A dica do aplicativo é aquela plataforma que antes foi conhecida como HBO GO, depois como HBO Max e agora passa a se chamar Max (Android, iOS), um nome singular como Cher ou Prince. Mas talvez seja um review de ‘pense bem antes de mudar radicalmente o seu app’.
O Max entrou no mercado brasileiro no último dia 27 de fevereiro e até agora não entendo o motivo para fazer cancelar o app antigo e fazer o usuário baixar um app novo, sendo que era só um rebranding da plataforma criada na Warner com conteúdo do Discovery. A estrutura toda do app é igual ao HBO Max. O player é igual, o catálogo é igual, a transmissão ao vivo é igual, o buscador é igual, os cards são iguais, os metadados são iguais, a forma de cobrança, adivinha? Igual.
Não tem sentido. Esse é o tipo de coisa que só serve para o departamento de marketing com um orçamento gigante para mudar a marca e deixar o usuário nervoso e pensando se cancela. Tanto que o Procon-SP notificou a empresa.
Além disso, criar um app e fazer a migração da base de um antigo é um caos armado. Ainda mais em um serviço pago, pois:
- Precisa mudar contrato;
- Precisa enfatizar a comunicação com o consumidor;
- Preparar a migração tecnológica (quem fez isso sabe quantos problemas pode dar);
- Fazer toda uma comunicação audiovisual do zero.
No comunicado em janeiro deste ano, a empresa disse que em alguns dispositivos o Max seria atualizado automaticamente. Pois bem, eu tinha o HBO Max em quatro dispositivos (um celular Android, um celular iOS, um iPad e uma TV Samsung 4K), três tiveram que instalar o novo app e no tablet não posso instalar, pois a nova versão não aceita iOS antigo – embora os rivais Apple TV+, Prime Video, Disney+, Star+ e até o YouTube funcionam.
Portanto, a minha questão final é: não era melhor só mudar o nome e o ícone?
A mudança do GO para o HBO Max, essa sim, teve sentido. A plataforma do GO era sofrível e foi motivo de diversas reclamações, em especial nos episódios de Game of Thrones que o app engasgava. Portanto, a criação de um novo app, em novo modelo de negócios, era mais que natural neste caso.
