Partindo da mesma lógica da história entre Maomé e a montanha, o Nubank decidiu ir aonde os bons profissionais estão. Para isso, montou seu primeiro escritório internacional, em Berlim. Não se trata de uma filial. Este será um espaço dedicado ao trabalho em infraestrutura e engenharia de dados. A empresa mantém o foco no mercado brasileiro, e está sem previsão de expansão para outros países.
Para montar a base na Alemanha, que será no espaço de coworking St. Oberholz, no bairro Mitte, a empresa deslocou quatro engenheiros do Brasil. A justificativa é o crescimento veloz pelo qual passa o Nubank. Eles garantem que as contratações em solo brasileiro continuarão e que o foco continua sendo o mercado nacional.
A empresa busca profissionais sem medo da tecnologia bleeding edge (termo para as novas tecnologias que de tão novas podem ter um alto risco de não serem confiáveis ou custarem muito mais caro do que o previsto para serem implementadas) e que trabalhem com formatos que não são tão disseminados no mercado brasileiro, como programação funcional e Clojure (linguagem de programação com ênfase em programação funcional). E, para encontrar os profissionais da área, Berlim pareceu o lugar ideal.
A engenharia de dados é um dos pilares do Nubank. Dos 750 funcionários da empresa, 110 são engenheiros de software. Trata-se da segunda função mais importante da empresa de tecnologia de serviços financeiros sem canais físicos, atrás apenas do atendimento ao consumidor.
O Nubank já começou as contratações na Alemanha. Faz parte do time, por exemplo, Gavin Bell, engenheiro sênior e líder técnico, que trabalhou por mais de três anos à frente do data platform do Soundcloud.
A equipe europeia não trabalhará diretamente com o time baseado em São Paulo, mas também vai criar produtos com os principais objetivos do Nubank: voltados para reduzir a complexidade e os custos de seus clientes.