ou precisa responder perguntas sobre o produto, seu problema e o histórico de serviço;
3. O cliente pode ser passado para outro profissional no agendamento;
4. O cliente agenda uma janela de serviço, normalmente de 4 a 8 horas de duração;
5. O cliente aguarda dias, até semanas, para sua consulta com o técnico;
6. O cliente se atrasa ou precisa tirar uma folga ou trabalhar em casa enquanto espera a chegada do técnico;
7. O cliente não tem indicação de quando o técnico chegará ;
8. O técnico avalia o problema, às vezes indo embora sem resolvê-lo por não ter a peça correta ou porque o equipamento precisa ser substituído;
9. O cliente agenda outra visita;
10. Semanas depois, o equipamento é reparado;

É doloroso até mesmo ler a lista inteira.

Para se aproximar de uma experiência mais moderna, como a das empresas de transporte individual citadas acima, as organizações devem se concentrar em racionalizar e conectar os canais de contato com o cliente. Com a tecnologia moderna, os processos de coleta de informações e agendamentos podem ser completados automaticamente. Ao quebrar os silos e os sistemas de conexão, a resolução do serviço pode acontecer mais rapidamente.

Implementando funcionalidades simples em seu site, como permitir que os clientes façam upload de fotos de equipamentos que precisam de reparos, já possibilitam que os técnicos avaliem ou corrijam problemas em taxas muito mais altas.

2. Mantenha o foco no cliente

Toda organização de serviço tem objetivos centrados no cliente. Na verdade, eu aposto que se você olhasse ao redor do seu escritório, acharia uma foto com letras fantásticas emolduradas, que diz algo como: “O cliente sempre está certo”.

Embora essas expressões sejam inspiradoras, não oferecem orientação específica sobre como os profissionais que não estão focados no cliente podem incorporar essa postura em seu cotidiano de trabalho.

Na realidade, muitos processos adotados nas organizações de serviços acabam isolando e distanciando os profissionais dos próprios clientes atendidos.

Por exemplo, digamos que um gerente de TI esteja selecionando um novo software de cobrança para sua organização de serviço em campo. Ele optará pela solução mais fácil para sua equipe implementar? A mais rentável? A mais segura? Ou, a solução que torna mais fácil para os clientes pagarem online? Sem incluir formalmente as considerações do cliente nesse processo, ele provavelmente será o último na lista.

Da mesma forma, um gerente pode agendar uma visita o mais cedo possível para um cliente (digamos, 7h da manhã) pensando ser mais conveniente. Agora, e se o cliente não é uma pessoa da manhã? Ele quer atender a porta logo cedo? Provavelmente não.

Novamente, sem um mecanismo formal para incluir necessidades específicas dos clientes no processo de despacho, as necessidades do cliente ficarão em segundo plano.

O segredo, então, é fazer com que todos se concentrem no cliente. E nos perguntar, a todo o momento:

·         Como isso afetará o cliente?
·         Isso melhorará a experiência do cliente?
·         Se o cliente tivesse que escolher, o que escolheria?

3. Feedback regular para o cliente

Entre wearables, internet das coisas, social media e chatbots web, o comportamento do cliente está evoluindo mais rápido do que nunca.

Então, quando foi a última vez que você fez check-in com seus clientes? Você tem algum meio de obter feedback regular? Você sabe como o panorama de mudança está impactando seus clientes?

Muitas vezes, os provedores de serviços dependem de relatórios do setor para decidir como aproximar-se dos consumidores. Ou os executivos simplesmente perguntam aos seus parceiros quais são os melhores meios para satisfazer os clientes. Embora o teste de coragem contra as tendências da indústria e dentro da sua rede possa ser útil, nada supera o canal direto com seus clientes.

Conseguir feedback do cliente pode acontecer de diversas maneiras. O envio de pesquisas formais pode funcionar, mas, francamente, quem tem tempo para preencher pesquisas? Incorporar caixas de feedback diretamente em seu site pode funcionar, porém é preciso tecnologia para apoiá-las. No cenário digital de hoje, atingir os clientes diretamente pode ser o meio mais impactante para obter seu feedback.

Considere configurar um sistema de lembrete após cada interação com o cliente. Seja uma chamada, um e-mail ou um formulário web personalizado e, assegure-se de que seus clientes tenham a oportunidade de avaliar cada experiência de serviço.

