O tempo em que as operadoras cobravam por minuto de chamada de voz em ligações nacionais não terá volta, disse o CEO da Claro, Paulo Cesar Teixeira. No seu entender, a oferta de voz ilimitada chegou para ficar, ou seja, não será algo temporário. Aliás, o pioneirismo da operadora nesse sentido rendeu um salto importante de ganhos de clientes dos concorrentes, através de portabilidade, disse o executivo. Perguntado de quem a Claro está trazendo mais assinantes, ele preferiu não citar nomes, mas deu uma dica: "É natural vir de quem tem mais usuários".
"A principal barreira de saída de um assinante era a tarifa de chamadas on-net, que era muito mais barata. Essa barreira deixou de existir com a queda da tarifa de interconexão", comentou Teixeira em almoço de fim de ano com jornalistas nesta quinta-feira, 14, em São Paulo. "Nossa maior coragem foi levar a voz ilimitada para o pré-pago, o que ninguém acreditava que seria possível. Em prol do cliente, não ficamos restritos à ilha do pós-pago", acrescentou.
Segundo o executivo, a voz ilimitada gerou aumento do volume de minutos falados por mês por usuário (MOU), mas nada que prejudicasse o funcionamento da rede da operadora.
VoLTE
A Claro pretende lançar voz sobre 4G (VoLTE) no futuro, mas somente quando a experiência estiver melhor para o usuário. Os testes realizados pela América Móvil, grupo que controla a Claro, revelaram um índice relativamente alto de queda de chamadas no VoLTE, comentou o CEO da operadora brasileira.