Resultados da pesquisa para: Uber

Pagamentos móveis: Brasil se caracteriza pelo ambiente supercompetitivo em m-payment, diz PayPal

O Brasil tem uma característica que o difere da maioria dos outros países quando o assunto é pagamento digital: a existência de um mercado supercompetitivo com players locais. A avaliação é de Paula Paschoal, diretora geral da PayPal no Brasil. A executiva não acha isso ruim, pelo contrário. “O Brasil é um mercado maduro o suficiente para absorver vários players, tanto os que já existem quanto os que estão chegando, como fintechs que desenvolvem seus próprios meios de pagamento. É um mercado superpromissor e o incremento da competição é inevitável”, comenta. “De verdade, considero a competição positiva, pois nos desafia a sermos mais rápidos e mais eficientes”, acrescenta.

O PayPal está integrado atualmente a diversos apps que atuam no mercado brasileiro, como 99, Uber, Cabify, Shell Box (para pagamento de combustível), Claro Pay (para recarga de celular) e Shopping Iguatemi (para pagamento de estacionamento). Com cada parceiro é desenvolvida uma solução diferente, que se adequa às suas necessidades. Nos apps de corridas de automóvel, o usuário só precisa informar uma vez o seu login e senha do PayPal para usar o meio de pagamento. No Shell Box, é preciso informar um código de identificação da bomba de gasolina. No app do Shopping Iguatemi, é necessário escanear um QR code no cartão do estacionamento. “O que a gente adapta é o modelo de interação com cada um dos clientes. O front end leva a característica de cada vertical. Mas o produto por trás disso é o mesmo, a conta Paypal é a mesma. A integração técnica é feita com troca de chamadas de API”, relata Paschoal.

A executiva prevê que ainda há muitas oportunidades de pagamento digital a serem exploradas no Brasil em segmentos diversos e cita, por exemplo, o de salões de beleza. “Enxergamos o celular se tornando o controle remoto da vida do usuário. Você não vai mais precisar de dinheiro nem de carteira”, comenta.

Fórum Mobile+

Paula Paschoal participará do painel “O futuro do dinheiro”, durante o 10º Fórum Mobile+, seminário que acontecerá nos dias 4 e 5 de setembro, em São Paulo, no hotel Pullman. Participarão do mesmo painel: Guilherme Esquivel, diretor de pagamentos digitais e inovação da Mastercard; Marcelo Sarralha, diretor sênior de produtos no Brasil da Visa; Renato Citrini, gerente sênior de produtos da área de dispositivos móveis no Brasil da Samsung; e Rogério Magno Panca, diretor de meios de pagamento do Banco do Brasil.

O evento é organizado por Mobile Time e TI Inside. Para conhecer a programação completa, acesse o site www.forummobile.com.br. Para comprar ingressos, ligue para 11-3138-4619, ou escreva para [email protected].

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Transporte individual: Taxi.Rio tem lançamento previsto para setembro

O Taxi.Rio, app de táxi criado pela prefeitura do Rio de Janeiro, concluiu sua fase de teste piloto e tem seu lançamento comercial programado para a segunda metade de setembro. O cadastramento de taxistas começou na semana passada e em poucos dias já recebeu os dados de mais de 3 mil motoristas, o que representa quase 10% da base total da cidade – o Rio de Janeiro tem 37 mil taxistas, entre proprietários e autorizatários.

A proposta da prefeitura é oferecer ao taxista uma ferramenta tecnológica para captar corridas sem o custo dos apps privados. Inicialmente, o Taxi.Rio não vai cobrar nada pelas corridas geradas. No futuro, talvez cobre um percentual simbólico, para arcar com os custos da operação. Os apps privados cobram taxas a partir de 15% sobre o valor de cada corrida. A prefeitura vai desenvolver inclusive seu próprio gateway de pagamento para ser integrado ao app, de forma que seja possível aceitar cartões de crédito a um custo mais baixo. O pagamento in-app deve ser disponibilizado em uma versão futura do app, com previsão de lançamento perto da virada do ano. Por enquanto o Taxi.Rio não conta com cobrança in-app – o passageiro precisa pagar em dinheiro ou com cartão se o motorista tiver máquina de POS.

