O comércio O2O cada vez mais presente em nosso cotidiano. Comida, viagens de carros, caronas, dinheiro, roupas, produtos eletrônicos, basta dizer e há um app diferente que faz a ponte entre o mundo digital e o mundo físico. Basta olhar para o seu e-mail ou SMS e ver como está a disputa neste mercado, uma empresa que manda um desconto de 10%, outra companhia em seguida te manda um voucher com 20% etc.
Um desses casos é a Uber Eats (Android, iOS). A solução foi lançada em 2017, mas começou a ganhar proporção em 2018 no Brasil, com a expansão de sua operação para mais capitais e a adesão de novos restaurantes. Ao todo, 38 cidades brasileiras tem atuação do delivery da Uber, a maior operação da plataforma fora da América do Norte.
Mas, olhando pela ótica da usabilidade e do serviço, a Uber Eats consegue disputar com os seus rivais?
Há pontos positivos que merecem seu devido destaque nesta plataforma de delivery. O seu mecanismo de busca é rápido e oferece produtos antes de a pessoa completar a digitação. A navegação é simples, o usuário define tudo praticamente em uma janela. Para usuários acostumados com o app da Uber é mais simples ainda, pois o fluxo do usuário é similar ao aplicativo de transportes, inclusive na hora de pagar.
Aliás, enfatizo que o modo de pagamento é o principal destaque positivo do app. Uma vez que o Uber Eats aceita transações via cartão de crédito, dinheiro, PayPal e cartão de débito de bancos selecionados (Banco do Brasil, Santander, Caixa e Bradesco), uma ação que contribui para a entrada de mais brasileiros na economia digital.
Por outro lado, a plataforma de delivery da Uber ainda precisa melhorar muito. E a recente saída da Glovo do Brasil precisa abrir os olhos de seus gestores. O primeiro ponto são os comércios. Em regiões como ABC Paulista e Santo Amaro, bairro da Zona Sul de São Paulo, faltam mais opções. E os restaurantes que oferecem comida são poucos, o consumidor consegue melhores preços e produtos apenas em lanches.
Aliás, a falta de restaurantes leva ao segundo problema que precisa ser resolvido. Se comparado com os rivais, muitos comércios cobram altos preços na plataforma. Vou dar um exemplo claro, por quê o consumidor pagaria R$ 30 em um Açaí se pode pagar metade do preço em outra plataforma?
E um último ponto é o acompanhamento da entrega em tempo real. É uma vantagem em relação ao iFood, que não tem essa função, por exemplo. Mas o fato de o entregador ser um risco verde, quase imperceptível no mapa, o deixa atrás do Rappi e prejudica a experiência do usuário.