26421

A Waymo, empresa da Alphabet desenvolvedora de carros com direção autônoma, começou uma campanha de conscientização nos Estados Unidos. A ação “Let’s Talking Self Driving” (“Vamos Falar de Direção Autônoma”, na tradução literal do inglês) antecede a entrada do teste público em Phoenix, Arizona, e visa aumentar a educação e a compreensão em relação aos carros em piloto automático.

Por meio de campanha digital, outdoors e rádios no Arizona, a Waymo tenta chamar a atenção para as benesses que a direção autônoma traria às estradas, uma vez que 94% dos acidentes automotivos no território norte-americano são causados por fatores humanos.

Ao lado de outras instituições como Madd (Mães contra direção alcoolizada), National Safety Council, Foundation for Blind Children, Foundation for Senior Living e East Valley Partnership, a ação enfatiza que a entrada dos carros autônomos pode trazer fim à direção alcoolizada, assim como levar as pessoas com segurança aos seus destinos, dar independência aos deficientes visuais, dar mais mobilidade aos idosos e produtividade ao usuário no trânsito.

Em um vídeo da Let’s Talking Self Driving publicado no YouTube, as imagens mostram Steve Mahan, CEO da Santa Clara Valley Blind Center, como passageiro no carro autônomo da Waymo pela cidade californiana. No vídeo, Mahan, que é deficiente visual, não usou qualquer equipamento de direção (volante, pedais, freio de mão).

Análise

A ideia da Waymo é limpar a imagem negativa e mostrar a segurança em torno de sua tecnologia. Testando os carros autônomos desde 2009 em estados como Califórnia e Texas, foram diversos os relatos de pequenas batidas e até atropelamento de cães. Entre outubro de 2014 e outubro deste ano, o Departamento de Veículos Motorizados da Califórnia registrou 47 acidentes envolvendo veículos autônomos. Além da Waymo, GM, Nissan, Delphi e Uber estão entre as outras companhias com acidentes registrados no órgão de trânsito.

Outra questão negativa em relação aos carros autônomos para a população é o resultado do relatório do National Transportation Security Board (NTSB), órgão que investiga acidentes rodoviários nos Estados Unidos, sobre o acidente fatal de um motorista que dirigia um Tesla Model S, com direção autônoma em fase 2 (SAE 2). Os estudos revelaram uma série de falhas no sistema da fabricante, como alerta ao condutor sobre longos períodos sem assumir o comando do carro, ou mesmo sobre o perigo de colisão iminente com o caminhão que resultou em sua morte.

 

*********************************

Receba gratuitamente a newsletter do Mobile Time e fique bem informado sobre tecnologia móvel e negócios. Cadastre-se aqui!