O Taxi.Rio trará algumas inovações em comparação com outros apps existentes no mercado. Uma delas é a possibilidade de o taxista escolher o percentual de desconto que deseja oferecer, dentre algumas opções de percentuais. O passageiro, ao solicitar a corrida, também marcará quanto quer de desconto e o sistema fará o casamento entre oferta e demanda, levando em conta a localização do carro.

Outra novidade que virá em versões futuras serão notificações de utilidade pública do interesse do taxista, com base em informações recebidas pelo Centro de Operações Rio (COR) em tempo real. Por exemplo: se um cruzeiro estiver prestes a atracar no porto do Rio com milhares de turistas, taxistas que estiverem nas redondezas receberão o aviso, convocando para oferecerem seu serviço por lá. Simultaneamente, funcionários da prefeitura estarão montando uma fila de táxi provisória no local.

Também está no roadmap a inclusão de um botão de pânico dentro do app. Se acionado pelo motorista, o smartphone começa imediatamente a gravar um vídeo com a sua câmera e enviar em tempo real para as autoridades competentes.
Para utilizar o Taxi.Rio, além de preencherem o cadastro online com seus dados pessoais, os taxistas precisam validá-lo presencialmente em uma visita à Secretaria Municipal de Transportes. É uma maneira de garantir a qualidade e a segurança do serviço que será prestado pelo app, evitando a utilização por taxistas piratas.

“Há uma preocupação do prefeito com o cenário do transporte individual de passageiros. Hoje o Uber é barato, mas se houver um achatamento do serviço de táxi e um dia só houver o Uber, este não será mais tão barato. Por isso criamos uma solução tecnológica para oferecer um serviço superior para o passageiro e garantir melhores condições de trabalho para o taxista”, explica Fábio Pimentel, presidente da IplanRio, empresa municipal de informática responsável pelo desenvolvimento do app. “Vamos resgatar algo que havia se perdido: o táxi é o serviço de transporte individual oficial da cidade. É o serviço que a prefeitura conhece e garante”, acrescenta.

A expectativa da IplanRio é produzir uma atualização do aplicativo a cada dois meses.

Contrapartidas

Em contrapartida, a prefeitura quer estimular que os taxistas contribuam como “zeladores” da cidade. Para tanto, o app do motorista contará com botões para que eles possam reportar rapidamente problemas que encontrarem pelo caminho, como semáforo quebrado, buraco na pista, poste sem luz etc. Os alertas serão georreferenciados pelo GPS do smartphone e enviados para o sistema centralizado de zeladoria do prefeitura, o 1746.

O Taxi.Rio terá também a função de gerar uma massa de dados para a prefeitura conhecer melhor o serviço de táxi no Rio de Janeiro. Será possível analisar a distribuição dos carros por região da cidade, por dia da semana e por horário. Isso vai nortear políticas públicas, incluindo o cálculo de reajuste da tarifa. “Uma vez conectado em tempo real com o taxista, sabemos onde ele está, se está tripulado ou não etc. E essa massa de dados brutos permite usarmos ferramentas de inteligência de negócios e big data para criar indicadores que vão suportar decisões mais precisas, porque teremos uma visão mais clara do serviço. Saberemos onde há mais táxis e onde faltam táxis, por exemplo”, diz Pimentel. Será possível, por exemplo, definir tarifas diferenciadas para estimular a oferta do serviço em regiões pouco assistidas.

Mobile Time conversou informalmente com alguns taxistas. Eles demonstram preocupação de que o uso do Taxi.Rio serviria para que a prefeitura cobre o ISS sobre a receita gerada pelos motoristas, o que hoje não acontece. Porém, ainda que isso passe a acontecer, provavelmente o custo ainda será menor do que a taxa cobrada pelos apps privados de táxi.

