O aplicativo Mailbox, para iOS (por enquanto só para iPhone e iPod touch), foi lançado há pouco mais de um mês com grande fanfarra da mídia especializada. A promessa é de um novo modo de lidar e organizar com uma tecnologia “ultrapassada”: os e-mails. As críticas foram sempre positivas por conta da interface fluida, com ações comandadas por gestos simples e em prol de “zerar” a caixa de entrada do usuário. Por outro lado, a maioria das pessoas precisou esperar pelo menos um mês para poder ter acesso ao aplicativo.

Isso aconteceu porque os desenvolvedores do Mailbox acharam melhor liberar o acesso aos poucos para não sobrecarregar o servidor, criando uma grande fila de usuários em espera com 300 mil ou mesmo 800 mil pessoas à frente. O próprio app se encarrega de avisar quando está disponível por meio de uma notificação, mas o tempo de espera pode ser frustrante e afastar quem deixar a ansiedade vencer a curiosidade.

O aplicativo em si é bom para a função que se propõe. Quem recebe muitos e-mails diariamente pode realmente tirar proveito dos comandos rápidos com o deslizar do dedo para armazenar mensagens rapidamente em pastas do tipo “mais tarde” ou “para ler”. Entretanto, a diferenciação de swipes longos e curtos para diferentes funções pode confundir um pouco. Além disso, o Mailbox possui um grave defeito, pelo menos até o momento: suporta apenas contas do Gmail.

Dessa forma, o aplicativo acaba sendo interessante para os usuários mais antenados e ocupados que não conseguem deixar a caixa de entrada zerada facilmente. Ainda assim, para operações mais complexas como gerenciar subpastas do Gmail ou incluir anexos que não sejam fotos, as opções melhores continuam sendo o próprio app nativo do iPhone ou oficial do Gmail, feito pelo Google.

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