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Mensageria: WhatsApp é aberto para contas corporativas

O WhatsApp está finalmente sendo aberto de maneira oficial para contas corporativas. Um teste piloto foi iniciado em alguns mercados, incluindo o Brasil, com algumas marcas selecionadas, dentre as quais o Itaú e a KLM.

As marcas parti…

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OTTs: Google: UIT não deveria discutir a regulação das over-the-tops

Na contribuição para a consulta pública da União Internacional de Telecomunicações sobre políticas públicas para empresas over-the-top, o Google procura mostrar a importância dos provedores de conteúdo para a economia global, incluindo os esforços para alcançar as metas de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas. Mas deixa claro: “as questões sobre elas (as metas) no fim das contas saem do escopo do mandato da UIT”. A companhia “encoraja” a entidade a “permanecer focada em seu trabalho vitalmente importante relacionado à alocação de espectro de rádio, padrões de redes de telecomunicações e atividades apropriadas de construção de capacidade em vez de procurar discutir pontos que já podem sê-lo por outras organizações”.

A empresa ressalta que os serviços baseados na Internet não são da seara da UIT, argumento que foi ecoado pela Câmara de Comércio Internacional no comentário da consulta do Plano Estratégico da União de 2020-2023 em julho passado. Recomenda que interessados procurem entidades onde já estão sendo endereçadas as questões, como W3C, ICANN e Internet Engineering Task Force (IETF), além de processos como a Conferência de Comércio da ONU e o Fórum de Governança da Internet.

Ainda assim, o Google expões seus pontos. A gigante da Internet enxerga que as operadoras estão executando a transformação digital para focarem nos dados, com teles de países desenvolvido obtendo 50% da receita por meio dessa fonte (segundo levantamento da Analysys Mason de outubro de 2015). A over-the-top (OTT) chama essa tendência de “círculo virtuoso” com os provedores de acesso – quanto mais alta a demanda pelo conteúdo, maiores as receitas para operadoras, permitindo mais investimento em redes e resultando em mais uso de OTTs. Diz que é possível parcerias para melhorar a infraestrutura com tecnologias como SDN, além de oferecer “novas oportunidades de negócios”, como a possibilidade de faturar SVAs na conta do usuário.

Mais Capex do que operadoras

Mas não deixa de citar um outro lado. Segundo a empresa, enquanto o tráfego de Internet cresceu oito vezes nos últimos 20 anos, o Capex das operadoras permaneceu “relativamente constante em relação às receitas”, tendência prevista para continuar no futuro, de acordo com a GSMA. Não há menção, contudo, à evolução da receita das teles no período.

Para o Google, isso é resultado do efeito da Lei de Moore (sobre crescimento tecnológico), embora alegue não haver relação direta entre crescimento de tráfego e de custos de rede. E que o aumento do tráfego, citando o estudo VNI da Cisco, não será “exponencial” – e, assim, não haverá crescimento exponencial nos custos das operadoras. Lembra ainda que OTTs pagam por trânsito ou investem em sua própria infraestrutura de telecomunicações, incluindo redes de distribuição de conteúdo (CDNs), com investimento global de US$ 100 bilhões em Capex entre os anos 2011 e 2014. E que a relação Capex/Receita era maior do que a de operadoras.

Impactos do aumento da oferta

A empresa cita relatório do Banco Mundial sobre o impacto da penetração da banda larga no PIB per capita (a cada 10% mais banda larga, PIB cresce entre 0,9 e 3,2%). Também ressalta que, segundo estudo da OECD feito em 33 países, dobrar a velocidade da Internet resulta em avanço do PIB em 0,3%. E levantamento da GSMA, Cisco e Deloitte mostra que dobrar os dados móveis resulta em avanço de 0,5% no PIB.

Mas cita também as novas oportunidades com aplicativos e conteúdos e o impacto na macroeconomia, inclusive utilizando como exemplo estudo da PPI que a “Economia de Apps” criou no Brasil 312 mil vagas. E destaca que, segundo Progressive Policy Institute, o mercado brasileiro de TI deverá crescer 5,6% em 2017, contra uma economia geral estabilizada com 0,2% de diferença.