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Conteúdo móvel: Provedores reagem para melhorar a qualidade na oferta de SVAs

Não são apenas as operadoras móveis que estão tomando medidas para diminuir a quantidade de reclamações relativas a serviços de valor adicionado (SVAs). Seus parceiros de conteúdo também estão se movimentando, com uma série de ações individuais, desde a contratação de auditorias externas até mudanças na estratégia de negócios, passando pelo investimento em atendimento especializado ao consumidor e cuidado especial em canais de publicidade com maior índice de fraudes. MOBILE TIME conversou com representantes de importantes players desse setor, que contaram o que cada um tem feito nesse sentido.

O primeiro passo para se enfrentar qualquer problema é reconhecer a sua existência. Todas as empresas entrevistadas concordam que o segmento de SVA passou nos últimos 12 meses por uma fase turbulenta, com um crescimento no volume de reclamações, o que provocou pressão de vários lados por uma intervenção da Anatel e dos poderes judiciário e legislativo. As causas apontadas para o aumento de reclamações são variadas. A principal delas está no processo de captação dos assinantes. Os maiores canais de divulgação dos SVAs, a saber, o envio de mensagens de texto e de smart messages (SAT push), ambos controlados pelas operadoras, têm um espaço limitado para a comunicação da oferta, o que dificulta o detalhamento do serviço e estimula a compra por impulso. Quanto menos informado estiver o consumidor no momento da contratação, maior o risco de se frustrar depois e isso gerar uma queixa. Há também compras acidentais, especialmente no SAT push, no qual às vezes basta apertar um botão na tela de pop-up para contratar o serviço, o que pode acontecer sem querer. Além disso, têm sido encontradas fraudes quando do uso de publicidade online em redes de afiliados, que são remuneradas por CPA (custo por aquisição). Fora isso, há quem culpe o próprio crescimento do mercado de smartphones e de conteúdo móvel no Brasil nos últimos anos, o que geraria, naturalmente, um aumento também de reclamações. E, por fim, há acusações de fraudes que teriam sido cometidas por provedores de conteúdo, embora nomes não sejam mencionados publicamente.

A Upstreams é uma das mais engajadas no combate a fraudes no chamado web marketing, ou seja, na publicidade online. “Conforme canais como o SMS perderam eficácia e relevância, um novo canal apareceu junto com o aumento da penetração de smartphones: o web marketing. Começamos a utilizá-lo há cerca de um ano. Dá visibilidade enorme, mas precisa de atenção redobrada das operadoras e dos provedores, senão corremos o risco de matá-lo (em decorrência das fraudes)”, diz Diego Benavides, diretor regional para a América Latina da Upstreams. A empresa contratou a Empello para monitorar suas campanhas de web marketing e adotou uma série de medidas para identificar fraudes em sites. “Conseguimos eliminar alguns parceiros fraudulentos e outros problemas que tivemos no passado. Mas as soluções não são perfeitas, porque a fraude na web se renova constantemente”, comenta. Diante da dificuldade, a Upstreams tomou a difícil decisão de suspender temporariamente a utilização desse canal no mundo inteiro, enquanto aperfeiçoa seus mecanismos de combate às fraudes nele. Enquanto isso, voltou a concentrar suas ações de mídia nos canais controlados pelas operadoras, chamados de “on deck”.

A Gold360, por sua vez, tem na sua equipe uma pessoa dedicada exclusivamente a acompanhar as campanhas online. Se algum site ou rede de afiliados apresenta uma performance que sai muito da curva, os números são verificados com cuidado, pois pode ser uma fraude. Em geral, contudo, a Gold360 prefere trabalhar com os canais das operadoras, seguindo à risca as regras definidas por cada tele. “Estamos juntos no mesmo front de batalha das operadoras. Queremos que as práticas delas deem certo. Usar os canais on deck é uma forma de reforçar o controle das operadoras”, comenta Rafael Lunes, sócio-diretor da Gold360. Além disso, a empresa faz questão de estar dentro das plataformas de distribuição de serviços (SDPs, na sigla em inglês) das teles, justamente para garantir o cumprimento de todas as boas práticas definidas pelas operadoras.

