A dica de aplicativo desta segunda-feira, 21, é o Deezer (Android, iOS) em sua versão paga. O app entrou recentemente no rol de serviços adicionados do Mercado Livre. Recentemente, o marketplace refez sua estratégia de streaming e assinatura ao lançar o Meli+. O serviço é basicamente uma repaginada daquele antigo serviço que era chamado de “nível 6” e permitia acesso a produtos e serviços com desconto no Mercado Livre, além do Star+ e Disney+,  em mensalidades de R$ 18.

A novidade é que o agora Meli+ oferece também o acesso ao Premium do Deezer, sem custos por um ano, aos seus pagantes.

Acredito que essa é a primeira vez que uso o Deezer em sua plenitude e me surpreendi. Tenho amigos que sempre usaram o app por serem assinantes da TIM e mexia esporadicamente nesse streaming. Mas a aplicação de música que sempre usei desde 2014 – em minha migração da ‘locadora do Paulo Coelho’ para o mundo do conteúdo pago – foi o Spotify e o Soundcloud para podcasts.

Sim, sempre testo outras plataformas como o Apple Music e apps de rádio que compartilhei aqui. Mas a opção de “Deezer grátis” ajuda no bolso e talvez seja aquela plataforma que me tirará da opção paga do Spotify. Pensando apenas em economia doméstica.

Se considerar a tecnologia, o Deezer não deve em nada aos rivais, inclusive tem funções tão atrativas quanto. Um exemplo é a aba de rádios com estações digitais do Brasil (89 FM, Novabrasil, Antena 1, por exemplo), temáticas (I Love 80, Classic Rock, Rock 90) e até internacionais (Virgin Radio UK, Jazz Radio Blues, Fortissimo).

Também tem os principais podcasts e podcasts exclusivos como ‘A Playlist de Minha Vida’, com Fernanda Torres, que entrevista celebridades todas as sextas-feiras e apresenta 12 músicas que movem suas vidas. Mas uma coisa muito legal que não vejo em outras plataformas é o filtro por produtora, como Globoplay, da Globo, e independentes como, a Rádio Novelo. Mas faltam nomes como Jovem Nerd e a Central3.

Em música, o grande valor do Deezer é a opção de equalização no player (tocador de música). Basta clicar na caixa de som no canto da tela, selecionador ‘equalizador’ e escolher uma das configurações prontas ou fazer sua própria configuração. Lógico nem todo mundo é produtor de áudio, mas é muito legal você mudar o som em tempo real e tirar todo o diferencial de uma música com meia dúzia de botões. Combinar a equalização com a música, por exemplo, selecionar ‘jazz’ em uma obra de trio de jazz ou ‘eletrônico’ com Jamiroquai.

Na mesma caixa de som no player, o usuário pode escolher outro dispositivo para ouvir a música, como um tablet ou caixa Bluetooth. Também pode definir qual a qualidade de áudio: básico, padrão, melhor qualidade ou altíssima qualidade. O tocador de música tem outras funções de outros streamings como letras, letras com tradução e temporizador para desligar o som, de 5 minutos a 1 hora, ou até o fim daquela faixa. E o flow, a sugestão de faixas automáticas com base em seu gosto, funciona muito bem, mesmo nas primeiras ouvidas.

O único ponto negativo no player do Deezer é que, diferente de outros streamings, o nome da banda/artista ou disco não são clicáveis. O usuário precisa clicar no símbolo “…” no meio da tela para abrir um menu e clicar na página do artista ou disco.

Obs.: A assinatura do Meli+ e configuração dos streamings não funciona em mobile. O usuário deve usar o PC para efetuar todo o trâmite. Sim, em 2023, você pode comprar um universo de produtos no Mercado Livre. Mas não consegue assinar um serviço via mobile. Fica aí a dica de melhoria para a equipe do marketplace.

 

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