Virou mania aqui em casa. Qualquer produto do supermercado que entra na residência, minhas filhas pegam o celular para conferir o quanto de sódio, açúcar ou aditivos ele tem.

Para isso, elas acessam o Desrotulando (Android, iOS), um scanner de rótulos de alimentos de pontuação. Foi desenvolvido por nutricionistas e os produtos são destrinchados de acordo com seus componentes. Seu algoritmo traduz a lista de ingredientes e a tabela de nutrientes dos produtos em uma escala de 1 a 100, onde 1 é trash toda a vida e 100 é livre de aditivos, sódio, gorduras e açúcares.

DesrotulandoAs meninas se surpreenderam com o biscoito doce que elas comem desde 2 anos de idade, que recebeu a nota 30 por ter quantidade alta de açúcar adicionado, gorduras saturadas e por conter seis aditivos – ok, tirei da lista de compras. Acharam que a batatinha da lata vermelha, comprada de vez em nunca, que tirou a nota 60, melhor do que o biscoito acima. O chá matte (alô, cariocas!) ganhou a nota 100, assim como o suco de laranja. E o creme de avelã está no meio do caminho, com a nota 50. Elas acharam curioso o leite em pó receber 100 e o líquido, do tetra pack, 89. O molho à base de óleo e ovo recebeu um 11, enquanto seu parceiro de “crime” e que forma uma dupla para fazer o rosé, o molho à base de tomate, ganhou nota 60. Maior até do que o molho de mostarda (50).

Enfim, a lista é enorme. Tem o queijo parmesão industrializado da marca francesa (43), o refrigerante (25), a limonada orgânica (62!), o leite de coco (51) e o atum enlatado (90).

Só pela função de escanear os alimentos, o aplicativo já seria uma mão na roda para aqueles que se preocupam minimamente com o que vão ingerir – mas, fica a dica, use-o no mercado, antes de passar pelo caixa. Ele tem linguagem simples – as notas mudam de coloração. As piores são vermelhas, seguidas por um laranja, amarelo, verde claro e verde escuro para a nota máxima – e apresenta os pontos negativos (aditivos, açúcar adicionado, sódio etc) e os positivos (quando a quantidade dos ingredientes nocivos é baixa, por exemplo).

Além do mais, desperta uma certa curiosidade nas crianças e um alerta para elas entenderem o que estão consumindo. Os adultos, teoricamente, já sabem mais ou menos, não é mesmo?

Além do scanner, o Desrotulando tem também um espaço de sugestão de trocas. Ou seja, você escaneou um achocolatado com uma pontuação não muito boa, porque não trocar por um outro, melhor? Ou escaneou um pacote de Madeleine, por que não substituir por outro doce mais saudável como uma barra de cereal?

Neste caso, o espaço de sugestões de trocas procura recomendar produtos mais saudáveis, mas também tem outras funções: oferece uma lista semanal de indicações do que encontraram de melhor nas prateleiras dos mercados, além de ser possível personalizar o app com alertas para alimentos para tem tem restrições e alergias, por exemplo.

Para usar este espaço, o Desrotulando pede para o usuário pagar o quanto achar justo, entre 24,90 e R$ 34,90 por ano para ser membro. Não usei essas funcionalidades, mas é um caso a se pensar. O app passou no controle de qualidade de duas menininhas de 10 anos e do meu também.

 

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