Uma atenção especial aos consumidores também é importante. Neste sentido, a FS conta com uma diretoria de qualidade, para zelar por seus produtos, e mantém 120 posições de atendimento (PAs) para atuar 24×7 em conjunto com os call centers de duas operadoras parceiras. São profissionais especializados em seus SVAs. Mais do que responder a queixas, esses atendentes tiram dúvidas, que correspondem a aproximadamente 70% dos chamados, afirma o presidente da FS, Alberto Leite. Além disso, todos os seus novos aplicativos de SVAs estão sendo lançados com chatbots de atendimento embarcados, para reduzir o volume de chamadas ao call center. Por fim, a FS conta com o apoio de uma certificadora externa, que garante a integridade de todo o fluxo de processos em seus SVAs.

Mudanças de estratégia

Há também iniciativas de mudanças no modelo de negócios que podem impactar na queda de reclamações. A Upstreams, por exemplo, está adotando a oferta de sete dias de assinatura grátis de SVAs. Antes de começar efetivamente a cobrar, ela faz uma verificação daquele assinante conquistado para ter certeza de que sua ativação aconteceu corretamente.

Nesse ponto, a Gold360 propõe uma guinada estratégica mais significativa. A empresa quer adotar nos SVAs o modelo de negócios freemium, já bastante conhecido em aplicativos Android e iOS. Ele consiste na oferta de uma versão básica de cada serviço, com ferramentas limitadas. Se o usuário quiser ter acesso à versão completa (premium), aí precisa pagar. Assim, a adesão do assinante acontece de forma mais consciente, reduzindo o risco de cancelamento posterior e alongando seu ciclo de vida.

Medidas tomadas pelas teles

Todos os provedores de conteúdo entrevistados concordam com a importância de as teles monitorarem o ciclo de vida de seus assinantes com auditorias externas. Também acham relevante o controle dos processos por SDPs, mas algumas fontes ressalvam que é comum haver problemas técnicos no início da implementação de tais plataformas, o que pode ocasionar queda de receita em um primeiro momento.

Algumas fontes, por outro lado, cobram mais rigor das operadoras às punições de parceiros que descumpram as melhores práticas acordadas pelo código de conduta do MEF. Eduardo Sartori, diretor regional da ZED para a América Latina, sugere a adoção de punições escalonadas, que aumentem conforme a reincidência do infrator. Em última instância, defende que o provedor seja desconectado, tendo seu contrato rescindido. “As operadoras não deveriam ter medo de cortar alguém que deliberadamente infringe as regras”, defende Sartori. Lunes, da Gold360, faz coro: “se identificado o dolo, acho que deveria ter desconexão do parceiro. Existe ainda muita permissividade. As operadora poderiam ser mais duras”.

Por sua vez, Leite, da FS, sugere que as teles beneficiem os players que implementem as melhores medidas de garantia de qualidade, ou que registrem mais longos ciclos de vida de assinantes. O prêmio poderia ser mais espaço na mídia on deck ou um percentual maior na divisão da receita de acordo com a longevidade média do assinante.

Autorregulação

As fontes concordam com a importância do movimento de autorregulação liderado pelo MEF. Mas ressaltam que é preciso seguir com afinco o que está escrito no código de conduta, cuja versão 3.0 foi apresentada na semana passada. Benavides, da Upstreams, lembra que para que isso aconteça é fundamental o engajamento das operadoras.

Sobre o risco de regulação do setor pela Anatel, Leite, da FS, argumenta que isso não garantiria por si só a qualidade do serviço. “Serviço regulado não quer dizer que o serviço é de qualidade. Se fosse assim, setores altamente regulados, como o bancário e o de planos de saúdes, não teriam tantas reclamações”, compara. E lembra que existe hoje em telecomunicações uma assimetria regulatória: as teles são reguladas pela Anatel, mas as empresas over the top, que se beneficiam de suas redes, não.

Futuro

O que será do mercado de SVAs no Brasil daqui a um ano? As medidas tomadas por teles e seus parceiros serão suficientes para transformar positivamente o setor? “Já passamos outras vezes por um aperto ou cerco sobre os SVAs. Não podemos achar que desta vez é uma onda que vai passar e que ninguém vai mais olhar. O mundo está cada vez mais engajado e preocupado com questões de cidadania e defesa do consumidor. Temos que adequar a nossa indústria. Talvez ela diminua de tamanho”, comenta Lunes, da Gold360.

