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Infraestrutura: TIM fecha parceria com Ericsson para virtualizar banco de dados da base

A TIM pretende virtualizar todo o sistema da base de 70 milhões de usuários no País em parceria com a Ericsson. O anúncio conjunto foi feito nesta quarta-feira, 11, e informa que a base de dados começa a ser centralizada, atualizada e virtualizada a partir deste mês, inicialmente em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. Segundo a fornecedora sueca, o projeto, cujo contrato é de cinco anos, é o maior de virtualização em larga escala do mundo, e teve início com a necessidade de modernização do sistema para a tele implantar o serviço de voz sobre LTE (VoLTE). O acordo se estenderá também para a virtualização da rede.

O projeto inclui a implementação e consolidação da base de todas as tecnologias (GSM, WCDMA e LTE), agora com a possibilidade de incluir outros serviços como VoLTE e mesmo vídeo (ViLTE) no sistema. De acordo com o vice-presidente de estratégia da Ericsson no Brasil, Vinícius Dalben, a virtualização do sistema da base durará entre um ano e meio e dois anos. “Mas a expansão de novos serviços e crescimento da base será ao longo dos cinco anos (do contrato), com a expansão da rede”, diz.

O projeto também deverá permitir a agilização dos sistemas para lançar novos produtos ao mercado, uma vez que a área de redes consegue atender às mudanças de forma mais rápida por já estar tudo integrado com a virtualização. Quando a TIM quiser lançar o ViLTE, por exemplo, bastará colocar uma marcação no perfil do usuário no novo banco de dados.

Dalben explica que o processo permitirá simplificar a gestão e reduzir custo operacional para a TIM ao lidar com nós de rede com estrutura legada. O hardware utilizado será “default”, e a Ericsson entra com a solução de software por cima. “Os ‘cores’ (núcleos de rede) são os mesmos integrados lá atrás, que vinham sendo ampliados e mantidos desde o GSM. Agora (as teles estão) na onda da virtualização, e precisa modernizar”, declara.

Desafio

O sistema antigo da TIM era do tipo Home Location Register (HLR), e será modernizado para o Unified Data Consolidation (UDC). Segundo Dalben, o projeto começou com a necessidade da TIM de implantar o VoLTE para toda a base de usuários (que tenham aparelhos compatíveis), que acabou servindo de piloto para a operadora. O VP de estratégia da Ericsson esclarece, contudo, que, embora seja possível atribuir informações de serviços de valor adicionado (SVA), não necessariamente será necessário alterar o perfil na base UDC. “Depende muito de como vai ser a implantação comercial da operadora”, diz. Em um exemplo específico de OTT com zero-rating, as operadoras fazem atuam em uma camada acima, no core de rede.

“Fazer (banco de dados) massivo com 70 milhões de usuários virtualizado é coisa que deixa muito engenheiro de cabelo em pé com preocupação, mas é um desafio que compramos juntos”, declara. Não que a fornecedora planeje arriscar o serviço da TIM: a solução adotada conta com resiliência e redundância conforme padrões do mercado. A ferramenta adotada pela Ericsson terá solução de proteção de sobrecarga e gerenciamento de capacidade, permitindo controle de congestionamento fim a fim com a cooperação entre elementos de rede virtualizados.

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Infraestrutura: Claro levará 4,5G a mais dez cidades até o final do ano

Lançado em Brasília em abril, o LTE-Advanced Pro da Claro (chamado comercialmente de 4,5G pela operadora) será implantado de forma gradativa até o final do ano em mais dez cidades, das quais nove são capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória, Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Salvador e São Luís, além de Campinas (SP). A promessa é de levar velocidades de até 300 Mbps com agregação de portadoras em 2,5 GHz e 1,8 GHz, também adicionando uma terceira em 700 MHz onde estiver disponível.

Conforme explica o diretor de engenharia da Claro, André Sarcinelli, isso inclui também um projeto de melhoria na infraestrutura. A companhia, que atualmente está presente em 4.162 municípios, promoverá a modernização de 9 mil sites, dos quais 2 mil são novos. “Nos 7 mil (restantes) estamos voltando e tirando todo o equipamento (antena, fibra, baterias, eletrônica) e estamos trazendo equipamento mais moderno com Ericsson, Huawei e Nokia”, declarou ele em coletiva de imprensa nesta segunda, 2, na nova sede da tele em São Paulo. Esses hardwares serão “prontos para 5G” também, afirma.

O projeto, diz Sarcinelli, continuará para toda a base de torres nos próximos anos. No total, a companhia conta com 18.500 sites, sendo 4.500 de terceiros (por meio de compartilhamento de infraestrutura). A companhia não divulgou valores de investimento. “Mas são 9 mil sites, praticamente metade da nossa rede. É relevante. Estamos modernizando toda a eletrônica, mas os meios de transmissão são os existentes”, destaca o CEO da Claro, Paulo César Teixeira.

