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Jogos: Games e eSports se tornam prioridade na Vivo

O universo dos jogos digitais e dos esportes eletrônicos (eSports) é a mais nova prioridade da Vivo, que anunciou nesta quarta-feira, 11, três iniciativas relacionadas ao tema: o lançamento do serviço Vivo Games4U (Android), o patrocínio da equipe brasileiro de eSports Vivo Keyd e a produção de uma websérie sobre jogadores nacionais.

“Queremos tornar a Vivo uma referência no mercado brasileiro de games digitais e aproximar nossa marca do público jovem, melhorando o atributo de inovação”, comenta Fernando Luciano, diretor de serviços digitais e inovação da Vivo. Ele justifica a importância desse movimento lembrando que o mercado de games eletrônicos movimenta US$ 100 bilhões por ano mundialmente e que o segmento que que mais cresce é o móvel, puxado pela popularização dos smartphones, pelo aumento da velocidade de dados das redes celulares e pelo ganho de capacidade de processamento dos aparelhos.

O Vivo Games4U é um serviço freemium acessível por meio de aplicativo Android ou site móvel. O serviço foi construído com base em três pilares: 1) conteúdo exclusivo, 2) acesso ilimitado a um extenso portfólio de jogos; 3) benefícios para os assinantes. Como conteúdo, o Games4U traz matérias, reviews, análises e dicas sobre o jogos digitais e e-sports, tudo produzido por uma redação própria. Boa parte do conteúdo está disponível na versão gratuita, sem qualquer inserção de publicidade. “É um freemium premium”, compara Carla Brandão, diretora de negócios do Terra, parceira da Vivo no projeto. Mas há também uma parte do conteúdo que é restrita a assinantes, como os vídeos produzidos pelo youtuber Zangado, uma celebridade do mundo dos gamers, cujo canal no YouTube tem 3,7 milhões de inscritos. Além disso, na versão premium, os usuários terão acesso ilimitado a um catálogo de mais de 300 games – parte deles serão disponibilizados para download, separadamente, e outra parte é para ser jogada online. Há títulos de diversos grandes estúdios e conversas estão em andamento com Gameloft e Disney. Por fim, os assinantes têm direito também a alguns benefícios, começando com códigos promocionais para itens do jogo Heroes of the Storm, da Blizzard.

O app do Games4U pode ser baixado por usuários de quaisquer operadoras, mas somente aqueles da Vivo podem assinar a versão premium, pelo preço de R$ 12,90 ao mês ou R$ 4,99 por semana.

Toda a produção do Games4U está sob a responsabilidade do Terra. Esta é a primeira parceria entre Vivo e Terra desde o anúncio da incorporação do portal de Internet pela operadora, em julho deste ano.

Patrocínio e websérie

Ao mesmo tempo, a Vivo anunciou o patrocínio da equipe de e-Sports Vivo Keyd, abrangendo quatro equipes: uma masculina de League of Legends, uma masculina e outra feminina de Counter Strike, e uma de Clash Royale, que é um jogo móvel. Fora do Brasil, o grupo Telefônica também patrocina equipes de e-sports na Espanha e no Chile.

Para completar, a Vivo bancou a produção da segunda temporada da websérie documental Game Changers, que conta a história de alguns dos mais famosos jogadores de e-sports do Brasil, como Wendell Lira, Eric ‘Atchiin’ Wu, Brolynho e Roxy Rose.

Os anúncios foram feitos durante a Brasil Game Show, feira aberta nesta quarta-feira, em São Paulo.

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Internet: Zero rating fere neutralidade de rede na América Latina, diz Intervozes

Relatório divulgado nesta segunda-feira, 25, e produzido pelo coletivo de comunicação Intervozes, em parceria com a chilena Derechos Digitales e apoiada pela Access Now, aponta para a difusão dos planos de zero-rating na América Latina e o impacto da prática na neutralidade de rede. Segundo o levantamento “Neutralidade de rede na América Latina: regulamentação, aplicação da lei e perspectivas – os casos do Chile, Colômbia, Brasil e México”, a ocorrência do modelo de negócios sem cobrança de tarifa nos dados de determinados provedores de conteúdo e aplicação são “práticas corriqueiras” e “violações” sistemáticas da neutralidade. A publicação pode ser baixada clicando aqui.

O estudo avalia que órgãos reguladores e fiscalizadores do Chile e da Colômbia autorizaram explicitamente o zero-rating, embora textualmente determinem que os pacotes não seja discriminados. No Brasil, cita o Marco Civil e seu decreto regulamentador, mas que ainda assim a prática continua existindo, classificada como “promoções”. E no México, não há regulamentação que aborde o tema. “Na maioria dos casos, os instrumentos normativos são contraditórios e confusos: estabelecem formalmente a garantia da neutralidade de rede, mas na prática adotam exceções que jogam por terra o princípio, além de não estabelecerem claramente como se dará a fiscalização, quais são os procedimentos de denúncias e quais são as punições previstas”, diz o Intervozes em comunicado.

No caso específico do Brasil, o relatório cita que não há relatos públicos recentes ou denúncias de traffic shaping, concentrando então na questão do zero-rating. Cita ainda que há mais de 50 projetos de lei em tramitação e que propõem alteração no Marco Civil, “alguns deles afetando a liberdade de expressão na rede, propondo violação da privacidade online, dando maiores poderes ao aparato policial do Estado e também ampliando o mecanismo do bloqueio de aplicativos, com potencial risco à banalização das exceções e à quebra do princípio de neutralidade”.

O relatório considera “frágeis e pouco eficientes” a regulação brasileira de comunicações e as políticas públicas para o setor no País, ressaltando que ainda não há mecanismos robustos de monitoramento para garantir o cumprimento da lei. O levantamento entende que há “permissividade” em relação às práticas do mercado. “Os autores também atentam para as datas de adoção das políticas de zero rating pelas empresas e demonstram que a maioria desses planos é posterior à vigência da lei do Marco Civil da Internet”, apontam. Consideram ainda que a prática quebra a neutralidade e promove resultado anticoncorrencial. Mas também entende que o bloqueio de serviços como WhatsApp por ordem judicial, que obriga as teles a negar o acesso ao serviço, constitui também uma quebra da neutralidade.

O relatório recomenda como medidas:

– Incentivar a criação de tecnologia de aferição do cumprimento da neutralidade de rede nas camadas lógica e de infraestruturas;
– Incentivar a criação de peças de referência para a criação de jurisprudência, baseando-se tanto no Marco Civil da Internet brasileiro como nas leis de proteção ao direito do consumidor;
– Pressionar para aumentar o poder dos órgãos reguladores de impor sanções aos operadores de rede e provedores de Internet no caso de neutralidade de rede, bem como incentivar a transparência em relação a procedimentos e sanções pertinentes, especialmente no Brasil, na Colômbia e no México;
– Incentivar a produção de mais pesquisas visando à investigação sobre a influência de algoritmos das redes sobre a neutralidade de rede; e
– Incentivar a produção de conhecimento sobre transparência na gestão de tráfego nas camadas de infraestrutura.

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