“Os SVAs e os apps no Brasil têm um papel importantíssimo de inclusão social. Se nos EUA e na Europa, o PC e o laptop desempenharam um papel relevante na inclusão digital, no Brasil isso acontece através dos smartphones. Os SVAs levam conhecimento, ajudam as pessoas a buscar emprego, a agendar consulta médica, a se entreter, a se informar, a aprender inglês, a se apaixonar. Não podemos perder de vista o papel social dos SVAs e dos apps. Tenho muito orgulho de trabalhar nesse setor, porque levamos uma proposta de valor muito grande”, conclui Leite, da FS.

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Transporte individual: Taxi.Rio tem lançamento previsto para setembro

O Taxi.Rio, app de táxi criado pela prefeitura do Rio de Janeiro, concluiu sua fase de teste piloto e tem seu lançamento comercial programado para a segunda metade de setembro. O cadastramento de taxistas começou na semana passada e em poucos dias já recebeu os dados de mais de 3 mil motoristas, o que representa quase 10% da base total da cidade – o Rio de Janeiro tem 37 mil taxistas, entre proprietários e autorizatários.

A proposta da prefeitura é oferecer ao taxista uma ferramenta tecnológica para captar corridas sem o custo dos apps privados. Inicialmente, o Taxi.Rio não vai cobrar nada pelas corridas geradas. No futuro, talvez cobre um percentual simbólico, para arcar com os custos da operação. Os apps privados cobram taxas a partir de 15% sobre o valor de cada corrida. A prefeitura vai desenvolver inclusive seu próprio gateway de pagamento para ser integrado ao app, de forma que seja possível aceitar cartões de crédito a um custo mais baixo. O pagamento in-app deve ser disponibilizado em uma versão futura do app, com previsão de lançamento perto da virada do ano. Por enquanto o Taxi.Rio não conta com cobrança in-app – o passageiro precisa pagar em dinheiro ou com cartão se o motorista tiver máquina de POS.

O Taxi.Rio trará algumas inovações em comparação com outros apps existentes no mercado. Uma delas é a possibilidade de o taxista escolher o percentual de desconto que deseja oferecer, dentre algumas opções de percentuais. O passageiro, ao solicitar a corrida, também marcará quanto quer de desconto e o sistema fará o casamento entre oferta e demanda, levando em conta a localização do carro.

Outra novidade que virá em versões futuras serão notificações de utilidade pública do interesse do taxista, com base em informações recebidas pelo Centro de Operações Rio (COR) em tempo real. Por exemplo: se um cruzeiro estiver prestes a atracar no porto do Rio com milhares de turistas, taxistas que estiverem nas redondezas receberão o aviso, convocando para oferecerem seu serviço por lá. Simultaneamente, funcionários da prefeitura estarão montando uma fila de táxi provisória no local.

Também está no roadmap a inclusão de um botão de pânico dentro do app. Se acionado pelo motorista, o smartphone começa imediatamente a gravar um vídeo com a sua câmera e enviar em tempo real para as autoridades competentes.
Para utilizar o Taxi.Rio, além de preencherem o cadastro online com seus dados pessoais, os taxistas precisam validá-lo presencialmente em uma visita à Secretaria Municipal de Transportes. É uma maneira de garantir a qualidade e a segurança do serviço que será prestado pelo app, evitando a utilização por taxistas piratas.

“Há uma preocupação do prefeito com o cenário do transporte individual de passageiros. Hoje o Uber é barato, mas se houver um achatamento do serviço de táxi e um dia só houver o Uber, este não será mais tão barato. Por isso criamos uma solução tecnológica para oferecer um serviço superior para o passageiro e garantir melhores condições de trabalho para o taxista”, explica Fábio Pimentel, presidente da IplanRio, empresa municipal de informática responsável pelo desenvolvimento do app. “Vamos resgatar algo que havia se perdido: o táxi é o serviço de transporte individual oficial da cidade. É o serviço que a prefeitura conhece e garante”, acrescenta.

A expectativa da IplanRio é produzir uma atualização do aplicativo a cada dois meses.

Contrapartidas

Em contrapartida, a prefeitura quer estimular que os taxistas contribuam como “zeladores” da cidade. Para tanto, o app do motorista contará com botões para que eles possam reportar rapidamente problemas que encontrarem pelo caminho, como semáforo quebrado, buraco na pista, poste sem luz etc. Os alertas serão georreferenciados pelo GPS do smartphone e enviados para o sistema centralizado de zeladoria do prefeitura, o 1746.