A capacidade de espectro disponível varia por localidade. Enquanto em 2,5 GHz a companhia tem 20 MHz (10 MHz + 10 MHz) em todo o País, na faixa de 1,8 GHz dependerá se a companhia conta com mais capacidade nesse espectro em vez de 850 MHz. Em Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Paraná e Santa Catarina, a operadora está liberando 15 MHz para LTE enquanto 5 MHz permanecem no GSM. Para São Paulo, a operadora conta com 10 MHz – mas, com a implantação de uma tecnologia da Ericsson, a rede é gerenciada de forma inteligente para utilizar toda a capacidade apenas quando estiver ociosa em GSM. Assim, ficam 20 MHz + 10 MHz. Mesmo assim, garante a empresa, as velocidades oferecidas ainda estarão em cerca de 300 Mbps.

A questão, porém, não é apenas a agregação de portadoras, mas a implantação das outras funcionalidades do padrão LTE-Advanced Pro, como por exemplo, a de múltiplas entradas e saídas (MIMO) 4×4, que possibilita quatro canais de recepção e quatro de transmissão; e a modulação avançada de 256 QAM, que permite maior eficiência espectral, transmitindo maior volume de dados simultaneamente. Em testes da operadora, as velocidades alcançaram em torno de 364 Mbps em condições ideais.

Por conta desses novos recursos, poucos aparelhos atualmente no mercado são compatíveis com o LTE-Advanced Pro da Claro. No portfólio da operadora, apenas o Galaxy S8 e S8+ da Samsung e o Moto Z2 Force, da Motorola, podem funcionar no 4,5G. No caso dos dispositivos da Samsung, é necessário uma atualização de firmware para a compatibilidade. A fabricante sul-coreana ainda promete que os futuros aparelhos tenham a funcionalidade, incluindo provavelmente o Galaxy Note 8, que será apresentado no Brasil nesta quinta-feira, 5.

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Transporte individual: Prefeitura do Rio vai liberar código-fonte de app de táxi para outras cidades

A prefeitura do Rio de Janeiro vai liberar o código-fonte do aplicativo Taxi.Rio para quaisquer outras cidades que quiserem criar seu próprio app de táxi. Esta é uma decisão do prefeito Marcelo Crivella, informa o presidente da empresa municipal de informática, IplanRio, Fábio Pimentel. Segundo o executivo, 14 cidades já demonstraram interesse no projeto, dentre as quais as capitais São Paulo, Curitiba, Campinas, Recife e Aracaju e os municípios de Campos dos Goytacazes/RJ e Erechim/RS.

O Taxi.Rio é um app para conectar passageiros e motoristas de táxi. A diferença para os concorrentes privados, como Easy e 99, está no fato de não cobrar do motorista pela geração de corridas, além de oferecer notificações de interesse dos taxistas, avisando, por exemplo, quando acontecem grandes eventos na cidade que demandem o serviço de táxi. O app permite que o motorista escolha livremente quanto quer dar de desconto. Além disso, contará com seu próprio gateway de pagamento, que está em desenvolvimento pela IplanRio, responsável técnica pelo projeto.

O Táxi.Rio passou por dois meses de teste piloto com 500 pessoas, entre taxistas e passageiros. Na semana passada, seu cadastrao foi oficialmente aberto para motoristas. O lançamento comercial está previsto para setembro. O Rio de Janeiro tem hoje 37 mil taxistas regularizados.

Case inédito

Antes de iniciar a criação do app, a IplanRio pesquisou 27 aplicativos de táxi do mundo inteiro. “Não encontramos nenhuma outra cidade que tenha feito um app por conta própria, como iniciativa pública”, relata Pimentel.

Hoje, apps de táxi cobram do motorista uma taxa sobre o valor da corrida. Se prefeituras diversas lançarem apps próprios e gratuitos (ou com taxas muito abaixo das praticadas pelo mercado), isso pode gerar um impacto significativo sobre a operação dos apps privados. Na opinião do presidente da IplanRio, esses aplicativos privados vão precisar reinventar o seu modelo de negócios.

Vale lembrar o exemplo do Taxibeat, que chegou a fazer sucesso no Rio de Janeiro e em São Paulo como um dos pioneiros do mercado de apps de táxi alguns anos atrás. O Taxibeat cobrava R$ 2 por corrida e não contava com um sistema de pagamento in-app. O Easy seguia o mesmo modelo. Mas aí veio o 99 e ofereceu para os motoristas isenção de cobrança de um valor fixo por corrida, passando a ficar com um percentual sobre os pagamentos feitos in-app. O Easy imediatamente reagiu suspendendo também a cobrança de R$ 2. O Taxibeat não desenvolveu outra fonte de receita, manteve a cobrança de R$ 2 e acabou sendo abandonado pelos motoristas, o que o obrigou a fechar as portas no Brasil.

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