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Seguros: SulAmérica recebe por mês via app cerca de 150 mil recibos para reembolso de saúde

A SulAmérica é uma seguradora tradicional, com mais de 100 anos de existência, mas que segue acompanhando de perto as novidades tecnológicas e procurando aproveitá-las em seu ramo de negócios. Serve de exemplo de sucesso uma ferramenta incluída no começo deste ano em seu aplicativo para segurados de saúde e cujo desenvolvimento foi feito pelo seu time de inovação em parceria com a CI&T: o envio digital de recibos para reembolso. Em vez de mandar os recibos pelos correios, o segurado tira uma foto com seu smartphone e dispara o pedido pelo app. A SulAmérica, por sua vez, faz uma análise da imagem com uma solução de inteligência artificial que verifica se é um recibo de verdade, checando dados como CRM, data, CPF ou CNPJ etc. Isso conferiu maior agilidade ao processo e ao pagamento do reembolso, que antes levava oito dias e agora apenas um. Cerca de 150 mil recibos são enviados mensalmente pelo app para a SulAmérica e a funcionalidade ainda nem foi liberada para todos os segurados, o que deve acontecer até o final do ano.

“A gente recebia pelo correio um monte de recibos todo mês. Agora, com o reembolso digital, praticamente acabamos com o envio de papel. Isso gera uma redução interessante de custo, pois precisávamos digitalizar tudo e ainda guardar os papéis”, relata Cristiano Barbieri, diretor de tecnologia da SulAmérica.

A empresa conta hoje com 3 milhões de segurados em saúde, o que representa cerca de 800 mil famílias. O app de saúde acumula 1,5 milhão de downloads e tem aproximadamente 400 mil usuários ativos por mês (MAUs, na sigla em inglês). Através do app, além do reembolso digital, o segurado consegue pesquisar a rede hospitalar, buscar médicos credenciados por proximidade e especialidade, ter acesso a uma versão digital da sua carteirinha, acompanhar os pedidos de reembolso e solicitar autorização de procedimentos.

“Estamos levando os principais motivos de contato para dentro do app. Quero que o cliente seja atendido onde preferir. O mobile é o principal canal para a gente entregar inovação digital na mão do cliente, mas não é a única forma de se comunicar. Temos multicanalidade”, comenta o executivo.

Transformação digital

Sobre o processo de transformação digital no mercado de seguros, Barbieri analisa: “O mercado de seguros mundialmente é mais conservador. Está começando a tracionar inovação digital agora. Neste sentido, é um mercado mais atrasado que o bancário, por exemplo. Na SulAmérica temos uma garagem de inovação. Outras têm aceleradoras. Não existirão seguros no futuro sem transformação digital. Não existirão seguros sem mobilidade. Vai ser obrigatório”.

A respeito do surgimento de insurtechs no Brasil, o executivo não descarta a possibilidade de algumas serem adquiridas por grandes seguradoras no futuro. Mas qualquer movimento nesse sentido será precedido de uma rigorosa avaliação estratégica e econômica. “Digamos que eu precise dominar certa tecnologia e uma insurtech está dois anos na frente: por que vou desenvolver do zero? Posso fazer uma aquisição ou parceria. Não vejo a porta fechada para isso. Mas antes é preciso um bom mapeamento do mercado, estar próximo da start-up, medir sua maturidade etc. É uma avaliação caso a caso”, explica.

Fórum Mobile+

Barbieri participará na semana que vem de um painel sobre o impacto da mobilidade no setor de seguros, dentro do 10º Fórum Mobile+. Participarão do mesmo painel: Ana Badaró, diretora de personal lines da BR Insurance; Diego dos Santos, consultor de experiência digital da Liberty seguros; e Loren Monteiro, head de produtos da Youse.

O Fórum Mobile+ acontecerá nos dias 4 e 5 de setembro, no hotel Pullman, na Vila Olímpia, em São Paulo. O evento é organizado por Mobile Time e TI Inside. Para conhecer a programação completa, acesse o site www.forummobile.com.br. Para comprar ingressos, ligue para 11-3138-4619, ou escreva para [email protected].

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Pagamentos móveis: Brasil se caracteriza pelo ambiente supercompetitivo em m-payment, diz PayPal

O Brasil tem uma característica que o difere da maioria dos outros países quando o assunto é pagamento digital: a existência de um mercado supercompetitivo com players locais. A avaliação é de Paula Paschoal, diretora geral da PayPal no Brasil. A executiva não acha isso ruim, pelo contrário. “O Brasil é um mercado maduro o suficiente para absorver vários players, tanto os que já existem quanto os que estão chegando, como fintechs que desenvolvem seus próprios meios de pagamento. É um mercado superpromissor e o incremento da competição é inevitável”, comenta. “De verdade, considero a competição positiva, pois nos desafia a sermos mais rápidos e mais eficientes”, acrescenta.