O Taxi.Rio terá também a função de gerar uma massa de dados para a prefeitura conhecer melhor o serviço de táxi no Rio de Janeiro. Será possível analisar a distribuição dos carros por região da cidade, por dia da semana e por horário. Isso vai nortear políticas públicas, incluindo o cálculo de reajuste da tarifa. “Uma vez conectado em tempo real com o taxista, sabemos onde ele está, se está tripulado ou não etc. E essa massa de dados brutos permite usarmos ferramentas de inteligência de negócios e big data para criar indicadores que vão suportar decisões mais precisas, porque teremos uma visão mais clara do serviço. Saberemos onde há mais táxis e onde faltam táxis, por exemplo”, diz Pimentel. Será possível, por exemplo, definir tarifas diferenciadas para estimular a oferta do serviço em regiões pouco assistidas.

Mobile Time conversou informalmente com alguns taxistas. Eles demonstram preocupação de que o uso do Taxi.Rio serviria para que a prefeitura cobre o ISS sobre a receita gerada pelos motoristas, o que hoje não acontece. Porém, ainda que isso passe a acontecer, provavelmente o custo ainda será menor do que a taxa cobrada pelos apps privados de táxi.

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Educação: Plataforma de cursos Udemy registra 22% do tráfego oriundo de dispositivos móveis

Com mais de 17 milhões de estudantes no mundo, a plataforma de ensino e aprendizagem Udemy (Android, iOS) registra 22% do seu tráfego oriundo de dispositivos móveis, sendo que 40% dos seus estudantes já visitaram o site pelo menos uma vez por dispositivo móvel. Em conversa com Mobile Time, o diretor da Udemy para o mercado brasileiro, Sergio Agudo, revela que, em julho deste ano, 79% dos acessos móveis à plataforma vieram de fora dos Estados Unidos.

“Temos essa visão do Vale do Silício de querer chegar a vários mercados. Nós acreditamos que a educação tem vários problemas. Na minha geração tinha que fazer vestibular, ir para uma faculdade de ponta e então entrar no mercado”, lembra o executivo. “Hoje conseguimos quebrar isso com o mobile. Você tem os cursos na plataforma e o aluno pode acessar de qualquer lugar”.

Criada em 2010, a start-up norte-americana oferece vídeos online publicados por instrutores para estudantes que buscam por novas habilidades. Os cursos são pagos e a Udemy fica com uma parcela de cada matrícula, o que pode variar entre 25%, 50% ou nada, dependendo da origem do aluno (vendas orgânicas, vendas de afiliados, vendas por cupom ou programa de parceiros externos).

“O que me faz trabalhar todo dia são histórias legais de sucesso de pessoas que voltam a estudar, como senhoras de idade. Ou instrutores que começam a ensinar e não tinham oportunidade antes. Pessoas que não têm condições de gastar com cursos caros, vêm para a nossa plataforma e percebem o ganho que tem”, completa.

Crescimento móvel no Brasil

Para o Brasil, Agudo acredita que exista um grande potencial a ser explorado pela sua plataforma, em especial no mobile. Atualmente, 11% de todo consumo de cursos no Brasil é feito via mobile, grau similar àquele registrado no México (14%) e nos EUA (17%). “Hoje, dos 55 mil cursos que temos na plataforma, 2 mil são em português. Estamos bem animados com o Brasil”, diz o executivo, acrescentando que o País é um dos mercados onde a empresa tem crescido mais rapidamente.

Dois dos três cursos mais vendidos pela Udemy no Brasil são sobre mobilidade. O mais comercializado é o Android Development Course e, na terceira posição, aparece o iOS Development Course.

Instrutor e próxima etapas

O diretor da Udemy para o Brasil ainda foi questionado sobre o uso de smartphones na gravação dos vídeos  dos cursos. Ele ressaltou que mesmo com o smartphone sendo “bem avançado em recursos de som e vídeo”, a empresa busca ajudar os profissionais com uma equipe de especialistas. Esses curadores servem para definir se o curso está com bom conteúdo para entrar na plataforma ou não.

“Vemos que tendo um bom smartphone, você consegue produzir o curso. Para aqueles que não conseguem, a curadoria ajuda com dicas”, explica o executivo. “O legal é que dá para gravar o curso sem ter que gastar muito dinheiro. Usando só o celular ele pode criar um bom conteúdo”.

