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A cobertura das redes de quarta geração (4G) em telefonia celular está se expandindo rapidamente no Brasil ao mesmo tempo em que as operadoras começam a investir na evolução dessa tecnologia, com o chamado LTE Advanced, também conhecido comercialmente como 4G+ ou 4,5G. Uma das características do LTE Advanced é a agregação de portadoras em diferentes faixas de frequência: com mais espectro, é possível aumentar a velocidade de transmissão de dados. O diretor de engenharia da Claro, André Sarcinelli, alerta, contudo, que por trás do nome “4G” as redes podem ser muito diferentes.

“Quanto mais espectro, mais velocidade e capacidade. O 4G não é igual para todo mundo. Tem que ver o que cada operadora instala por trás do 4G. Quando a gente fala que uma cidade tem cobertura 4,5G significa que usamos no mínimo 30 MHz + 30 MHz. Nas cidades onde temos menos que isso não chamamos de 4,5 G. Este é o nosso critério”, explica. Para agregar as portadoras, a Claro utiliza a enorme variedade de faixas de frequência que tem à disposição pelo Brasil. Em cada estado, a combinação pode ser diferente. A empresa tem acesso às faixas de 700 MHz, 850 MHz, 900 MHZ, 1800 MHz, 2100 MHz e 2600 MHZ.

Também fazem diferença na experiência do serviço em 4G outras características da rede, como a capacidade do seu backhaul, ou seja, da transmissão de dados entre a antena e o backbone. Hoje, 90% das torres da Claro em grandes cidades já estão conectadas com cabos de fibra óptica. Além disso, a operadora está realizando um projeto de modernização da sua rede, que inclui a adoção da tecnologias como modulação QAM 256 e MIMO 4×4 (esta praticamente dobra a velocidade de dados). Este ano 7 mil sites da Claro serão modernizados e outros 2 mil novos serão instalados já com as novas características. Em 2018, outros 9 mil passarão pelo processo de modernização. Ao fim do ano que vem, haverá ao todo 18,5 mil sites modernizados. Os fornecedores são Huawei, Nokia e Ericsson.

VoLTE

A Claro já realizou testes com VoLTE e vai lançar em algum momento no futuro, mas esse passo não está no topo das suas prioridades no momento. Sarcinelli entende que há questões técnicas delicadas para serem resolvidas antes, de forma a garantir uma boa qualidade do VoLTE. “Não vamos entrar em uma corrida maluca para lança VoLTE. Vamos lançar mais tarde, com qualidade”, disse.

 

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