O PayPal está integrado atualmente a diversos apps que atuam no mercado brasileiro, como 99, Uber, Cabify, Shell Box (para pagamento de combustível), Claro Pay (para recarga de celular) e Shopping Iguatemi (para pagamento de estacionamento). Com cada parceiro é desenvolvida uma solução diferente, que se adequa às suas necessidades. Nos apps de corridas de automóvel, o usuário só precisa informar uma vez o seu login e senha do PayPal para usar o meio de pagamento. No Shell Box, é preciso informar um código de identificação da bomba de gasolina. No app do Shopping Iguatemi, é necessário escanear um QR code no cartão do estacionamento. “O que a gente adapta é o modelo de interação com cada um dos clientes. O front end leva a característica de cada vertical. Mas o produto por trás disso é o mesmo, a conta Paypal é a mesma. A integração técnica é feita com troca de chamadas de API”, relata Paschoal.

A executiva prevê que ainda há muitas oportunidades de pagamento digital a serem exploradas no Brasil em segmentos diversos e cita, por exemplo, o de salões de beleza. “Enxergamos o celular se tornando o controle remoto da vida do usuário. Você não vai mais precisar de dinheiro nem de carteira”, comenta.

Fórum Mobile+

Paula Paschoal participará do painel “O futuro do dinheiro”, durante o 10º Fórum Mobile+, seminário que acontecerá nos dias 4 e 5 de setembro, em São Paulo, no hotel Pullman. Participarão do mesmo painel: Guilherme Esquivel, diretor de pagamentos digitais e inovação da Mastercard; Marcelo Sarralha, diretor sênior de produtos no Brasil da Visa; Renato Citrini, gerente sênior de produtos da área de dispositivos móveis no Brasil da Samsung; e Rogério Magno Panca, diretor de meios de pagamento do Banco do Brasil.

O evento é organizado por Mobile Time e TI Inside. Para conhecer a programação completa, acesse o site www.forummobile.com.br. Para comprar ingressos, ligue para 11-3138-4619, ou escreva para [email protected].

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Conteúdo móvel: Provedores reagem para melhorar a qualidade na oferta de SVAs

Não são apenas as operadoras móveis que estão tomando medidas para diminuir a quantidade de reclamações relativas a serviços de valor adicionado (SVAs). Seus parceiros de conteúdo também estão se movimentando, com uma série de ações individuais, desde a contratação de auditorias externas até mudanças na estratégia de negócios, passando pelo investimento em atendimento especializado ao consumidor e cuidado especial em canais de publicidade com maior índice de fraudes. MOBILE TIME conversou com representantes de importantes players desse setor, que contaram o que cada um tem feito nesse sentido.

O primeiro passo para se enfrentar qualquer problema é reconhecer a sua existência. Todas as empresas entrevistadas concordam que o segmento de SVA passou nos últimos 12 meses por uma fase turbulenta, com um crescimento no volume de reclamações, o que provocou pressão de vários lados por uma intervenção da Anatel e dos poderes judiciário e legislativo. As causas apontadas para o aumento de reclamações são variadas. A principal delas está no processo de captação dos assinantes. Os maiores canais de divulgação dos SVAs, a saber, o envio de mensagens de texto e de smart messages (SAT push), ambos controlados pelas operadoras, têm um espaço limitado para a comunicação da oferta, o que dificulta o detalhamento do serviço e estimula a compra por impulso. Quanto menos informado estiver o consumidor no momento da contratação, maior o risco de se frustrar depois e isso gerar uma queixa. Há também compras acidentais, especialmente no SAT push, no qual às vezes basta apertar um botão na tela de pop-up para contratar o serviço, o que pode acontecer sem querer. Além disso, têm sido encontradas fraudes quando do uso de publicidade online em redes de afiliados, que são remuneradas por CPA (custo por aquisição). Fora isso, há quem culpe o próprio crescimento do mercado de smartphones e de conteúdo móvel no Brasil nos últimos anos, o que geraria, naturalmente, um aumento também de reclamações. E, por fim, há acusações de fraudes que teriam sido cometidas por provedores de conteúdo, embora nomes não sejam mencionados publicamente.

