Um dos concorrentes ao Prêmio Seleção Mobile Time, a plataforma de música brasileira WePlay (Android, iOS) chegou neste ano com a proposta de oferecer conteúdo de qualidade. Basicamente, o app traz obras que estavam esquecidas nos catálogos de grandes gravadoras e que não estão nos grandes streamings de vídeo ou áudio.
E provavelmente esse é o principal destaque do aplicativo. Não é todo dia que você pode encontrar materiais em vídeo de vários gêneros e gravadoras. De apresentações de Chico Buarque e Gal Costa pela Biscoito Fino, ao rock de Pitty com a Deck, passando por obras independentes, como Big Time Orchestra pelo estúdio Tratore.
Além disso, o legal são as informações disponíveis. Estão lá a lista completa de artistas que participam, sinopse do show, tempo, local, diretor, produtor e músicas no setlist. Mas como todo aplicativo em seu começo, algumas coisas podem melhorar.
Um exemplo é a própria lista de músicas que não é clicável. Ou seja, o app tem a marcação de qual minuto uma música que você gosta vai tocar, mas, se você aperta, o vídeo não vai até aquele minuto/canção desejada. Logo, o usuário precisa acelerar na barra de tempo do player.
Importante dizer que a lista clicável funciona em outra parte, na lista de músicos e artistas participantes. Neste caso, se o usuário clica, o app abre uma janela e mostra em quais obras aquele cantor ou músico está.
Em questão de qualidade de vídeo, é importante lembrar que a maioria dos shows são do auge do DVD, ou seja, a primeira década dos anos 2000, antes das TVs Full HD e 4K. Isso significa que a maioria dos shows têm resolução máxima de 480p e 720p. Portanto, não queira concertos com as qualidades dos grandes streamings, mas shows em 720p já trazem uma boa experiência – um exemplo é a apresentação do Lô Borges no Circo Voador.
Mas ressalto, o diferencial do WePlay é seu acervo.
Outro ponto que precisa melhorar é o seu layout nada agradável. Ele tenta reproduzir um formato de rede social com curtidas, descurtidas e quantidades de vezes que aquele vídeo foi visto, algo que foi comprovado que não funciona em streaming, pois pode afugentar o usuário.
Também é complicado no layout a barra com a marca do streaming no alto da tela. O ideal seria que a barra ficasse oculta ou nem existisse, e, assim, os botões de ‘voltar’ e ‘pareamento’ com TV e set-top-box ficassem no player. A barra tira toda experiência cinemática. O certo seria centralizar as duas barras pretas e o vídeo.
A posição dos vídeos também podia ser melhor, destacando primeiro o que há de novidade no aplicativo, uma vez que atualizam toda semana.
No áudio, o aplicativo tem a opção de acelerar a velocidade do vídeo, algo que não vejo sentido, pois quem assiste a vídeos de música e quer acelerar? O que eu realmente gostaria tanto em áudio e como em vídeo é a opção de qualidade em redes celulares de baixa qualidade ou alta qualidade, assim evita alto consumo quando está com sinal ruim.
MobiXD
O WePlay está concorrendo ao Prêmio Seleção Mobile Time junto com outras 19 empresas. O vencedor será anunciado durante o MobiXD, evento organizado por Mobile Time. Totalmente independente, a premiação é direcionada às melhores aplicações com tecnologias móveis, sendo um ganhador para o voto popular e outro pela avaliação do júri.
Vale lembrar, o MobiXD é o novo Tela Viva Móvel. O evento foi criado para marcar a nova fase das operadoras móveis em sua estratégia para serviços digitais, caracterizada pela busca por serviços de maior qualidade e parcerias mais profundas.
A primeira edição com o novo nome acontecerá no dia 10 de maio, no WTC, em São Paulo, e contará com representantes de empresas como Claro, TIM, Vivo, Google, WhatsApp, Twitter e Deezer, dentre outras.
A programação completa e mais informações sobre venda de ingressos estão disponíveis em www.mobixd.com.br.