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Estratégia: Vivo descarta, por enquanto, voz ilimitada

A Vivo não pretende, ao menos por enquanto, seguir a concorrência e lançar planos de voz ilimitada, informou seu CEO, Eduardo Navarro, durante coletiva nesta terça-feira, 3, na Futurecom. “Não estamos no mundo da voz, mas no mundo dos dados. Preferimos direcionar a nossa estratégia comercial para esse lado. Quem tem dados tem tudo. Pode até falar por voz no WhatsApp”, comentou o executivo. Que adicionou: “Não tenho nada contra as OTTs, inclusive sou um grande usuário desses serviços, que geram enorme tráfego para a nossa rede”.

Em seguida, reforçou que, embora a Vivo seja a única que não oferece voz ilimitada, por outro lado, é a única que permite o compartilhamento de dados entre os seus assinantes. “Vamos ver qual estratégia o cliente vai valorizar mais a médio prazo. A nossa percepção é de que o cliente prefere dados”, disse. Mas ponderou: “De todo modo, não somos donos da verdade. Se percebermos que estamos perdendo clientes, não vamos ficar parados.”

Navarro disse que adoraria poder desligar a rede 2G, para aproveitar melhor a frequência com tecnologias mais eficientes, como a 4G, mas não é possível por conta da grande base ainda existente de celulares de segunda geração. Ele ressaltou que hoje 95% das vendas de aparelhos da Vivo são de modelos 4G, mas há um mercado paralelo representativo com aparelhos de segunda mão antigos.

Sobre o movimento de desligamento de chips que o Brasil está vivenciando há dois anos, o presidente da Vivo o enxerga como positivo. “Não era razoável o Brasil com 206 milhões de pessoas ter 280 milhões de linhas celulares ativas”, comentou.

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4G: TIM lança VoLTE em São Paulo e Rio de Janeiro

Já lançada em capitais do Norte, Nordeste e Centro-Oeste (incluindo Brasília e totalizando 20 cidades), a tecnologia VoLTE da TIM está chegando também a São Paulo e Rio de Janeiro. A operadora começou a ativar já nesta semana o serviço de forma comercial, após alguns meses em testes. As duas capitais são as únicas onde o recurso de voz em alta definição pela rede 4G está sendo oferecido sem a faixa de 700 MHz, que só deve ser liberada nessas localidades depois do primeiro semestre de 2018.

O lançamento faz parte da estratégia da TIM com foco na tecnologia LTE e LTE-Advanced. A meta da empresa é de chegar ao final do ano com mais de 1 mil cidades com o VoLTE ativado.

Conforme explica o CTO da operadora, Leonardo Capdeville, o VoLTE precisa de uma cobertura contínua para a garantia de qualidade do serviço, sem interrupções. “Lançamos no Rio e em São Paulo sem o 700 MHz porque fizemos projeto que chamamos de full layer, no qual todos os sites da TIM a gente lançou o 1.800 MHz”, declarou. O executivo avalia que a concorrência terá dificuldade, pelo menos por enquanto, de oferecer a mesma tecnologia nas capitais fluminense e paulista por conta do refarming em estágio avançado que a empresa promove desde 2016.

Vale notar que a entrevista foi realizada por telefone em São Paulo utilizando a própria tecnologia da tele, inclusive em movimento em um carro. Além do funcionamento sem falhas e da qualidade de áudio superior, o início da ligação ocorreu também mais rápido. Capdeville diz que a chamada é iniciada de forma quatro vezes mais rápida do que na rede 3G ou 2G Ressalta ainda que há economia de bateria do dispositivo.

O lançamento no Rio e em São Paulo começa primeiramente com usuários de planos pós-pagos, devendo ser liberado para toda a base pós até o final do mês. Em outubro, a TIM deverá começar a oferecer o recurso também para a base pré-paga. “A ideia é fazer passo a passo”, explica. O VoLTE não terá custo adicional e, vale lembrar, não consome a franquia, apesar de também utilizar a rede de dados.

Como oferece uma experiência melhor nas chamadas, a operadora acredita que haverá crescimento nos minutos de uso (MOU). “O que está acontecendo é que a maioria das ofertas da TIM já tem voz ilimitada, on-net e off-net, e a diferenciação está mais no pacote de dados”, avalia. Por conta disso, o diretor de tecnologia espera que, no futuro, o índice de chamadas em VoLTE na operadora seja como é atualmente na T-Mobile nos Estados Unidos, onde mais de 90% das ligações são realizadas com a tecnologia.

Handsets

Leonardo Capdeville garante que a novidade não ficará restrita aos donos de aparelhos high-end mais recentes (e caros). Ele diz que quase 40% da base antiga compatível com 4G também suporta VoLTE. “A funcionalidade vai vir embarcada praticamente em todos os terminais 4G”, afirma. Um dos aparelhos é o iPhone. O diretor diz que a TIM foi a única operadora brasileira a ter o recurso liberado também de acordo com as exigências da Apple. “Para a gente, é como um selo de qualidade da rede da TIM”, declara.

Faixa

Após ligar o LTE em 700 MHz em Brasília, a companhia pulou de 60% de penetração indoor para 99%. A ideia é repetir esse aumento para a cobertura quase total indoor também em São Paulo e no Rio de Janeiro, assim que o espectro estiver liberado. Por enquanto, apenas com a adição da faixa de 1.800 MHz, Capdeville estima que a penetração esteja em torno de 75%, com espaço para melhorias. “Ainda temos coisas a melhorar no metrô. Já fizemos algumas ações, mas não está no nível que gostaríamos”, declara. Ele diz que o tráfego dobrou desde que passou a oferecer a banda de 700 MHz justamente porque mais clientes puderam usar a tecnologia.

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