A Upstreams é uma das mais engajadas no combate a fraudes no chamado web marketing, ou seja, na publicidade online. “Conforme canais como o SMS perderam eficácia e relevância, um novo canal apareceu junto com o aumento da penetração de smartphones: o web marketing. Começamos a utilizá-lo há cerca de um ano. Dá visibilidade enorme, mas precisa de atenção redobrada das operadoras e dos provedores, senão corremos o risco de matá-lo (em decorrência das fraudes)”, diz Diego Benavides, diretor regional para a América Latina da Upstreams. A empresa contratou a Empello para monitorar suas campanhas de web marketing e adotou uma série de medidas para identificar fraudes em sites. “Conseguimos eliminar alguns parceiros fraudulentos e outros problemas que tivemos no passado. Mas as soluções não são perfeitas, porque a fraude na web se renova constantemente”, comenta. Diante da dificuldade, a Upstreams tomou a difícil decisão de suspender temporariamente a utilização desse canal no mundo inteiro, enquanto aperfeiçoa seus mecanismos de combate às fraudes nele. Enquanto isso, voltou a concentrar suas ações de mídia nos canais controlados pelas operadoras, chamados de “on deck”.

A Gold360, por sua vez, tem na sua equipe uma pessoa dedicada exclusivamente a acompanhar as campanhas online. Se algum site ou rede de afiliados apresenta uma performance que sai muito da curva, os números são verificados com cuidado, pois pode ser uma fraude. Em geral, contudo, a Gold360 prefere trabalhar com os canais das operadoras, seguindo à risca as regras definidas por cada tele. “Estamos juntos no mesmo front de batalha das operadoras. Queremos que as práticas delas deem certo. Usar os canais on deck é uma forma de reforçar o controle das operadoras”, comenta Rafael Lunes, sócio-diretor da Gold360. Além disso, a empresa faz questão de estar dentro das plataformas de distribuição de serviços (SDPs, na sigla em inglês) das teles, justamente para garantir o cumprimento de todas as boas práticas definidas pelas operadoras.

Uma atenção especial aos consumidores também é importante. Neste sentido, a FS conta com uma diretoria de qualidade, para zelar por seus produtos, e mantém 120 posições de atendimento (PAs) para atuar 24×7 em conjunto com os call centers de duas operadoras parceiras. São profissionais especializados em seus SVAs. Mais do que responder a queixas, esses atendentes tiram dúvidas, que correspondem a aproximadamente 70% dos chamados, afirma o presidente da FS, Alberto Leite. Além disso, todos os seus novos aplicativos de SVAs estão sendo lançados com chatbots de atendimento embarcados, para reduzir o volume de chamadas ao call center. Por fim, a FS conta com o apoio de uma certificadora externa, que garante a integridade de todo o fluxo de processos em seus SVAs.

Mudanças de estratégia

Há também iniciativas de mudanças no modelo de negócios que podem impactar na queda de reclamações. A Upstreams, por exemplo, está adotando a oferta de sete dias de assinatura grátis de SVAs. Antes de começar efetivamente a cobrar, ela faz uma verificação daquele assinante conquistado para ter certeza de que sua ativação aconteceu corretamente.

Nesse ponto, a Gold360 propõe uma guinada estratégica mais significativa. A empresa quer adotar nos SVAs o modelo de negócios freemium, já bastante conhecido em aplicativos Android e iOS. Ele consiste na oferta de uma versão básica de cada serviço, com ferramentas limitadas. Se o usuário quiser ter acesso à versão completa (premium), aí precisa pagar. Assim, a adesão do assinante acontece de forma mais consciente, reduzindo o risco de cancelamento posterior e alongando seu ciclo de vida.

Medidas tomadas pelas teles

Todos os provedores de conteúdo entrevistados concordam com a importância de as teles monitorarem o ciclo de vida de seus assinantes com auditorias externas. Também acham relevante o controle dos processos por SDPs, mas algumas fontes ressalvam que é comum haver problemas técnicos no início da implementação de tais plataformas, o que pode ocasionar queda de receita em um primeiro momento.