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Comércio móvel: Modelo do WeChat não terá o mesmo sucesso no Ocidente, prevê vice-presidente da Adyen

O comércio dentro de uma plataforma de mensagens, modelo que obteve sucesso com o WeChat na China, não deve repetir o mesmo êxito no Ocidente. Isso porque um dos fatores para os bons resultados desse modelo do outro lado do mundo é que o WeChat é uma plataforma dominante, que construiu um padrão de confiança junto ao consumidor local e não enfrenta fortes concorrentes. Esta é a avaliação de Jean Christian Mies, vice-presidente sênior e responsável pela operação da Adyen na América Latina. “O mercado chinês é diferente. Ele é mais fechado. É um cenário com rivais escassos e forte apoio do governo à Tencent e sua aplicação, o WeChat”, afirma Mies. “Em outros mercados, com diversidade de plataformas, não vejo isso acontecer”. Para o executivo, o caminho para as empresas de varejo online no Ocidente continua sendo o comércio móvel tradicional, dentro de aplicativos diversos em smartphones.

Cenário do m-commerce brasileiro

Mies ressalta que as pessoas estão migrando para o mobile, e um dos exemplos está nos números de crescimento de vendas de smartphones no Brasil – aumento de 23% no primeiro trimestre de 2017, segundo a Gfk.

“Dentro de nossos serviços de gateway, um dos exemplos de desenvolvimento na mobilidade é o da 99. O aplicativo aumentou em 5% a taxa de conversão no mobile com a nossa adquirência nos primeiros meses”, cita o country manager. “E temos a Netshoes com 50% do tráfego mobile e 30% de compras via dispositivos móveis. O Brasil tem tudo para se tornar um mercado de pagamentos móveis. São 40 milhões de novos smartphones por ano no País (dados da IDC), somados à vontade do consumidor e a um excelente ecosssistema de pagamentos”, completa.

Adyen no Brasil

Enquanto isso, Adyen cresce no País. De acordo com Mies, a companhia holandesa dobrou de tamanho em 2016 e espera a mesma taxa de crescimento em 2017. Um dos motivos para o sucesso é a constante busca por novos clientes de grande porte nacionais e internacionais que queiram vir ao Brasil, além de possuir 15% de suas transações realizadas por meio de dispositivos móveis.

Um dos principais expoentes para este crescimento é a parceria de adquirência entre a Adyen e a Saraiva, que começou em 2017. Além disso, o gateway holandês está presente na Dafiti, iFood, Magazine Luiza, Uber e Netflix – este último se destaca pelo seu modelo de economia de recorrência.

Novas tecnologias

O vice-presidente de vendas da Adyen na América Latina, Renato Pavelosk Migliacci, frisa que estão abertos para qualquer tipo de tendência que apareça no horizonte, seja por web ou aplicativos nativos. O novo kit de desenvolvedor (SDK) da Adyen suporta aplicativos e sites móveis e oferece integração rápida (em cinco minutos) com apps, customização da plataforma, suporte aos metódos de pagamentos mais recentes, tokenização integrada, acesso às ferramentas de gerenciamento da Adyen e integração entre adquirência (parcelamento, concicliação e antecipação), gerenciamento de riscos e relatórios.

Outra novidade da empresa para o mercado é o lançamento de sua máquina de cartão (POS). Na prática, a Adyen fez o caminho inverso dos concorrentes. Em vez de começar no varejo físico e migrar para o digital, está vindo do digital para o real.

Pagamento digitais e economia da recorrência

Mies cita outras duas tendências dos meios de pagamentos: a economia de recorrência e o pagamento sem uso de moeda física, apenas por meio digital. Ele acredita que, no longo prazo, os meios de pagamentos digitais vão crescer, puxados pelas vendas de smartphones e pela popularização do m-commerce.

Já para a economia recorrente, modelo de negócio que mantém uma frequência de gastos do consumidor com a marca, o VP sênior vê como uma grande oportunidade, em especial para empresas de varejo online. Migliacci exemplifica com empresas como Wine.com.br e PetLove, que entregam produtos como bebidas ou rações para animais domésticos de forma programada para seus clientes, mediante pagamento recorrente, mensal ou anual.