Para as próximas etapas, a plataforma deve ganhar opção com aulas apenas em áudio. Também é avaliada a oferta em chat e webinar. Além disso, busca melhorar a qualidade de vídeo e a interação nas aulas. Um dos objetivos é expandir a experiência educacional para além do curso em si. “O aluno pode interagir com o instrutor e participar de uma comunidade. A questão é enriquecer a experiência do estudante”, frisa Agudo.

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Artigo: Os minutos acabaram

A voz virou uma commodity no mercado de telecomunicações. Este ano, as operadoras móveis brasileiras começaram a adotar uma estratégia que já é comum em mercados mais maduros: a oferta de chamadas de v…

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Bots: Bot distribui cupons de Fanta Guaraná para troca no McDonald¿s

A Fanta está utilizando um chatbot no Facebook Messenger em uma campanha para promover o seu novo sabor, a Fanta Guaraná. Quem conversar com a página do refrigerante no Facebook (https://www.facebook.com/fantabrazil/) ganha cupons para serem trocados por Fanta Guaraná em lojas do McDonald’s.

A campanha se chama #tomaíumanovidade. Basta iniciar uma conversa com o bot e ele entrega dois cupons numerados com validade de uma semana para a troca nas lojas conveniadas. O próprio bot indica o McDonald’s mais próximo, de acordo com a localização do usuário.

Para gerar um efeito viral, o bot estimula o usuário a convocar os amigos para participarem também. A dinâmica consiste em informar o nome do amigo para ser inserido em uma das quatro versões do anúncio da campanha e publicá-lo em sua página no Facebook. Há uma versão para convocar sua turma (“galera”); outra para chamar um amigo (“migs”); outra para uma paquera (“crush”); e, por fim, uma para o namorado ou namorada (“mozão”).

O bot já está em funcionamento, mas só começará a ser divulgado para valer no dia 7 de agosto. A campanha fica no ar até 5 de setembro. A princípio, está prevista a distribuição de até 400 mil doses de Fanta Guaraná, mas o volume pode ser ampliado. Há um limite de quatro cupons por dia por pessoa.

História

Esta é a segunda experiência de uma marca da Coca-cola com chatbots no Brasil. No Natal do ano passado, a empresa criou um bot no Messenger para a criação de imagens de garrafas personalizadas enviando mensagens de gratidão. A campanha foi elaborada em parceria com a agência Outra Coisa, do grupo Artplan.

E não é a primeira vez que a Coca-cola usa as redes sociais no Brasil para uma campanha que envolve a distribuição de refrigerantes no McDonald’s. Em 2015, a empresa fez uma célebre campanha no Twitter, chamada @CocaNoMc, que distribuiu 1 milhão de copos de 500 ml do refrigerante nas lojas do McDonald’s de todo o Brasil. Foi considerada uma das campanhas de marketing mais bem sucedidas envolvendo redes sociais, com forte efeito viral e muita mídia espontânea.

 

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Inteligência artificial: Bancos brasileiros investem em inteligência artificial

O setor bancário brasileiro é reconhecido no mundo inteiro pela excelência dos seus sistemas de tecnologia da informação, que tiveram um grande impulso de desenvolvimento na década de 80 para conseguirem trabalhar em uma conjuntura econômica marcada pela hiperinflação. A onda tecnológica mais recente dos bancos nacionais foi a mobilidade, levando os serviços financeiros para dentro de aplicativos nos smartphones e desafogando as agências físicas. A próxima revolução tecnológica que promete transformar os bancos já começou a ser desenhada, provocando uma corrida por parte das equipes de TI e inovação das principais instituições financeiras do País: a inteligência artificial. Todos os grandes bancos de capital brasileiro estão atentos a este tema e trabalhando no desenvolvimento de projetos diversos envolvendo computação cognitiva. Mobile Time consultou quatro deles para conhecer suas estratégias: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Itaú.

O Banco do Brasil tem, neste momento, nada menos que 33 projetos de inteligência artificial em andamento, envolvendo diversas áreas e produtos da companhia. Alguns já foram lançados, como um chatbot que auxilia funcionários na negociação de dívidas com os clientes. Outros estão prestes a entrar no ar, como um robô para atendimento do grande público pelo Facebook Messenger. Os dois utilizam o Watson, sistema de inteligência artificial da IBM. Outras ideias ainda estão em laboratório, algumas delas relacionadas a reconhecimento de imagem, seja para controlar a circulação de pessoas dentro das agências; ou para análise de sinistros no setor de seguros; ou até mesmo identificar pragas em lavouras a partir de imagens de satélite, o que pode ser usado na concessão de crédito para o setor agrícola.