Algumas fontes, por outro lado, cobram mais rigor das operadoras às punições de parceiros que descumpram as melhores práticas acordadas pelo código de conduta do MEF. Eduardo Sartori, diretor regional da ZED para a América Latina, sugere a adoção de punições escalonadas, que aumentem conforme a reincidência do infrator. Em última instância, defende que o provedor seja desconectado, tendo seu contrato rescindido. “As operadoras não deveriam ter medo de cortar alguém que deliberadamente infringe as regras”, defende Sartori. Lunes, da Gold360, faz coro: “se identificado o dolo, acho que deveria ter desconexão do parceiro. Existe ainda muita permissividade. As operadora poderiam ser mais duras”.

Por sua vez, Leite, da FS, sugere que as teles beneficiem os players que implementem as melhores medidas de garantia de qualidade, ou que registrem mais longos ciclos de vida de assinantes. O prêmio poderia ser mais espaço na mídia on deck ou um percentual maior na divisão da receita de acordo com a longevidade média do assinante.

Autorregulação

As fontes concordam com a importância do movimento de autorregulação liderado pelo MEF. Mas ressaltam que é preciso seguir com afinco o que está escrito no código de conduta, cuja versão 3.0 foi apresentada na semana passada. Benavides, da Upstreams, lembra que para que isso aconteça é fundamental o engajamento das operadoras.

Sobre o risco de regulação do setor pela Anatel, Leite, da FS, argumenta que isso não garantiria por si só a qualidade do serviço. “Serviço regulado não quer dizer que o serviço é de qualidade. Se fosse assim, setores altamente regulados, como o bancário e o de planos de saúdes, não teriam tantas reclamações”, compara. E lembra que existe hoje em telecomunicações uma assimetria regulatória: as teles são reguladas pela Anatel, mas as empresas over the top, que se beneficiam de suas redes, não.

Futuro

O que será do mercado de SVAs no Brasil daqui a um ano? As medidas tomadas por teles e seus parceiros serão suficientes para transformar positivamente o setor? “Já passamos outras vezes por um aperto ou cerco sobre os SVAs. Não podemos achar que desta vez é uma onda que vai passar e que ninguém vai mais olhar. O mundo está cada vez mais engajado e preocupado com questões de cidadania e defesa do consumidor. Temos que adequar a nossa indústria. Talvez ela diminua de tamanho”, comenta Lunes, da Gold360.

“Os SVAs e os apps no Brasil têm um papel importantíssimo de inclusão social. Se nos EUA e na Europa, o PC e o laptop desempenharam um papel relevante na inclusão digital, no Brasil isso acontece através dos smartphones. Os SVAs levam conhecimento, ajudam as pessoas a buscar emprego, a agendar consulta médica, a se entreter, a se informar, a aprender inglês, a se apaixonar. Não podemos perder de vista o papel social dos SVAs e dos apps. Tenho muito orgulho de trabalhar nesse setor, porque levamos uma proposta de valor muito grande”, conclui Leite, da FS.

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Governo: Carteira de habilitação in-app será lançada em Goiás

Goiás será o primeiro estado com a Carteira Nacional de Habilitação Eletrônica (CNH-e) dentro de um aplicativo no smartphone. Em entrevista a Mobile Time, Iran Porto Júnior, diretor-presidente em exercício do Serpro, informa que o departamento de trânsito estadual está participando do projeto piloto da CNH-e. A partir de 30 de setembro o aplicativo será disponibilizado para o cidadão goiano.

“Eles (atendentes do Detran-GO) já estão fazendo a coleta de dados para fazer a CNH-e. Tão logo o Denatran autorizar, os condutores poderão tirar a carteira na modalidade nova”, revela o executivo do órgão responsável pela implementação da solução.

Porto Júnior ressalta que toda a parte da tecnologia é desenvolvida pelo Serpro e não haverá necessidade de contratar terceiros para a criação do sistema. Do lado dos Detrans, será necessária uma leve alteração para o complemento de dados e informações no processo de elaboração do documento eletrônico, mas não haverá repasse do custo ao consumidor.

“Não deve have um investimento financeiro grande por parte dos Detrans – isso depende de cada um deles. A tecnologia da maioria já supre a demanda hoje, tanto que a adoção para o piloto em Goiás foi rápida”, avalia o diretor-presidente em exercício.

Expectativa

Com base na quantidade de carteiras emitidas em 2016, o executivo da Serpro espera por até 17 milhões de emissões da CNH-e. Lembrando que o Denatran estipulou a entrada da solução digital do documento a partir de 1º de fevereiro de 2018. Questionado se outros serviços serão adicionados ao app, Porto Júnior afirma que tem um cronograma de implementações, incluindo pagamento de boletos e transferência de pontos de forma automática, mas isso depende de futuras homologações por parte do Denatran.

