A transformação digital entre varejistas no mercado brasileiro está atrás do que acontece em mercados mais maudros, mas os principais players que suportam essa estratégia começam a notar um crescimento da demanda, apesar da crise econômica – ou talvez por causa dela.
“Estamos um passinho atrás em comparação aos Estados Unidos e Europa. Mas temos visto um avanço do varejo em algumas empresas, como o Magazine Luiza. Eles conseguem competir com grandes varejistas que estão vindo para cá”, disse Ronan Maia, vice-presidente de consumer da Totvs . “Os empresários grandes começam a falar em construir leads. E os pequenos e médios buscam soluções viáveis em start-ups”.
Para Luiz Carlos Faray, diretor de negócios de TI para o mercado B2B da Oi, a crise econômica que assola o país nos últimos dois anos também colaborou para o desenvolvimento da transformação digital no varejo. Além disso, a pressão do mercado consumidor por personalização no atendimento faz com que os varejistas se movimentem: para conhecer melhor o cliente é preciso coletar e analisar mais dados.
Permínio Moreira, fundador da plataforma de recompensas Ekko, acredita que o comércio varejista precisa se reinventar. Em sua visão, os custos que um comerciante paga para manter seu negócio são surreais, em comparação com os EUA. “O Custo Brasil é cultural. No Brasil se uma pessoa hoje fala que vai abrir uma franquia em um shopping, ela está abrindo a tampa no próprio caixão. Paga 30% na cabeça. Se não mudarmos não tem melhora”.
Os referidos executivos participaram de painel durante o 10o Fórum Mobile+, nesta segunda-feira, 4, em São Paulo.