“Algumas ideias nascem da equipe de TI, outras chegam por demandas das áreas de negócios. Hoje temos uma área de arquitetura e outra de analytics, voltada para inteligência de negócios. Talvez não caiba ter uma área centralizada de inteligência artificial, mas queremos ter centros com essa especialidade”, relata Felipe de Melo, gerente de divisão da diretoria de tecnologia do Banco do Brasil. “Esse assunto é muito novo. Ainda não há soluções brilhantes lá fora que pudessem servir de inspiração para a gente. Está todo mundo no começo. Não temos nada a invejar em relação ao que é feito no exterior”, acrescenta. 

O Bradesco, por sua vez, também adotou um assistente virtual para uso interno antes de levá-lo para o grande público. O sistema, batizado como BIA (Bradesco Inteligência Artificial), serve para a realização de buscas pelos próprios funcionários. O bot, que também usa Watson, foi treinado por um grupo de especialistas em finanças e relacionamento com o cliente. O próximo passo é incluí-lo no app do banco, permitindo que seja usado para consultas, transferências, pagamentos e recargas para celular a partir de comandos por texto e, mais tarde, por voz. Na prática, serão operações realizadas por meio de conversas, entre correntista e robô.

A Caixa planeja construir um centro de excelência em inteligência artificial. Ele está na fase de detalhamento do processo para posterior prospecção de parceiros para implementação. Essa fase deverá ser concluída dentro de 45 dias. O banco avalia se o centro será virtual, ou seja, sem um local específico, ou se será instalado em alguma região do Brasil, mas com operação de maneira difusa, em rede. Ainda não foi definido quanto será investido no projeto. Chatbots também estão nos planos do banco estatal. “Ainda não há uma data definida, mas o uso de chatbots tem se mostrado uma tendência natural no desenvolvimento de soluções de atendimento que maximizem a qualidade da experiência do cliente, que inclui velocidade, assertividade, confiabilidade e comodidade”, informou por email o gerente nacional de inovação da Caixa, Felipe Bismarchi.

O Itaú, por fim, noticiou recentemente que está testando um robô com inteligência artificial para monitorar a circulação de pessoas e de dinheiro em suas agências bancárias. O foco desse projeto específico é a segurança. Não foram fornecidos maiores detalhes, mas é sabido que o banco também vem realizando experiências com chatbots.

Desafios

Na opinião de Melo, do Banco do Brasil, o maior desafio nos projetos de inteligência artificial é gerenciar as expectativas das pessoas, especialmente dos próprios funcionários. “Precisamos convencê-los de que que não se trata de uma solução que vai resolver todos os problemas. Também precisam entender que não é mágica. Não se trata de um software que compramos, instalamos e viramos as costas. É preciso participar e construir junto”, comenta. “Os diretores no começo ficam receosos, porque não sabem qual é o momento de corte, ou seja, a hora em que a solução está boa o suficiente para entrar no mercado. Temos que gerenciar essas expectativas com cuidado”, acrescenta.

O executivo também entende que há espaço para aparecerem fornecedores brasileiros no setor de computação cognitiva, principalmente quando envolve processamento de texto em português. “Tem espaço sim. É um mercado que está nascendo e ainda há dificuldade na adaptação para o português”, comenta.

Análise

O smartphone vai desempenhar um papel fundamental na adoção de inteligência artificial pelos bancos. Em muitos projetos o aparelho servirá de interface com os clientes, através dos próprios apps dos bancos ou outros canais de comunicação, como serviços de mensageria (Facebook Messenger, WhatsApp etc). Também servirá para a coleta de dados a serem analisados por soluções de computação cognitiva, usando a câmera e seus diversos sensores e ferramentas (GPS, microfone etc). O processamento dos dados, porém, deve ficar mais no backend que dentro dos smartphones, embora estes tenham uma capacidade cada vez maior nesse sentido.

Bots 3

O impacto da adoção de chatbots e inteligência artificial pelo setor bancário brasileiro será um dos temas da terceira edição do Bots Experience Day, evento organizado por Mobile Time e que acontecerá no dia 22 de novembro, no WTC, em São Paulo. Mais informações e venda antecipada de ingressos estão disponíveis no site www.botsexperience.com.br, pelo email [email protected] ou pelo telefone 11-3138-4619.

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