Segurança

A tecnologia da CNH-e terá criptografia e tokenização para garantir a segurança do usuário. Em caso de roubo de handset, Francisco Garonce, coordenador-geral de educação para o Transito do Denatran, explica  que o usuário deve abrir um boletim de ocorrência (B.O) e ir ao departamento para pedir uma nova carteira e reiniciar o processo. Quem tem assinatura digital não precisa ir ao Detran, fazendo as alterações pelo app.

“A CNH é hoje o documento com maior aceitação no País, pois ela é nacional e padronizada. Este é o documento mais aceito e tem mais confiabilidade no País. Ela traz uma possibilidade de ter o documento digital no bolso”, completa Garonce.

Como funcionará

O condutor terá três opções nos Detrans: carteira em papel moeda, carteira digital e carteira digital e em papel moeda. Optando pela opção digital, seus dados pessoais serão coletados pelo atendente do Detran e, após o cadastro, o cidadão receberá em seu e-mail um link para informar qual aparelho terá o app com a CNH-e. Em seguida, criará login e senha e baixará o app no seu celular. Nele, o motorista poderá baixar a carteira em PDF. O usuário que possui certificado digital poderá se cadastrar pelo site do Denatran. E, se o condutor tiver cadastro no Sistema de Notificação Eletrônica (Android, iOS), app que envia dados sobre multas, poderá usá-lo para se cadastrar na CNH-e.

Para o agente de trânsito, a tecnologia permitirá ver o status do motorista, através de um app conectado ao sistema do Serpro. Ao parar um condutor em uma blitz, por exemplo, o guarda poderá ver o histórico da pessoa, como multas de trânsito ou histórico de pontos na carteira. Para acessar esse histórico, ele fará a leitura por QR Code, tecnologia adotada pelos órgãos nacionais desde o começo do ano.

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Comércio móvel: Modelo do WeChat não terá o mesmo sucesso no Ocidente, prevê vice-presidente da Adyen

O comércio dentro de uma plataforma de mensagens, modelo que obteve sucesso com o WeChat na China, não deve repetir o mesmo êxito no Ocidente. Isso porque um dos fatores para os bons resultados desse modelo do outro lado do mundo é que o WeChat é uma plataforma dominante, que construiu um padrão de confiança junto ao consumidor local e não enfrenta fortes concorrentes. Esta é a avaliação de Jean Christian Mies, vice-presidente sênior e responsável pela operação da Adyen na América Latina. “O mercado chinês é diferente. Ele é mais fechado. É um cenário com rivais escassos e forte apoio do governo à Tencent e sua aplicação, o WeChat”, afirma Mies. “Em outros mercados, com diversidade de plataformas, não vejo isso acontecer”. Para o executivo, o caminho para as empresas de varejo online no Ocidente continua sendo o comércio móvel tradicional, dentro de aplicativos diversos em smartphones.

Cenário do m-commerce brasileiro

Mies ressalta que as pessoas estão migrando para o mobile, e um dos exemplos está nos números de crescimento de vendas de smartphones no Brasil – aumento de 23% no primeiro trimestre de 2017, segundo a Gfk.

“Dentro de nossos serviços de gateway, um dos exemplos de desenvolvimento na mobilidade é o da 99. O aplicativo aumentou em 5% a taxa de conversão no mobile com a nossa adquirência nos primeiros meses”, cita o country manager. “E temos a Netshoes com 50% do tráfego mobile e 30% de compras via dispositivos móveis. O Brasil tem tudo para se tornar um mercado de pagamentos móveis. São 40 milhões de novos smartphones por ano no País (dados da IDC), somados à vontade do consumidor e a um excelente ecosssistema de pagamentos”, completa.

Adyen no Brasil

Enquanto isso, Adyen cresce no País. De acordo com Mies, a companhia holandesa dobrou de tamanho em 2016 e espera a mesma taxa de crescimento em 2017. Um dos motivos para o sucesso é a constante busca por novos clientes de grande porte nacionais e internacionais que queiram vir ao Brasil, além de possuir 15% de suas transações realizadas por meio de dispositivos móveis.

