Até demorei um pouco para escrever esse texto, mas entender o TikTok (Android, iOS), uma rede social extremamente imagética e dinâmica, não é fácil. Toda vez que uma plataforma chega e ganha tração junto ao consumidor, é importante compreendê-la do ponto de vista mercadológico e tentar resumi-la para ter fácil compreensão.
O primeiro ponto a entender é que o TikTok é exclusivamente de vídeos imersivos e curtos (cenas), ou seja, ele não é como um Instagram, que ainda tem o viés muito forte em fotos. O segundo ponto é que o app tem uma linha do tempo infinita e pouco controlável pelo usuário, o ideal é seguir pessoas que você conhece ou realmente admira, do contrário a timeline fica bem poluída. E o terceiro e último é que o TikTok é extremamente ativo em seu relacionamento com o usuário. Sempre há novidades como filtros, funções de edição de vídeo e desafios para a comunidade usar.
Seu uso não é tão simples. Mesmo completamente adaptado ao português, há diversas funcionalidades que envolvem reconhecimento facial, controle de velocidade do vídeo e inversão de cenário. Algo que nem o usuário mais acostumado com o Stories do Instagram ou Status do WhatsApp saberá usar no início. É necessário praticar bastante para começar a produzir vídeos interessantes.
Em um primeiro momento, a plataforma pode parecer meio boba, seja pelos influenciadores digitais fazendo dancinhas ou com jovens tentando alcançar um estrelato efêmero na web. Mas o app da rede social chinesa passou de 1,5 bilhão de downloads no mundo, como estima a Sensor Tower. Além disso, o TikTok conseguiu atrair celebridades – de Felipe Meto a Anitta –, além de contas de marcas como Guaraná Antarctica, KitKat, Flamengo e Corinthians, algo que puxa usuários para a plataforma. Ainda assim, as empresas devem atuar com prudência na entrada em uma nova mídia, uma vez que a linguagem é diferente.