A chamada ‘cultura LinkedIn’ começou a ganhar tom jocoso nas redes sociais e nas conversas entre executivos. É comum ouvir de gestores que “fulano tem um currículo de LinkedIn”, em alusão a possíveis maquiadas nos históricos profissionais e acadêmicos de pessoas que se apresentam na rede social. Esse cenário ganhou espaço após alguns famosos serem pegos mentindo no currículo, como empreendedores, executivos e outros profissionais.
Para mudar um pouco essa ideia denegrida das redes sociais corporativas, uma startup de Minas Gerais criou o aplicativo Peixe 30 (Android, iOS), ou seja, uma espécie de TikTok corporativo. A ideia da companhia é que o usuário se apresente em um vídeo curto de até 30 segundos, de modo que dê mais exposição ao seu perfil profissional.
Nessas imagens, a pessoa faz um ‘pitch’ aos demais usuários e deve apresentar formação, habilidades e experiências. Os vídeos podem conter tags com localidade e outras informações. As imagens ficam disponível no feed do app – como nas redes sociais de contatos pessoais – e se alguém se interessar pelo perfil, é possível clicar e ver o currículo da pessoa ou trocar mensagem.
Além disso, os usuários podem publicar vídeos de conteúdos com dicas profissionais. Um exemplo são gravações de coaches explicando como os demais profissionais podem melhorar em suas carreiras.
Importante dizer, não há espaço de vagas no app. Desse modo, a apresentação no Peixe 30 é a melhor forma de alguém conseguir atrair um recrutador. Ou melhor, como diz a descrição do próprio app, o usuário precisa “se virar nos 30” e “vender o seu peixe” para conseguir o que quer.
No uso do aplicativo, uma dica interessante que vi em alguns perfis é a possibilidade criar o vídeo em uma plataforma mais robusta (TikTok ou Instagram) e fazer o upload da gravação no Peixe 30, uma vez que o app permite trazer imagens de fora. Desse modo, é possível colocar trilha sonora, efeitos visuais e escritos para a imagem não ficar estática no seu rosto.