Um dos principais expoentes para este crescimento é a parceria de adquirência entre a Adyen e a Saraiva, que começou em 2017. Além disso, o gateway holandês está presente na Dafiti, iFood, Magazine Luiza, Uber e Netflix – este último se destaca pelo seu modelo de economia de recorrência.

Novas tecnologias

O vice-presidente de vendas da Adyen na América Latina, Renato Pavelosk Migliacci, frisa que estão abertos para qualquer tipo de tendência que apareça no horizonte, seja por web ou aplicativos nativos. O novo kit de desenvolvedor (SDK) da Adyen suporta aplicativos e sites móveis e oferece integração rápida (em cinco minutos) com apps, customização da plataforma, suporte aos metódos de pagamentos mais recentes, tokenização integrada, acesso às ferramentas de gerenciamento da Adyen e integração entre adquirência (parcelamento, concicliação e antecipação), gerenciamento de riscos e relatórios.

Outra novidade da empresa para o mercado é o lançamento de sua máquina de cartão (POS). Na prática, a Adyen fez o caminho inverso dos concorrentes. Em vez de começar no varejo físico e migrar para o digital, está vindo do digital para o real.

Pagamento digitais e economia da recorrência

Mies cita outras duas tendências dos meios de pagamentos: a economia de recorrência e o pagamento sem uso de moeda física, apenas por meio digital. Ele acredita que, no longo prazo, os meios de pagamentos digitais vão crescer, puxados pelas vendas de smartphones e pela popularização do m-commerce.

Já para a economia recorrente, modelo de negócio que mantém uma frequência de gastos do consumidor com a marca, o VP sênior vê como uma grande oportunidade, em especial para empresas de varejo online. Migliacci exemplifica com empresas como Wine.com.br e PetLove, que entregam produtos como bebidas ou rações para animais domésticos de forma programada para seus clientes, mediante pagamento recorrente, mensal ou anual.

“O ponto principal da economia da recorrência é a comodidade para o cliente. Isso abre novas possibilidades de receita e previsibilidade para um e-commerce”, explica o VP de vendas. “Neste caso, o consumidor não pode entender canais como diferentes tipos de negócios. O objetivo é não ter que acionar o consumidor depois do primeiro acesso. Precisa ser rápido, fácil e simples”.

Forum Mobile+

Mies participará do painel “Segurança X Conveniência em transações financeiras móveis”, que acontecerá durante a 10ª edição do Forum Mobile+, nos dias 4 e 5 de setembro, no hotel Pullman da Vila Olímpia, em São Paulo. O seminário é organizado por Mobile Time e TI Inside. Haverá também paineís sobre o futuro do dinheiro; a transformação da máquina de POS; o mobile como aliado do varejo físico; e o impacto da mobilidade no setor de seguros. Para conhecer a programação completa, acesse www.forummobile.com.br. Ingressos antecipados podem ser adquiridos com desconto através do mesmo site, ou pelo telefone 11-3138-4619 ou pelo email [email protected]

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Política pública: MCTIC abre consulta pública visando atualizar governança da internet brasileira

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações abriu, nesta terça-feira, 8, consulta pública com o objetivo de debater a atualização da estrutura de governança da Internet no Brasil. A ideia é recolher apoio às propostas de modernização do Comitê Gestor da Internet, com perguntas sobre as competências do órgão multissetorial, da sua composição, do processo de escolha de representantes e do uso de mecanismos de transparência e de participação das ações do CGI.br. É a primeira vez que esse tipo de consulta é realizada para a questão da governança da Internet. O último decreto estabelecendo a estrutura d CGI foi publicado em 2003. A iniciativa vem no contexto da consulta sobre a Estratégia Digital Brasileira, publicada na semana passada.

O MCTIC quer justamente saber a opinião da sociedade sobre o papel do CGI na Estratégia Digital Brasileira e no processo de transformação digital da sociedade, do setor produtivo e do Estado. Mas também quer o aval para transformar o Comitê como instância consultiva na definição de políticas públicas relacionadas ao desenvolvimento da Internet e das tecnologias digitais.

A consulta questiona a melhor maneira de intensificar a coordenação entre as competências estratégicas e as atividades operacionais vinculadas ao exercício de governança da internet brasileira. Pergunta ainda sobre a atualização dos estatutos e regimentos internos de modo a reforçar o caráter multissetorial da governança da internet brasileira.

