Tentativas de fraudes em dispositivos móveis ultrapassam aquelas em PCs em 2020, diz Konduto
No ano passado, as tentativas de golpes em mobile chegaram a 62% do total monitorado pelo empresa de segurança
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Estudo da ClearSale analisa 85% do e-commerce e m-commerce e considera apenas bens físicos vendidos por lojas on-line
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O segmento de games – jogos para PCs, smartphones, videogames e acessórios – para no Brasil é a principal fonte de fraudes contra os consumidores com dispositivos móveis na hora da compra. Em estudo feito pela ClearSale, os jogos eletrônicos aparecem como alvo em 17,1% de tentativas de fraudes, seguidos pelos setores de celulares (12,7%), cine e foto (9,9%), eletrônicos (6,1%) e informática (5,6%).
Em conversa com Mobile Time, Omar Jarouche, gerente de inteligência estatística da ClearSale, explica que os jogos podem estar à frente de outros segmentos – com produtos mais caros, como eletrônicos – devido ao valor e facilidade de repassar um jogo, console ou acessório.
“Nós temos algumas hipóteses. Por exemplo, essa distribuição pode ter a ver com a liquidez do produto”, disse Jarouche. “Geralmente o fraudador quer dinheiro. Dado isso, eles atacam as coisas mais líquidas, mais fáceis de se vender. Um console é mais fácil de vender do que uma geladeira”.
O estudo é o primeiro da empresa de soluções antifraude com dados de mobilidade. Em sua metodologia, a ClearSale analisa informações de 85% das transações do e-commerce e m-commerce brasileiro, com extrapolação de dados, considerando apenas as lojas que vendem bens físicos.
Fraudes regionais
Quando separado por região, a Norte é aquela que tem maior índice de tentativas de fraudes no mobile: 11,6%. Depois vem a Nordeste (7,5%), seguida pela Centro-Oeste (6,33%), Sudeste (5,09%) e Sul (3,05%). Por estado, o Amapá lidera, com quase 20%, e Rio Grande do Sul tem o menor índice (2,5%). A média geral no Brasil é de 5,5%.
Por estado, o Amapá é aquele com mais ensaios criminosos, 19,9%, e Rio Grande do Sul é o menor, com 2,5%. A média geral de fraudes no Brasil é de 5,5%. Jarouche ressalta que a média brasileira de ataques é maior em estados do norte e nordeste por eles terem um volume de vendas menor em relação aos estados do Sul-Sudeste. Por exemplo, o Tocantins aparece com 15,5% de tentativas de fraude, quase três vezes mais do que média de fraude nacional. “Quando o volume de vendas é menor em uma localidade, o índice de fraudes fica mais evidente”, explica o especialista.
Quais são as fraudes?
A fraude por cartão de crédito ainda é a mais comum. Um exemplo é quando uma pessoa entrega o cartão para um funcionário de um estabelecimento comercial e este passa sem a sua autorização, para outra compra. Há também fraude de empréstimo para amigos e parentes e a fraude feita pelo próprio usuário (autofraude).
O excutivo ressalta que embora a empresa atue em outros segmentos como telecom, compra online e marketing multimídia, que sofrem com fraudes diferentes que não envolvem cartão, como roubo de clique, esse tipo de ataque não aparece na pesquisa.
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