“O ponto principal da economia da recorrência é a comodidade para o cliente. Isso abre novas possibilidades de receita e previsibilidade para um e-commerce”, explica o VP de vendas. “Neste caso, o consumidor não pode entender canais como diferentes tipos de negócios. O objetivo é não ter que acionar o consumidor depois do primeiro acesso. Precisa ser rápido, fácil e simples”.

Forum Mobile+

Mies participará do painel “Segurança X Conveniência em transações financeiras móveis”, que acontecerá durante a 10ª edição do Forum Mobile+, nos dias 4 e 5 de setembro, no hotel Pullman da Vila Olímpia, em São Paulo. O seminário é organizado por Mobile Time e TI Inside. Haverá também paineís sobre o futuro do dinheiro; a transformação da máquina de POS; o mobile como aliado do varejo físico; e o impacto da mobilidade no setor de seguros. Para conhecer a programação completa, acesse www.forummobile.com.br. Ingressos antecipados podem ser adquiridos com desconto através do mesmo site, ou pelo telefone 11-3138-4619 ou pelo email [email protected]

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Educação: Metade dos alunos das escolas brasileiras usam celular

Mais da metade (52%) dos alunos do ensino fundamental 2 e do ensino médio nas escolas brasileiras utilizam celulares. A proporção é a mesma tanto em públicas quanto particulares. É o que revela a nova edição da pesquisa TIC Educação, que pela primeira vez abordou essa questão. Os resutados foram divulgados nesta quinta-feira, 3, pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). Na pesquisa foram consultadas 1.106 escolas, 935 diretores, 922 coordenadores pedagógicos, 1.854 professores e 11.069 alunos até o segundo ano do ensino médio. O período de coleta de entrevistas foi entre agosto e dezembro de 2016.

“Quando a gente compara com indicador de alunos que utilizam celular na escola, percebemos diferença: 31% dos alunos [do total de 52%] são usuários de Internet, o que significa que há uso mais intenso fora da escola do que dentro”, afirma Daniela Costa, coordenadora da pesquisa no Cetic.br. De acordo com ela, 95% dos alunos afirmam que não podem usar celular na sala de aula. “Talvez seja mais uma questão de cultura escolar do que infraestrutura, apesar de isso também impactar”, diz.

Segundo o estudo, 27% dos alunos entrevistados acessam a Internet no celular por meio da rede móvel. Para 11%, o meio de acesso é utilizar a rede 3G ou 4G de outra pessoa. E somente 8% utilizam o Wi-Fi da escola. Vale notar que este percentual do uso do Wi-Fi é maior na Região Sul (16%) e em escolas particulares (17%). As instituições privadas ainda têm um percentual maior de alunos usuários de 3G/4G (31%), e de alunos que pegam a rede móvel emprestado (15%).

Aumentou em 5 p.p. a disponibilidade do Wi-Fi em relação a 2015, fechando o ano passado com 92%. O aumento, contudo, se deu graças ao avanço na penetração em escolas públicas, uma vez que nas particulares a proporção foi a mesma.

Internet nas escolas

Em 2016, 97% das escolas brasileiras em áreas urbanas possuíam algum tipo de acesso à Internet, segundo a pesquisa. Há contudo uma maior presença de tecnologias de acesso mais modernas, que acabam contribuindo para aumentar a velocidade média para as instituições.

Do total de escolas urbanas, a maior parte (44%) contava com conexão via cabo, um avanço de 8 p.p. em relação a 2016. A segunda tecnologia mais utilizada é a de xDSL (25%, aumento de 1 p.p.), seguida por fibra ótica (11%, também crescimento de 1 p.p.), modem 3G/4G (7%, redução de 2 p.p.), rádio (5%, queda de 2 p.p.), satélite (4%, queda de 6 p.p.) e discada (1%, estável). Os 3% restantes não souberam dizer qual tecnologia era utilizada.

 

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