Imagem extraída da loja de aplicativos Google Play
A dica de aplicativo desta semana vem com um pequeno atraso, pois a última versão era importante para ajudar os clientes do Nubank na compreensão do cadastro de seus cartão no Google Pay.
Nesta semana falaremos sobre o My Heritage (Android, iOS), um aplicativo que vai a fundo na nostalgia. Seu mecanismo permite aos usuários animar fotos antigas em GIFs ou vídeos, além de colorir e realçar fotografias, inclusive com comparação de “antes e depois”.
O app funciona por meio do Deep Nostalgia, um mecanismo de inteligência artificial proprietário da desenvolvedora do app. Ainda é possível marcar a localização e adicionar localidades. O intuito do app é reanimar parentes e amigos, como avós e bisavós que os mais novos não conheceram. Mas o app ganhou destaque por outros usos.
Quem me alertou primeiro sobre a função do aplicativo foram os amigos da rádio Classic FM de Londres, Inglaterra. Ao longo do primeiro final de semana de março, os internautas utilizaram o app para reviver personalidades da música de concerto, como Ludwig van Beethoven, Johannes Brahms, Johann Sebastian Bach, Gustav Mahler e Clara Schumann.
Essas imagens foram replicadas no Twitter.
Logo na sequência testei. Também com personalidades, mas preferi fugir da música. Acabei por ‘animar’ Napoleão Bonaparte, Mahatma Gandhi, Nelson Mandela e Martin Luther King. Nos testes percebi que a IA do My Heritage funciona apenas com fotos de rosto frontal. Se a face da pessoa fotografada estiver de lado, o app não faz a animação. Mas é possível recortar imagens e focar em um rosto, como uma foto em grupo ou família.
Da coloração, a dica importante é não usar fotos muitos pesadas (acima de 3 MB). Ao usar uma imagem de Gandhi de 16 MB do Wikimedia, o aplicativo não conseguiu reproduzir a imagem do lendário líder pacifista fielmente.
De acordo com a companhia, 33 milhões de fotos já foram animadas com o Deep Nostalgia. O site da empresa também permite fazer esse tratamento de imagens.
Pago x gratuito
Fácil de usar e totalmente adaptado ao português, há um limite de animação de fotos para usuários que não têm assinatura do app, mas não está claro. Em uma sessão animei três e atingi o limite; outra vez dobrei e não tive bloqueio.
Ainda assim, a opção gratuita do app tem marca d’água. O modelo pago, não.
A assinatura anual sai por R$ 445 no primeiro ano e R$ 560 a partir do segundo ano.
Da foto ao DNA
Laboratório de DNA da My Heritage
O aplicativo foi criado pelo genealogista Gilad Japhet e é bem maior que um app de animação de fotos. A plataforma ajuda pessoas a descobrirem sua história familiar, pois possui 12,5 bilhões de registros históricos, 4 bilhões de perfis, 60 milhões de usuários e 52 milhões de árvores genealógicas.
Qualquer usuário pode criar sua árvore genealógica, colocar fotos, datas, relacionamentos, além de adicionar e convidar parentes.
Inclusive, a empresa tem um laboratório de DNA em Israel que processa até 20 mil testes por dia. Por meio dele, um usuário encomenda um kit, faz o teste e reenvia à empresa para saber mais sobre: sua origem familiar; estimativa étnica; encontrar parentes; e ter acesso a recursos avançados em seu DNA.
Atualmente, a My Heritage tem 4,2 milhões de perfis no banco de dados.
Outro destaque da companhia são três projetos pro bono:
Restituição de Ativos Saqueados: retorna heranças da Segunda Guerra Mundial aos seus legítimos proprietários;
Tribal Quest: documenta histórias e culturas familiares de tribos remotas;
DNA Quest: reúne adotados com suas famílias biológicas.