Todas essas questões devem embasar a atualização do Decreto 4.829/2003, que regulamenta o CGI.br. Na nova norma deve vir também a explicitação das competências para orientar estrategicamente e supervisionar as atividades operacionais resultantes do exercício da governança da internet e o fortalecimento das atuais competências para estabelecer prioridades, diretrizes e critérios para a gestão das receitas auferidas com o exercício das atividades operacionais vinculadas à sua função principal.

O argumento para propor as mudanças é de que, passadas mais de duas décadas da criação do CGI.br, em 1995, e quatorze anos desde a edição do Decreto nº 4.829/2003, ocorreram diversas transformações no ambiente da Internet. “O próprio avanço da internet no mundo, sua influência como ferramenta concretizadora de direitos fundamentais, a ampliação da digitalização a todos os setores da economia e o considerável e contínuo aumento do número de usuários propiciam questionamentos sobre a necessidade de atualização dessa estrutura”, alega o MCTIC no texto.

Composição

No quesito composição, o MCTIC quer saber a posição da sociedade, por exemplo, sobre a necessidade de incluir novos segmentos ou melhor especificar os segmentos a serem representados, dentre as cinco categorias existentes (governo, empresas, notório saber, terceiro setor e comunidade científica e tecnológica).

Já no quesito transparência, o MCTIC sugere estabelecer medidas para ampliação da participação social e representatividade multissetorial no CGI.br, tais como consultas e audiências públicas, ampla divulgação de relatórios de atividades, participação aberta ao público nas Câmaras de Consultoria. E indica ainda maior transparência das atividades operacionais resultantes da governança da internet, como no registro de nomes de domínio, projetos técnicos e de infraestrutura, medidas e políticas de segurança, realização de estudos, aferição de recursos.

Sobre o processo eleitoral e mandatos, a consulta pública questiona, entre outros pontos, sobre a eventual  fixação de parâmetros que assegurem maior pertinência das entidades cadastradas quanto aos segmentos que pretendem representar nos colégios eleitorais; limitação da participação de uma mesma entidade em mais de um colégio eleitoral e limitação da participação de entidades que representem o mesmo grupo de interesse em múltiplos níveis federativos. Outro ponto em questão é quantas reeleições ou reconduções de conselheiros deveriam ser permitidas, já que atualmente não tem limite.

A consulta pública fica aberta até o dia 8 de setembro, no endereço http://www.participa.br/cpgovernancainternet

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Política pública: Governo altera texto do PPB para celulares

Nova alteração do Processo Produtivo Básico (PPB) de terminais de telefonia móvel foi publicado nesta quinta-feira, 3, com diversos ajustes no texto anterior, que foi modificado também no ano passado. A nova versão continua sem obrigar o uso do Ginga para os celulares com capacidade de receber o sinal da TV aberta e até permite que os smartphones com módulo ou componente semicondutor dedicado de alta integração e desempenho sejam contabilizadod no cumprimento da obrigação de fabricação de celulares com capacidade de recepção de sinais de TV Digital, porém continua incentivando o uso do middleware.

O texto atualizado atende a reivindicações dos fabricantes, mas, segundo uma fonte do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, não chega nem perto do que pediram em relação à flexibilização das exigências, alegando a crise econômica. “Esses pleitos ainda estão em análise, porém é difícil saber se serão atendidos com a retomada, mesmo que tímida, do crescimento”, disse o técnico.

O PPB também não está adequado às exigências da Organização Mundial do Comércio (OMC), que abriu painel a pedido da União Europeia e do Japão contra os incentivos fiscais na área de informática dados pelo Brasil. Segundo a fonte, o relatório da OMC deve chegar ainda este mês, mas já há um entendimento do governo em recorrer da decisão. A principal conclusão do painel é de que o incentivo dado sobre o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) é discriminatório.

Para o técnico do MCTIC, a principal dúvida do governo brasileiro é sobre a possibilidade de dar incentivos à produção local, uma vez que há precedência sobre o uso desta prática com permissão da OMC. Sem esse entendimento, não é possível adequar os PPBs. Ele disse que os ministérios estão estudando outras possibilidades de incentivos, mas ainda não há nada definido.

Quanto à exigência de recepção da TV digital, a fonte disse que o ministério não achou necessário ampliá-la, uma vez que o desligamento do sinal analógico, por si só, incentivará a demanda por esses aparelhos. “As fabricantes não falam, mas acreditamos que a procura já aumentou”, afirmou.

Leia aqui o texto do novo PPB de celulares.

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