Quem cresceu na década de 1990 e 2000 acompanhou bastante os desenhos japoneses (mais conhecidos como animes) que passavam na TV brasileira, principalmente na extinta TV Manchete. São obras que ajudaram a forjar o caráter de muitas pessoas com abordagens de temas históricos, mitológicos e até temas espinhosos, como xenofobia e preconceito.
Bom, ajudaram a forjar o meu caráter.
As histórias nesses desenhos são ricas, bem detalhadas e divertidas. Procurando rememorar este universo, testei um app que é bem conhecido por trazer esse conteúdo, o Crunchyroll (Android, iOS). Este app tem versão paga e gratuita com 2 milhões de assinantes mensais e 45 milhões de usuários registrados.
Controlado pela OtterMedia da AT&T, o app tem em seu acervo obras antológicas como Cavaleiros dos Zodíaco, Naruto Shippuden e Dragon Ball Super. Também há séries para gerações mais novas como Hunter x Hunter, Yu-Gi-Oh, Bleach, One Piece, Full Metal Alchemist e Attack on Titan; além de mangás (quadrinhos japoneses) para leitura.
Tudo ótimo. A qualidade de vídeo e som é um pouco melhor no app mobile, ante a TV – fazendo transmissão via Chromecast, porém é pouca diferença. Mas os principais problema são: na versão gratuita há um excesso de propagandas durante um episódio, e nem todos os episódios estão liberados – aqueles com uma coroa laranja são para assinantes.
Não vejo problemas em ter propagandas em um serviço de streaming que oferece um vasto conteúdo gratuito. Contudo, no Crunchyroll, o reclame entra em momentos cruciais do vídeo, estragando por completo a experiência do usuário. Além disso, se a empresa já ganha com publicidade, por que não liberar mais episódios?
Enfim, este é um daqueles casos que, se você gosta de desenhos japoneses e tem R$ 25 para dispor todo mês, a assinatura é válida. Do contrário, o melhor é continuar colaborando com o desenvolvimento da plataforma via publicidade consumida.